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terça-feira, 27 de junho de 2017

Não honram as calças que vestem




O legislativo, executivo e judiciário, são poderes que deveriam funcionar, constitucionalmente, em nome de uma sociedade igual e justa. Não é isso o que os atuais poderes vêm representando. Assistimos, com indignação e incrédulos, aos absurdos que essa casta de privilegiados cometem.

Desde a reeleição da Presidenta Dilma Rousseff, em 2014, o país foi tomado por uma campanha de ódio encabeçada pelo senador Aécio Neves, hoje envolvido até os ‘bagos’ em corrupção, obstrução de justiça, ameaças de morte e outros crimes próprios dos mafiosos.

Essa onda de ódio, fomentada por empresários e divulgados exageradamente pela mídia, levaram parte da população que se alimenta de jornais, revistas e noticiários tendenciosos, a nutrirem um desejo patético e imbecil de ‘morte ao PT’ e ao Lulopetismo. Foram criadas hordas de marionetes vestidos com a camisa da CBF de ‘teixeiras’ e marins’, que ocuparam as ruas exigindo a cabeça de Dilma e de Lula.

O Congresso entrou no espetáculo e iniciaram o processo GOLPISTA contra uma mulher honesta, sem envolvimento ilícito, mas que resolveu apoiar o trabalho da PF e do MPF, dando total liberdade para que a quadrilha dos políticos e empresários corruptos fosse investigada.

A apoteose do GOLPE foi a votação em que as ratazanas unidas, de dentro da Câmara dos Deputados, despejaram raivosamente e devidamente ungidas pelo dinheiro público, seus ataques hipócritas que retirou o mandato de Dilma.

Nas janelas, varandas e nas ruas, uma gente enganada e contaminada pelo veneno do GOLPE, comemorou a vitória dos derrotados, dos inescrupulosos e desonrados homens públicos. Assumiu o devasso vice-presidente Michel Temer, o homem da JBS, o mordomo de uma história que parcela da população pagou para assistir do lado de fora.

Agora estão aí trabalhando para destruir os direitos dos trabalhadores, da previdência, das indústrias, causando o maior desemprego da história, a maior crise institucional já vivida. Deram o GOLPE, mas não conseguiram sustentar seus rabos dentro das calças por muito tempo. Estão nus e sequer podem circular sem serem ‘escrachados’.

Heróis fabricados surgiram, como o juiz Sérgio Moro, que é peça importante, mas descartável, na acusação ao Presidente Lula. Moro nasceu morto, como Cunha e Temer, depois de cumprir seu subserviente papel, será jogado na lata de lixo. É um ‘boçal’, vendido e manipulador da justiça.

O objetivo central, para que todas as suas reformas sejam aprovadas, é a inutilização política de Lula, a inelegibilidade do Petista que, para desespero deles, está à frente em qualquer simulação de votos que se faça. Eles inventaram uma mentira para encrencar o ex-presidente, não conseguiram provar sua culpa, e ainda viu a defesa de Lula provar a sua inocência, ou seja, não há a menor razão para a sua condenação. E mais, se Lula for preso sem provas, não vale a pena ser honesto no Brasil.



segunda-feira, 26 de junho de 2017

O tráfico e a guerra inútil



Não utilizo de nenhum dado oficial, ou estatístico, para iniciar uma pequena discussão sobre a inutilidade, da verdadeira guerra, que as secretarias de segurança e os órgãos de polícia e justiça travam, contra o tráfico de drogas e armas e, informalmente e de resvalo, contra toda a sociedade.

Existe um enorme esquema para a comercialização da droga, para que ela chegue até o consumidor. Não tenho informação precisa sobre o custo disso, quantas pessoas estão envolvidas e o lucro, mas imagino que isso seja meramente formalidade para chegar à conclusão de que a forma como o tráfico é combatido está errado, na raiz.

Considerando que milhares de inocentes perdem a vida por conta dessa guerra, através das chamadas ‘balas perdidas’ e outras formas de violência, não podemos aceitar a ideia de eficiência de um modelo falido de repressão às drogas.

Falando do estado do Rio de Janeiro, onde mais repercute essa guerra, a ineficácia das UPPs, que não contam com nenhum projeto socioeducativo nas áreas supostamente atendidas, transformaram a desconfiança e a remota reação em um estrondoso fiasco de avaliação, execução e resultado.

Vamos chegar em um momento em que as armas terão de ser silenciadas, as investidas policiais estancadas e repensar uma estratégia menos agressiva, que diminua as vítimas inocentes que estão no meio do escombro social que transforma cidades e ruas em campos de batalhas.

Sempre tive opinião contrária à descriminalização das drogas, mas hoje penso que seria o início de uma nova mentalidade de governabilidade. O Estado perdeu a guerra, isso é fato e notório, a sociedade precisa começar a discutir com mais profundidade essa questão, deixar a hipocrisia de lado, o preconceito de lado, olhar para o espelho e perceber que imagem quer ver refletida ali.

Ricardo Mezavila
Autor de ‘Marina e o submarino inglês’