Pode entrar,o Blog é seu! Welcome to Blog! Since 30 july 2011

sábado, 30 de dezembro de 2017

Editorial Fascista






O editorial de O Globo de hoje é sobre a violência:'Combater epidemia de violência é desafio para 2018'. O texto, muito ruim por sinal, traz velhos clichês do tipo 'a escalada da violência não é um fenômeno novo'; 'enfrentar a violência é um desafio para os governos em 2018'.




Essa mídia é aliada ao que há de mais retrógrado e conservador no país, fomentou o ódio entre a população e apoia um governo lesa pátria. Governo que concedeu o menor reajuste ao salário mínimo desde a implantação do plano real em 1994.




O editorial cita os índices do aumento da criminalidade seguindo as reportagens do próprio jornal. Fala de um Plano Nacional de Segurança integrado, com auxílio das forças armadas e da polícia federal para combater a 'chaga', a 'epidemia'.




Epidemia é um surto periódico de uma doença infecciosa em uma região. Se essa epidemia que o Globo trata tiver que ser combatida, então podemos começar a combater dentro dos seus escritórios, seus estúdios, seus produtos 'enlatados' e seus comentaristas.




Quando o editorial fala que 'é preciso mais do que boas intenções (...) todos sabem disso', está se referindo ao uso da violência para combater a violência. A violência que eles falam não é aquela praticada pelo pessoal do topo da pirâmide, mas por aqueles que estão lá embaixo, com as mãos vazias esperando migalhas, e de olhos tapados para o futuro.




Congelar investimentos por 20 anos em educação e saúde; entregar a Embraer para a Boeing americana; transferir os lucros do petróleo para a Shell; isentar petrolíferas de um trilhão de reais em impostos; reformar a previdência com o suor do trabalhador e do inativo, essa é a 'epidemia' que o Globo apoia, esconde e não combate.




Ricardo Mezavila.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Viva a injustiça!





Agora que, de fato, a injustiça brasileria resolveu abrir seu armário e expor seus esqueletos, fica mais claro para os que andam de olhos vendados para a realidade, que estamos vivendo o pior dos tempos do judiciário na história.

Óbvio que juízes, procuradores, polícia federal e supremo não estão sozinhos na empreitada de fechar as portas do Brasil para os brasileiros. Estão atuando em conjunto com o legislativo e o executivo que são párias de um sistema global que estava perdendo o jogo para a democracia, mas que resolveu reagir.

A reação do mercado é tirar das mãos de países como o nosso, onde tem um povo ávido por sentar no colo do opressor, toda a riqueza natural. Para tanto utilizam o lawfare conrtra as maiores lideranças que lutam por soberania, por direitos e pela democracia.

Como porta voz desse golpe está a mídia comercial, aquela que colore e perfuma as entranhas apodrecidas do sistema corrupto, entreguista e humilhado. Querem que sejamos como o gado que pasta de cabeça baixa, pior que conseguiram fazer isso para consumar o impeachment, para que haja discordância entre os iguais, rupturas entre irmãos, para que tenham ao seu lado um bando de borra botas, alienados, uma horda de imbecis.

As eleições de 2018 é o objetivo, o alvo a ser derrubado. O golpe não faria sentido algum se, dois anos depois, estivesse eleito e empossado pelo sufrágio popular, um líder da esquerda que pudesse rever todos os acordos espúrios através de um referendo revogatório.

Não, Lula não pode concorrer, tem que ser banido da vida pública, nem que para isso seja preciso condena-lo sem provas. E é o que fizeram e está em curso. O julgamento foi antecipado, em tempo recorde, para fraudar, desde já, as eleições de 2018.

Triste país de analfabetos políticos, essa gente que tem por sonho olhar a classe que pertence por cima. Não pensam sozinhas, são presas a argumentos conservadores que dizem claramente que, para sair da pobreza você tem que apoiar a direita, nunca votar em operário.

Nós avisamos à época do golpe travestido de impeachment o que ia acontecer, a 'ponte para o futuro' está aí provando o que sustentávamos. Agora, novamente, estamos alertando para o perigo que será uma eleição sem Lula, sem referendo revogatório.

RIcardo Mezavila

Trabalho, esforço e soberania.







Trabalho, esforço e soberania

Quarenta e cinco dias pelo oceâno, é o tempo médio que um navio cargueiro leva para transportar petróleo do Oriente Médio para os Estados Unidos. É muito dispendioso e a travessia severamente longa. Isso impacta na economia da maior democracia do planeta, lugar abençoado que introjeta na classe média mundial o desejo do 'american dream'.

Se levarmos a questão para o âmbito das relações internacionais e suas terríveis consequências, iremos lembrar que para se apropriarem do petróleo, os EUA criaram uma guerra absurda envolvendo os países daquela região com direito a invasão por suspeita de inexistentes armas químicas, e ainda lucraram, de 'lambuja', com a indústria da guerra.


Passada a quarentena da guerra forjada, os imperialistas começaram a olhar para baixo de suas fronteiras, Na América do Sul existem duas potências petrolíferas onde, históricamente, os governos foram capachos de seus interesses comerciais: Venezuela e Brasil.

Acontece que os dois países, a Venezuela ainda, tinham governos progressistas e populares, não havia o velho motivo de perseguir o 'tirano' e invadir territórios. Ainda havia na vizinhança os governos populares na Argentina, Equador, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia.

Como não há guerra sem influenciar a opinião pública, os expansionistas submeteram a população desses dois países a total inversão de valores. No Brasil deram um golpe parlamentar judicial para apear da presidencia Dilma Rousseff, que passou a ser odiada por uma parcela imbecilizada pela mídia.

Com a queda da presidenta eleita surgem os entreguistas prontos a fazerem o serviço sujo e entregar o país às potências mundiais. Na sequência do golpe utilizam o lawfare, perseguição judicial contra alguém e tentam a inelegibilidade de Lula, que vence qualquer um nas urnas e é o único capaz de inviabilizar, através do referendo revogatório, todos esses crimes de lesa pátria praticados pelo legislativo, executivo e judiciário, 'um grande acordo nacional' como disse o senador golpista Romero Jucá.

Na Venezuela, como a participação e engajamento popular de lutas tem mais tradição, os ianques têm mais dificuldades em penetrar e fazer cair o governo de Nicolás Maduro. Tentam, de todas as formas, instigar a opinião pública, principalmente da América Latina, a odiarem Maduro como fizeram com Dilma, Lula, Cristina Kirchner e Evo Morales, presidentes de países estratégicos para o domínio norte americano em nosso continente.

A parte otimista disso é que tem muita gente acordando do 'american dream', gente que foi às ruas protestar contra elas próprias, inocentemente. Gente que percebeu que vive em um país onde se sonha também, onde o sorriso e a alegria sempre foram matérias primas e aos montes, muito maiores do que todos os poços de petróleo que os EUA têm, mais que usa como reserva, porque não é bobo.

Evo Morales: “Unidos, con trabajo, esfuerzo, con seguridad, pronto volveremos al mar con soberanía”.

Ricardo Mezavila.