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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

O racismo de dentro para fora





Nos períodos dos séculos XIX e XX, existia por parte da elite brasileira, uma manifestação de 'branqueamento' da população brasileira, composta mais da metade de negros e indígenas.

As propostas passavam pela dissolução do sangue negro e indígena pelo branco, até a expatriação dos negros. Para tanto, promoveram a imigração branca europeia.


A elite racista daquela época atuou como os racistas de hoje, que se opõem às cotas para negros nas Universidades. O governo apoiado por aquela elite criou leis proibindo imigrantes vindo da Ásia e da África.

Segundo alguns pensadores da época, a causa da pobreza era fruto da miscigenação que teria "provocado a estagnação da evolução do homem e do progresso do país".

Esses 'defeitos' poderiam ser corrigidos com a imigração de povos mais 'avançados' na 'evolução' social e política. Esse era o pensamento prevalecente na cultura étnica brasileira.

No momento atual precisamos estar preparados para a leitura, combate e alternativas às entranhas da sociedade racista que se aproxima com a posse de um de seus representantes.

O racismo, durante o período pré-eleitoral, se mostrou como a duzentos anos. Saiu dos porões, ganhou corpo por parte daqueles que esperavam o momento para segregar e colocar para fora instintos primitivos.

Será necessário muita dedicação para que essa geração que vai crescer sob signos antidemocráticos não seja, irreversivelmente, corrompida por conceitos inaceitáveis em uma civilização pretensamente equilibrada e justa.

Ricardo Mezavila.

'Povo marcado, povo feliz'



Final de eleição e início de oposição consciente para que o Brasil não fique nas mãos sádicas de um presidente fraco e insano.

Nenhum presidente é apoiado pela maioria da população. A totalização absoluta dos votos que elegeram o candidato, no caso da eleição de ontem, representa 1/4 dos brasileiros.


Fiquemos atentos com o que está por vir. Respeitar o resultado das urnas é um fundamento nosso, é inerente ao que pregamos e praticamos.

O cargo de presidente da república deve ter o reconhecimento de todos, mesmo os que votaram em outro candidato. A democracia funciona dessa maneira e a preservamos.

Não concordo com nada, nem na vírgula utilizada no que está escrito sobre o seu programa de governo, porque entendo que é um retrocesso para a sociedade, por isso a necessidade de ficarmos atentos.

Sobre as discussões entre o eleitorado, acho normal. É assim que aprendemos. Até os insultos foram bem-vindos. Lamento pelos que guardam mágoa pelas frases soltas que publiquei, porque se tivessem o hábito da leitura e não tivessem preguiça, poderiam se informar pelos textos e teriam ainda mais motivos para a mágoa.

¡la lucha continúa, compañero!

Ricardo Mezavila.

domingo, 28 de outubro de 2018

A luta agora é contra a nação fascista



O povo optou pelo atraso, tortura e violência. A barbárie venceu nas urnas, mas a luta continua. Tiraram LULA da disputa para saquearem o país. Todos perdemos, mesmo quem pensa que venceu, a não ser que faça parte daquelas 600 famílias ricas.

Se os eleitores, quase todos tolos e imbecis, soubessem o que vem por aí, se soubessem a vergonha que vão passar por terem eleito uma quadrilha que foi elogiada até pela Klu Klux Klan, não estariam comemorando como estão por aí, com tiros de metralhadoras.


Nós, que temos consciência do que representamos, que não discutimos política só nas eleições como os analfabetos políticos fazem, que trabalhamos com educação e sabemos da importância que ela tem para o crescimento de um país, não vamos arregar diante dessa tragédia..

Eu deveria ter desprezo por quem se acha superior porque elegeu um estuprador, um racista, homofóbico, mas tenho mais do que isso, tenho a dignidade do perdão, não aquele perdão cristão, mas o perdão humano e crítico de quem tem habilidade com os livros, com a história e discernimento para reconhecer a falta de cidadania, humanidade e cultura do outro.

O Brasil agora é, declaradamente, oficialmente, uma NAÇÂO FASCISTA e quando eu estiver na presença de um autêntico fascista ou simpatizante eleitor, vou estar vendo, mesmo que seja uma pessoa amiga, mas vou estar vendo alguém que compactuou com os crimes contra a humanidade que o presidente eleito representa, vou estar vendo uma pessoa menor, um ser humano subserviente e sem capacidade crítica. Um MERDA!

Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Kit Bolsominion



Agora que todos sabem que nunca existiu o famigerado 'kit gay' que fez com que Bolsonaro se tornasse famoso em todo o país, ao ponto de ameaçar a democracia e implantar uma ditadura fascista, faço uma introdução ao que seria o 'kit bolsominion'.

O kit explica como votar sem culpa, sem remorso, sem vergonha de estar colaborando com o que pode ser, se vingar, uma das páginas mais infelizes da nossa história. Você aprende a votar sem se importar com os seus direitos e os de sua família.

O principal tópico do kit é não ouvir o que Fernando Haddad diz, porque pode fazer o bolsominion pensar e isso é impedimento para continuar a utilizar o kit. Esse é o motivo de Bolsonaro fugir dos debates.

Para seguir na doutrina do kit, deve-se rejeitar veementemente a pedagogia de Paulo Freire, focar em estudos da literatura hitleriana, mussoliniana, com recortes da fase integralista no Brasil na década de 1930.

Sobre religião, o kit permite que o amestrado professe todas, até mesmo as antagônicas que vivem em conflitos de guerra. Lembrando que, quando estiver em uma mesquita, tem que menosprezar os outros templos, e vice-e-versa.

Sobre nacionalismo, o discente deve dizer "a minha bandeira jamais será vermelha"; bater continência para a bandeira estadudinense; concordar com a privatização da educação e saúde; admitir que o aquífero Guarani seja leiloado; que a Amazônia pertença ao 'mundo'; que as petroleiras levem nosso petróleo.

Ao final do kit é preciso estagiar esfaqueando um homossexual, estapeando uma mulher, humilhando um negro, ameaçando índios e movimentos sociais.

Para receber o diploma do kit, o adestrado precisa saber, 'na ponta da língua', o nome completo e a patente de um torturador específico e tê-lo como ídolo :Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, Agora, se o formando quiser sair pós-graduado, tem que repetir esta frase após a deferência: "O pavor de Dilma Rousseff".


Ricardo Mezavila.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Uma sociedade doente



À época da articulação do golpe, muitos se colocaram ao lado de Aécio, Cunha e Temer, contra Dilma e a democracia. Gastamos muita saliva nas ruas e as pontas dos dedos nos teclados em defesa da soberania e contra a ameaça das petroleiras e do capital estrangeiro nocivo.

Nosso empenho não foi suficiente para esvaziar as ruas e o discurso da direta entreguista. Naqueles dias alertávamos para o perigo que se avizinhava com o 'impeachment'. O avanço do que estava por vir não era informação privilegiada, todos tinham acesso, bastava interesse e compromisso consigo e com o país.


Os defensores do golpe, após a sua consumação, simplesmente desapareceram. As ruas esvaziadas transmitiam um silêncio sepulcral. Lembro que foi criado 'virtualmente' o museu do golpe com panelas, camisetas da CBF, adesivos Fora Dilma e a figura captada das ruas, o coxinha.

Atualmente vivemos um clima de quase guerra civil com a ascensão de um novo golpe, muito pior do que o anterior. Na verdade é a continuidade do golpe, só que com outro personagem, uma criatura que vivia no porão da política e que, muito sabiamente, encontrou uma passagem e se apresentou como o apocalipse brasileiro.

A nossa sociedade, mais uma vez, embarcou na canoa da manipulação e é enganada. Se atirou nos braços do nazismo com a ingenuidade das crianças. Homens e mulheres trabalhadores fecharam os olhos e deram as mãos ao inimigo. Não percebem que essa eleição não é entre um candidato, um partido e outro, é entre uma sociedade civilizada e a barbárie.

Faltam seis dia, logo faltará um, mas ainda há tempo para uma reflexão mais individualizada, menos influenciada, mais humana e sem ódio.

Ricardo Mezavila.

A ignorância é inacreditável



Ensino à distância para o ensino fundamental é de uma estupidez, uma imbecilidade, que só podia estar no programa de governo de um incapacitado intelectual. Não sei como esse povo vota em uma besta dessa.

O ensino à distância para o Ensino Fundamental, na tosca visão de sua equipe, faria com que o governo economizasse com salários e alimentação. Sabe o que significa ? Demissão em massa de professores e crianças sem merenda, sendo que, para muitos, a merenda escolar é a principal refeição do dia.


Além de asno, é racista: "O quilombola mais leve pesava sete arrobas. Não servem para nada, nem para procriar". Um linguajar chulo, impróprio. "Meu neto está embranquecendo a raça"; "O negro é indolente"; "Os portugueses nunca pisaram na África." São as 'pérolas' do Messias.

"Entendemos que o Estado deve ser mínimo, a educação tem que ser privada." Esse é o programa dos bárbaros, dos rasteiros. Vão, em um nefasto governo, deixar crianças sem escola, sem o convívio social tão necessário para o desenvolvimento e o futuro de uma sociedade cidadã.

O inominável votou pelo congelamento por vinte anos em investimentos em Educação, Saúde e Segurança. Eles dizem que isso é 'gasto', Fernando Haddad diz que é investimento. Para reduzir as contas públicas o candidato nazista disse que vai reduzir ainda mais o investimento em Educação.

A gente avisa, mas parece que uma hipnose múltipla e coletiva atingiu o país. O ódio ao PT vai levar o Brasil para o maior buraco que um ser humano ousou cair. A nossa parte está sendo feita, mesmo sabendo que podemos vir a ser perseguidos, mas nada vale mais do que a dignidade, e isso muitos estão deixando cair pelo caminho, bem do nosso lado, diante dos nossos olhos incrédulos.

Ricardo Mezavila.

domingo, 21 de outubro de 2018

O chato das eleições


Lembro com saudades das discussões das eleições de 1982, 1989, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010 e só. A partir da eleição de 2014, depois dos avanços sociais promovidos por Lula e Dilma, mas com as torneiras abertas para o capitalismo, experimentamos discussões agressivas, de ódio, de fomento da mágoa e, o pior, do rompimento de relações de amizade.

Essa gente que odeia o Partido dos Trabalhadores, sem saberem o motivo, odeiam porque nos governos petistas o pobre ascendeu um degrau na escala de consumo e serviços, contrariando a oligarquia escravocrata que nunca permitiu, desde sempre, um pedacinho sequer de divisão mais justa do bolo.

A maioria dos antipetistas não se interessava por política, não debatia, era isenta. Durante os governos petistas jamais manifestou esse grau de ódio desequilibrado que vemos hoje. O nascimento dessa onda aconteceu diante dos noticiários que, defendendo o direito do rico enriquecer e do pobre cair da escada, formou um senso comum e que o PT criou a corrupção e faliu com a Petrobrás.

A massa calada e ignorante em política foi levada às ruas, às varandas para bater panelas, aquele frenesi anti-tudo criado para derrotar os movimentos e os projetos sociais. Muitos embarcaram nessa e passaram a opinar pela cabeça do outro, amplificando a voz dominante sendo eles os dominados.

Foi assim que assisti e ainda assisto pessoas com as quais nunca havia trocada uma frase sobre política. Fico impressionado com a falta de conhecimento e de como defendem uma causa sem a menor análise crítica. Defendem clichês do tipo "Lula é ladrão", sem sequer ter lido uma linha do processo, ou de ter informação sobre o outro lado da notícia, o da defesa.

Estamos a uma semana do segundo turno que vai definir uma página da história. O candidato Fernando Haddad, do PT, tem como projeto, além dos avanços que os governos petistas anteriores já fizeram, ampliar direitos que garantam a população brasileira mais acesso, prioritariamente, à educação. O candidato Jair Bolsonaro aponta um governo de entrega das empresas, cortes de direitos trabalhistas e sociais, ataque à violência com mais violência e, o pior, dar autoridade para que os fascistas andem armados perseguindo as minorias.

Eu penso que o eleitor do primeiro turno vai fazer uma reflexão sadia, benéfica para sua própria existência e a de sua família; não vai votar com ódio contra um partido, mas votar com consciência, comparando as propostas dos candidatos, ouvindo os dois lados de uma notícia para não ser manipulado com argumentos fáceis e vazios de quem diz que 'é preciso acabar com tudo o que está aí'.

Queira muito voltar a ser o 'chato' das eleições que defendia a classe trabalhadora, o direito da criança ir à escola, de fazer três refeiçoes diárias no mínimo. O 'chato' que desviava a conversa dentro de uma reunião familiar para falar sobre democracia, liberdade, diretas já, que interrompia a novela para falar de greve. Aquele que ia a todos os comícios na Cinelândia e Candelária e voltava adesivado do pé à cabeça colando adesivo em todo mundo. Eu quero isso aí!

Ricardo Mezavila.


sábado, 20 de outubro de 2018

Minha tia não é fascista!





Eu sempre soube, mas com as denúncias publicadas pela Folha de São Paulo sobre o crime eleitoral cometido pelo candidato, que ficou conhecido como Bolsolão, dando conta de que 156 empresas compraram cotas de até 12 Mi para dispararem notícias falsas contra o candidato do PT, Fernando Haddad, me veio um alívio definitivo: Minha Tia não é fascista!

Sobre ser "fascista' por votar em candidato que propaga o fascismo pode ser exagerado se tratando de Brasil. Na Europa, onde o fascismo não ficou na teoria e deixou marcas profundas naquela sociedade, só apoia o fascismo aquele que for fascista.


Nessa linha dá para compreender o 'fasciscismo' brasileiro exercido no voto revoltado do eleitor, muito bem sistematizado pelo candidato nesse clichê : "Eu vou acabar com tudo isso que está aí, tá ok?"

O start dessa revolta vem da massificação midiática que atribuiu a um único partido toda responsabilidade e mácula da corrupção. Estigmatizado, o PT foi alvo de maciça campanha negativa, sendo perseguido por uma guerra judiciária sem precedentes.

Diante da televisão e dos noticiários tendenciosos, minha tia absorveu toda a carga de rejeição, repulsa e ódio ao programa progressista que o partido representa, ao ponto de dizer: "Não sei porquê, mas tenho ojeriza ao PT."

Agora que a sociedade está vendo quem está por trás do candidato do fascismo, do que são capazes, como operam a campanha, tenho a certeza de que todos foram manipulados e espero, ansioso, que façam uma crítica sincera sobre o que aspiram para o nosso cambaleado BRASIL.

Ricardo Mezavila.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Um país se faz com tolos e imbecis




Não tem como disfarçar o imenso caos intelectual que assola o país. Saudades dos Novos Baianos: "Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor." Qual valor? Que gente é essa, bronzeada artificialmente?


Se restava alguma dúvida sobre a capacidade dessa gente se rastejar como barata para debaixo de um chinelo, ela acabou. Claro que dá para compreender a falta de leitura, a preguiça de abrir um livro, o descompromisso com o conhecimento.


Também é mais do que clara a manipulação dos meios de comunicação, o satanismo dos pastores das igrejas evangélicas, adoradores da 'estrela da manhã' e da intimidação de covardes fascistas que esfaqueiam, torturam, marcam as pessoas com canivete.


Olho e vejo pessoas muito queridas ali, saindo dos esgotos 
e boiando entre os dejetos de um candidato apoiado por sanguessugas que querem retirar os direitos dos trabalhadores.


Estendo a minha mão ou deixo que sigam misturados aos detritos e virem estrume? Prefiro inaugurar um monumento em homenagem ao "Eleitor Enganado."


Que as gerações futuras perdoem vocês!


Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

O mito que mata



Esse tal 'mito' consegue ser maior que Pelé,
do que Chico Xavier,
É mais patriota que Ayrton Sena
Voa mais rápido do que um MIG-25
Mais poderoso que o super vulcão
aquele de yellowstone
Leva mais público para um evento
até mesmo se juntasse
os Beatles e os Rolling Stones
Esse tal 'mito' é muito inteligente
mais do que o Agente 86
do que Bond, James Bond
mais esperto que MacGyver
dribla mais que Garrincha
Ele fuça, chafurda, relincha
Os seguidores do tal 'mito'
são racistas, homofóbicos
dão capim a quem trabalha
são lisos como uma plástica
agridem mulheres
marcam suas peles com a suástica
com a ponta de uma navalha
andam armados, lutam karatê
intimidam nossas filhas
berram, cospem
assassinam petistas
como fizeram com Moa do Katendê
Esse tal 'mito' inventado
não passa de um verme fascista
falastrão, ignorante
não entende de economia
rosna como um leão no whatsapp
mas na frente de um homem
é um gatinho e mia
É burro, besta e jumento
e pensa que é o 'eleito'
seus seguidores o veneram
como pode esse sujeito
sendo tão merda e nojento
receber o voto de gente que eu prezo
que eu gosto e respeito
às vezes pergunto para mim mesmo
se ainda tem jeito
de frear o avanço do neofacismo
uma tsunami, terremoto, sei lá
um cataclismo
evangélico ele não é
católico também não
palestra na maçonaria
e seus seguidores ainda rezam
perdem seus 'cadinhos' de fé
com um desalmado desse
algoz, torturador
elogiado pela Ku Klux Klan
Esse tal ´mito' só pode tá certo
conseguiu fazer a vovó virar nazista
antes ela fazia bolinhos de chuva
agora parece da SS
é a favor da pena de morte
da castração química
da extinção do MEC
vive gritando "privatiza tudo"
a Amazônia, a água, a Petrobrás
universidades, hospitais
e todas as petroquímicas
coitada da vovó
era feliz e não sabia
tinha arroz, feijão
amor, liberdade e moradia
Esse tal 'mito' é uma ameaça
já disse o Le Monde, NY Times
El País, The Guardian
menos a imprensa daqui
que apoia gente fraca
pra manipular e destruir
fazer dele espantalho
para afugentar o povo
de seus direitos
suas conquistas, e o 'caralho'
Nós que lutamos contra isso
contra a farsa do 'mito'
o 'mito' que mente
o 'mito' que mata
temos a obrigação
a responsabilidade
de não permitir que o fascismo
plante semente e dê cria
peguemos um na mão do outro
assim, com honestidade
determinação, bravura
vamos fazer um levante
uma coluna, um panteão
para que o futuro de nossos filhos
não seja o deserto
por onde peregrinou Santo Antão
mas que seja um oásis
de florestas frescas
cidades tranquilas
de homens e mulheres livres
e empoderados
pela democracia.


Ricardo Mezavila.

#ForaBozo

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Fim do PSDB, Globo e o Povo





A cena é dramática para os tucanos, para a rede Globo e para todo o povo brasileiro. Quando deram o golpe contra a democracia, em 2016, PSDB e Globo imaginaram que iriam destruir o Partido dos Trabalhadores, quebrariam o país, venderiam tudo o que gera riqueza e a vida seguiria normal e impune. Combinaram que um jogaria a gasolina e o outro riscaria o fósforo. Mas não foi assim.

A democracia é feita de uma matéria quase indestrutível, ela enverga, mas não quebra facilmente. A resistência está no coração daqueles que se comprometem a defendê-la, que não poupam esforços para que permaneça altiva e firme.


O PSDB despedaçou-se pelo caminho, não resistiu às próprias traições e mentiras. Deixou de estar no centro da polarização política eleitoral, onde esteve nos últimos trinta anos. Seu candidato à presidência obteve parcos 4% de votos, um soco no estômago do partido.

A Rede Globo, a responsável por divulgar o ódio, que tem histórico em apoiar ditaduras e golpes contra a democracia, tanto fez contra Dilma, Lula e o PT, que acabou por parir um monstro, e não consegue exercer controle sobre ele. O monstro ameaça o império platinado apoiado pelas tropas da IURD e da Record, de Edir Macedo

O povo, representado pela maioria que votou em Jair Bolsonaro, é o que mais sai perdendo com a ascensão do monstro. Essa massa hipnotizada que se atira no abismo, que prefere ser comandada a comandar, prefere obedecer, ser humilhada a ser respeitada, que abraça o nazismo e o embala, essa massa cega, torpe e estúpida, começou a escrever o epílogo do livro em que a liberdade, sem spoiler, parece que morre no final.

Ricardo Mezavila

Carta ao meu pai

Meu véi, não estamos em mil novecentos e sessenta e quatro, mas a minha tia, hoje, em pleno dois mil e dezoito, alertou, enquanto eu abria o portão: "As forças armadas estão fazendo operação nas ruas."


Isso está acontecendo a algum tempo, mas o indicativo é de que cresça bastante com a legitimação de um ex-capitão do exército e político profissional, na presidência. 


Lembro das nossas conversas sobre a ditadura militar, das perseguições a Jango, Brizola, estudantes, artistas, jornalistas e sindicalistas. Lembro de quando você me contou que foi no histórico comício da Central.


Pai, lembro quando você, quando eu tinha nove anos, pegou em minha mão e me levou para ver aqueles tanques de guerra estacionados para oprimir estudantes, em frente ao Colégio Central do Brasil.


Eles estão voltando. É isso mesmo! Só que, você não vai acreditar, pelas urnas. Estão fazendo uma campanha voltada para a mentira, violência, intimidação. Criaram um poder fortíssimo entre militares, justiça, mídia e dirigentes de igrejas evangélicas, para entregar nossas riquezas e deixar a população na miséria.


Depois de doze anos de governo popular que tirou o país do mapa da pobreza, levou luz e água para todos, construiu e abriu as portas das Universidades para a classe desfavorecida, criou vinte milhões de empregos, aumentou em seis vezes o PIB, teve o menor índice de desemprego da história, fortaleceu as instituições e levou o Brasil ao protagonismo mundial, depois disso tudo, a maioria da população caminha na escuridão e ignorância por conta das mentiras.


Estamos apreensivos com o futuro, com a Educação e com o Trabalho. Vamos ver como isso vai ser encaminhado até o dia 28, data do segundo turno. No mais, ontem foi aniversário do seu pai e, daqui a dois dias, é o seu. Oremos juntos, de onde estamos, para que o Brasil ainda desperte desse pesadelo 'real'.


RIcardo Mezavila.

De ti e de mim





Tudo escuro, tudo morto
um tanto mais morto
mais escuro e torto
os olhos fechados
são portas e janelas
do porão
do valão
da não condição
da mão
do dilúvio
da cabeça do vulcão
do coração do vento
do mar e do terremoto
do nada, não
do vício pelo ódio
odiosos viciados
homofóbicos
cérebros castrados
toma uma
toma duas
toma três
toma...toma
desalmados
pestilentos
egocentricos
tirem as mãos
vazem pelos vãos
abomináveis
inomináveis
saiam desse dia
não entrem nesta noite
desapareçam na madrugada
na fumaça 
sem vestígios
sem sangue
sem cheiro
hipnotizados
acordem
quando a nuvem cair
quando os dedos
quando todos os dedos
estalarem
deixem para trás
o torpor
o veneno
as traças perversas
as daninhas
os vermes 
do fascismo


Ricardo Mezavila.

Tentando entender o eleitor do fascismo


Apesar de não serem fascistas, muitos nem sabem o que seja fascismo, quem votou no primeiro turno e votará no segundo em Jair Bolsonaro é, antes de tudo, uma pessoa revoltada com a política, com os políticos e, mais que tudo, com a corrupção.
Os meios de comunicação massificaram a população contra o governo de Dilma Rousseff, porque queriam 'estancar a sangria'. A Presidenta era um entrave para que a Petrobrás fosse totalmente vendida, tanto que demitiu toda a diretoria quando soube da suspeição de corrupção na estatal.
Depois da derrubada de Dilma, seria preciso tirar Lula de circuito para que o golpe prosseguisse. O nome de Lula e seu suposto envolvimento com a corrupção foi um massacre na cabeça da população.
Resultado da estratégia golpista: Dilma deposta por crimes de responsabilidade que não cometeu, e Lula preso por um imóvel que nunca foi dele. A população, de tanto relacionarem o PT e Lula à corrupção, foi levada pelo ódio a pedirem a destruição da esquerda.
Como todo esse cenário foi construído em cima de mentiras, o país desabou em uma crise institucional generalizada e profunda. Esse é o contexto apropriado para o surgimento e ascensão do fascismo.
Os políticos e os partidos estão desmoralizados, o judiciário também, mas os juízes são parte do processo de degradação, continuam agindo para que o rito de passagem de nossas riquezas para as mãos estrangeiras seja bem sucedido.
Com apoio de organizações internacionais, a campanha de Jair Bolsonaro utiliza tática de guerra eleitoral incluindo a indústria do fake news. Feixes de milhões de mensagens são disparados simultaneamente para milhões de eleitores, principalmente via Whatsapp.
O sistema de campanha política no Brasil foi pego de surpresa pela tática criada por Steve Bannon, assessor político de ultradireita que elegeu Donald Trump, e não sabe como desconstruí-la.
O que vemos então é uma corrida hipnótica da população ao encontro do fascismo. A Ku Klux Klan disse sobre Bolsonaro: "Ele soa como nós." Um elogio desse seria uma pá de cal na candidatura de qualquer candidato, mas aqui a Ku Klux Klan também é 'mito'.
Não adianta falar, mostrar vídeos, exemplificar com o que ocorreu na Europa, nada tira da cabeça do eleitor de Bolsonaro que é ele quem vai salvar o país, apesar de estar na política a trinta anos e nunca ter feito absolutamente nada que justifique tanta popularidade.
Quem votou ou vai votar no fascismo está atirando o país em um abismo, que pode perdurar por décadas até que retomemos o crescimento, a democracia e nossa soberania.
Ainda escrevo porque quero deixar um legado de luta pela democracia, quero que meus netos saibam de que lado eu lutei, que não fui responsável pelo BRASIL que eles vivem.
Tudo isso são areias ao vento, os eleitores não acreditam na verdade, no máximo recorrem ao senso comum médio de que 'são todos iguais. O mundo está alertando para o perigo, mas o fascismo já está no organismo como um câncer.
Ricardo Mezavila.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

O ovo da serpente



Daqui de onde estou, na minha sala de trabalho, olhando as crianças brincando no pátio da escola, sinto que vivemos um momento complicado. As pessoas estão degeneradas com agressões físicas e ideológicas.

Mestre Moa do Katende, capoeirista, foi assassinado com doze facadas, em Salvador, só porque defendeu voto em Fernando Haddad para presidente. O assassino disse: "Aqui é Bolsonaro".


Uma jornalista do Jornal do Commercio de Pernambuco foi agredida e ameaçada de estupro por bolsonaristas que vestiam camiseta preta com o rosto do candidato. A irmã de Marielle Franco e seus filhos sofreram agressões verbais no dia da eleição. Os agressores vestiam a mesma camiseta.

Em post no facebook, bolsonarista escreveu que não vê a hora de se armar e ir ás ruas matar petistas. Esse recado foi dado pelo candidato fascista quando esteve no Acre e, de cima do palanque, simulou arma com uma muleta e gritou: "Vamos metralhar a petralhada".

Como no filme de Ingmar Bergman, 'O ovo da serpente', esses conflitos são indicativos que antecedem o fascismo. O sistema brasileiro está contaminado e os anticorpos não reagem com firmeza.

Lamento por quem está contaminado e não percebe o mal que está fazendo para o futuro das crianças, dessas que brincam inocentes de super-heróis aqui na escola e não imaginam que os vilões estão lá fora, dentro de suas casas, chocando o ovo da serpente.

Ricardo Mezavila. #minhafamílinãoéfascista

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Um bandido tosco



O desenvolvimento de um país é possível através dos homens, dos livros e do trabalho, porém não há, historicamente, oportunidades iguais para que a máxima da meritocracia se faça presente e justa.


A elite escravocrata e conservadora trata com escárnio a injustiça com a massa desqualificada profissionalmente. Não basta possuir um patrimônio, é preciso que o outro não possua nada; não basta ingressar na escola, é preciso que o outro seja analfabeto; não basta um banquete, é preciso que outro passe fome.


A sociedade brasileira sempre foi escravagista, hoje em dia até os escravos modernos do capitalismo caótico também são. Essa percepção fica evidente no resultado do sufrágio obrigatório, quando a batuta é delegada a alguém para reger a orquestra.


A força de trabalho gera o capital que escapa das mãos de quem produz, para deitar na cama de quem especula, oprime e explora. A sociedade é estorvo dela mesma quando produz a violência, sugerindo que o homem possa ter sua arma para exibir em um restaurante.


Os brasileiros da classe média, ricos e pobres, estão tendendo a entregar as rédeas nas mãos de um forasteiro, de um bandido tosco, mas que tem em seu sangue, seu bisavô foi soldado de Hitler, o desejo curricular de crime contra a humanidade.





Ricardo Mezavila

Civilização x Barbárie



O segundo turno entre Haddad e Bolosnaro, será o confronto entre a democracia e a ditadura, a solidariedade e o egoísmo, a inclusão e a exclusão, a  civilização e a barbárie. O candidato do PSL venceu o primeiro turno, 46% a 29%. 

Fernando Haddad, substituindo Lula, teve ínfimos 22 dias de campanha, enquanto Bolosnaro está há mais de dois anos. Os expressivos votos do candidato deve-se  a onda do antipetismo que a mídia criou para tirar Dilma e prender Lula.

Os eleitores do PSDB de Alckmin e da REDE de Marina Silva, votaram em massa no candidato do fascismo. Ciro Gomes do PDT, ficou em terceiro com 12% dos votos e é aliado de primeira hora de Haddad. 

Os candidatos derrotados Guilherme Boulos do PSOL, 1%, e Ciro Gomes, já reiteraram publicamente o apoio no segundo turno para que o fascismo seja derrotado.

A estratégia desses 20 dias de campanha será mostrar aos eleitores de Bolsonaro o que ele representa, suas votações como deputado federal contra os direitos trabalhistas e sociais. O atraso que seria um governo seu que, como disse seu guru Paulo Guedes, seguirá o que Temer vem fazendo, mas de forma mais rápida.

Vamos à luta, companheiros! 
#ELENAO

Ricardo Mezavila

O rato que pariu Bolsonaro.






Antes de se tornar um rato asqueroso e fedorento, o fascismo no Brasil era um camundongo perfumado, higienizado que, camuflado entre nós, passava despercebido.

Sozinho, com seus pensamentos, o ratinho sentia que algo não ia bem, seu sentimento escravocrata não admitia que o amor e a solidariedade estivessem dentro dos discursos políticos.


Quando o discurso deixou de ser somente oratória e foi para a prática, o camundongo não se conteve e deixou transparecer sua ideologia autoritária, sua inconformidade com a ascensão dos não-ratos.

Ao sair do bueiro para as ruas, o rato nazifascista percebeu que sua voz ecoava aqui e ali com uma certa frequência e potencialidade.

Rastejando pelas redes sociais, o roedor viu que não estava sozinho, que seus sentimentos de negação à democracia era uma realidade, ainda que mascarada.

Vieram as eleições e o rato, agora enorme e sujo, juntou-se a outros tantos de sua espécie e carregaram nos ombros uma personagem tirana e absolutista, que reuniu em torno de si os votos da turminha do bueiro, em grande parte frequentadores das 'assembleias' e 'universais'.

Agora que tomou as ruas, o fascismo ameaça parir um monstro em praça pública, um 'mito' que desovou e atirou seus ovos contra a classe operária, os negros, os índios, os homossexuais e as mulheres.

O rato é uma ameaça para a nossa liberdade, soberania e direitos sociais. Subvertendo os Irmãos Grimmm, o rato é quem hipnotiza os homens com sua flauta, mas como em 'O Flautista de Hamelin', a intenção é afogá-los.

Ricardo Mezavila

sábado, 6 de outubro de 2018

Olha aqui, preste atenção!



Quando o deputado J.Bolsonaro deu seu voto a favor do impeachment, naquele tenebroso abril de 2016, ele disse:"Em homenagem ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o terror de Dilma Rousseff".

O coronel, ídolo do deputado e de seus filhos, que desfilam com camiseta com o rosto do torturador, foi um dos mais cruéis militares nos porões da ditadura. Seu hobby era estuprar e colocar ratos para andar sobre as vaginas das mulheres sob tortura, como fez com Dilma.


A idolatria do ex-capitão J Bolsonaro pelo coronel B. Ustra, justifica seu desprezo pelas mulheres demonstrado várias vezes como no episódio com a deputada Maria do Rosário : "Você não merece ser estuprada", sentenciou J. Bolsonaro.

Prazer em humilhar mulher, como fazia seu ídolo, aparece quando ele diz: "mulher tem que ganhar menos que o homem", ou quando cria um projeto de lei que desobriga o SUS a atender mulheres vítimas de estupro.

A maior bandeira de J.Bolsonaro é a ideologia de gênero, nada mais que isso. Quando perguntado por uma reporter o porquê de receber auxílio moradia tendo residência própria, respondeu: "Eu uso o auxílio pra comer gente."

Sua imagem está sendo vendida, principalmente nas igrejas evangélicas, como alguém que defende a família e os costumes. O Bispo E. Macedo, dono da Record e do PRB seu partido político, está por trás de J. Bolsonaro. O sonho de E. Macedo é ser presidente da república e J.Bolsonaro é quem pode realizá-lo em 2022, se eleito.

Parece que o Brasil foi acometido por um surto da síndrome de Estocolmo, quando uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo amor ou amizade perante o seu agressor.

Lembrei de Haiti, canção de Caetano e Gil:

"Mas se você for no Pelô ( )...Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos"

"Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se os olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados"

Ricardo Mezavila.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Mas, o que é o fascismo?




Pulando a parte histórica de onde e como nasceu, o fascismo é um sistema totalitário, antidemocrático, que usa a força física e bélica como aparelhamento do poder.

A ideologia fascista está presente na fala e no comportamento do candidato do PSL e seu vice, quando humilham mulheres, negros e índios; quando diminuem a importância do Estado e os programas sociais.

O pensamento fascista está na pregação do pastor evangélico que, imbecilizado, fomenta a discussão sobre ideologia de gênero para convencer outros tantos imbecis de que isso tem alguma relevância para a sua religião.

O fascista não respeita a vontade popular, a soberania da Carta Constituinte, os poderes, a cultura e os direitos individuais.

Todo mundo tem ou teve um tio de aparência bonachona que contextualizava assim: "Tem que matar todo mundo mesmo", "pobre só serve pra ter filho", "Lugar de mulher é na cozinha" e todo mundo achava engraçado.

Não tem nada de engraçado no fascismo e, se você também pensa que a solução está em "Bandido bom é bandido morto", " castração química", e "Todo mundo tem que andar armado", você está perto de ser parido pelo sistema fascista.

Ricardo Mezavila.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Um carretel de sandices




Impressionante como os dois postulantes na chapa do PSL à presidência da república, conseguem dizer tantos absurdos para seus eleitores sem recearem uma debandada de votos.

Ou eles confiam no taco, em um golpe, ou então consideram que seus eleitores são demasiadamente alienados e asnáticos para não entender o que eles estão propondo.


Do capitão pode-se escrever uma enciclopédia volumosa de sandices contra a classe trabalhadora em geral e contra as minorias.

O candidato ataca os gays, os negros, os índios e, sua predileção, as mulheres. Com frases impactantes derruba as condições mínimas de convivência pacífica e civilizada.

O general e candidato a vice, desfila seu bloco de perversidades contra a sociedade de maneira autoritária, vil e covarde.

Ainda dá tempo, para que aqueles que tendem a votar nos fascistas, se informarem, refletirem e não compactuarem com o retrocesso de uma chapa que incentiva a barbárie.

Ricardo Mezavila.

O 'espantalho' Bolsonaro



As manifestações que acontecerão amanhã e que tem como slogan #ELENAO, está me parecendo um movimento da direita para derreter Bolsonaro e alavancar, ou o verdadeiro candidato do mercado, Geraldo Alckmin, ou o multipartidário e desequilibrado, Ciro Gomes.

Em 2013, o PSDB unido com setores da mídia, fez um balão de ensaio usando o aumento das passagens na cidade de São Paulo como argumento para levar às ruas uma massa pronta para ser manobrada contra a Presidenta Dilma, nas eleições do ano seguinte.


Na época surgiram movimentos como o MBL nas redes sociais, que se apresentavam como apolíticos e que pretendiam, enrolados em bandeiras, varrer da política os corruptos. Eram grupos que se diziam autônomos, nascidos da indignação dos 'verdadeiros' brasileiros.

O que aconteceu nunca vamos esquecer. A massa manipulada foi às ruas e, o movimento que era apartidário, de repente foi apropriado, e o PSDB comandou o maior golpe parlamentar-jurídico-midiático da história desse país.

Por isso, apesar de lutar pela derrota do fascismo, tenho motivos para pensar que Bolsonaro é apenas o espantalho do movimento. Tem um caroço debaixo desse angu que pode vir a engasgar mulheres de boa vontade. Torço para que a estratégia faça 'água' e que no meio do caminho, tão tortuoso, não tenha mais uma pedra