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quarta-feira, 31 de julho de 2019

A um passo de cair



É evidente que o presidente Bolsonaro não reúne condições mínimas de ocupar o cargo que por ora ocupa. Ele sabe disso e tem aproveitado a ocasião para praticar aquilo que sempre fez sozinho no banheiro.

Suas ações intempestivas têm deixado parte de seus aliados e de seus eleitores surpresos, Bolsonaro sabe que não vai até o fim do mandato, que depois da reforma da previdência aprovada, será colocado na frigideira.


Suas posições controvérsias e incabíveis socialmente, preenchem uma lacuna que sempre coexistiu e que vivia na escuridão. Bolsonaro é a voz da irracionalidade não manifesta de quem o apoia e segue.

Fiel ao roteiro, permite que o país seja saqueado pela porta da frente, entregou as chaves ao império que passou a ocupar a suíte presidencial. Enquanto isso distrai a todos pautando manchetes com frases impactantes e negativas.

Ninguém em situação normal psicologicamente criaria tanta polêmica e atuaria de forma tão contundente contra si próprio. Ao que parece, Bolsonaro prepara a sua renúncia, por isso tem pressa em deixar seu estilo grotesco na história.

Quando as paredes estiverem livres dos retratos de um tempo onde o mal foi representado pela intolerância, burrice e injustiça e essa corrente tóxica tiver passado, o país dará o start para o realinhamento com a civilização.

Ricardo Mezavila.

terça-feira, 30 de julho de 2019

O avestruz e o pateta



Na votação do impeachment o atual ocupante do cargo de presidente da república, homenageou um torturador e assassino que agia nos porões militares durante a ditadura. Sempre que pode, Biroliro faz questão de demonstrar sua ignorância e preconceito, além de sua subserviência diante dos EUA.

O sujeito defende o nepotismo, disse que a fome no Brasil "era uma grande mentira", atacou os nordestinos, afirmou que os dados do satélite que mostram o desmatamento da Amazônia eram falsos, menospreza o meio-ambiente, libera agrotóxicos, desdenha da dor de quem teve parente desaparecido na ditadura.


Incentivador da violência, mantém seu um terço de apoiadores com declarações homofóbicas. Com ataques verbais contra os 'comunistas', é ovacionado por seu eleitorado estúpido como um avestruz com a cabeça no buraco, gritando melancolicamente: "MITO".

Com empáfia, Jair parece que não sabe exatamente qual a sua função, passeia pateticamente por aí com a faixa presidencial parecendo personagem do "Casseta & Planeta", é uma figura bisonha, constrangedora. Ataca jornalistas, estudantes, professores, qualquer pessoa que tenha conhecimento e informação ameaça seu universo desletrado.

Observando quem o apoia e quem o rejeita, tenho a certeza de que estou do lado de quem pensa o mundo com justiça, com preocupação ecológica, ambiental; que quer educação e saúde para todos, que acredita na paz e na comunhão étnica, no desenvolvimento coletivo, na solidariedade e cidadania, nos direitos do trabalho e aposentadoria, no respeito à diversidade religiosa e igualdade de gêneros.

Ricardo Mezavila.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Jaindo Biroliro



Para o presidente Jaindo Biroliro, o homem é capaz de realizar qualquer coisa sem precisar de treinamento. O ícone foi a indicação de seu filho Eduardinho para a Embaixada nos States, por conta de sua experiência e habilidade com a chapa de fritar hamburguer.

A sandice do momento é a autorização de emissão da Carteira Nacional de Habilitação - CNH, sem que o candidato precise realizar aulas práticas. Segundo Jaindo, basta a pessoa realizar uma prova teórica e um aula prática para conseguir a carteira.


A alegação é a de que ele, o surtado, aprendeu a dirigir com dez anos. Esse projeto é mais um daqueles que não vão adiante, faz parte da coleção de bobagens que ele ussa para encobrir seu talento: vagabundar!

Biroliro resolveu alterar as lei de trânsito. Por ele a maioria dos radares seriam retirados, a cadeirinha para bebê no banco traseiro seria desobrigada, os pontos nas carteiras para infratores de trânsito subiria de vinte para quarenta. 
Essas medidas, somada ao armamento, leva a crer que Jaindo quer facilitar o extermínio do brasileiro.

Não bastasse o desemprego, o governo trabalha pela e para a violência no trânsito, nas Universidades, faz apologia ao ataque aos índios e ao preconceito contra os nordestinos.

No início do ano imaginei que esse governo não atingiria os cem dias, depois duvidei de que chegasse até julho, mas agora, percebo que minhas análises estavam erradas. Jaindo ainda tem apoio daqueles que o elegeram e que irão com ele até o fim por não darem o 'braço a torcer', por serem anti-´petistas, ou mau-caráter como ele, ou tudo isso junto.

Ricardo Mezavila..

"Não que talvez não fosse"




Em dois mil e dezoito, a seis dias das eleições presidenciais, Moro tornou público os termos da delação de Antonio Palocci anexando os temos aos autos de uma delação da Lava Jato. Mesmo com dúvidas sobre a veracidade da delação, ela podia representar uma quebra na estrutura petista e ajudar Bolsonaro a se eleger.

Os procuradores criticaram o ex-juiz através do Telegram: Paulo: "Russo comentou que embora seja difícil provar ele é o único que quebrou a ormetá (termo utilizado pela máfia) petista". Laura Teesler: "Não é só difícil provar, como é impossível extrair algo da delação dele...padrão Delcídio". 
Welter: " O melhor é que ele fala até daquilo que ele acha que pode ser que talvez seja. Não que talvez não fosse".


Com esse vazamento não tem mais como manter de pé a acusação contra Lula e a narrativa de que não houve fraude na eleição passada.

Os procuradores sabiam que não havia mais nada para extrair das delações mentirosas de Palocci, mesmo assim pautaram a mídia com falsas acusações para prejudicar a eleição de Fernando Haddad.

As revelações do The Intercept BR mostram que Palocci não tinha nada a entregar ao Ministério Público, que assinalava que abandonaria as negociações com ele.

Sergio Moro trabalhava em causa própria, pensava na indicação ao Ministério da Justiça como veio a acontecer. Usou a Lava Jato em benefício próprio.

Fica claro que, nas conversas privadas, os procuradores concordavam com a defesa de Lula, que a delação de Palocci não provada nada, e que a de Léo Pinheiro foi extraída na pressão para condenar Lula..

Ricardo Mezavila.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Sei não, senhor!





O boquirroto do ministro da justiça Sergio Moro está destruindo o que sobrou do juiz Sergio Moro. Em apenas seis meses no ministério, Moro conseguiu a façanha de jogar no lixo todo o seu currículo que agora todos sabemos como foi conquistado.

Moro, o ministro, está abusando do autoritarismo como fazia quando era juiz. A diferença é que agora o juiz virou um político, não possui mais a blindagem e nem o respeito que a toga merece.


Quando foi ao Congresso passou por enorme humilhação, tendo sido chamado de 'juiz ladrão', entre outros adjetivos.Se esquivou de perguntas e, no melhor estilo ladrão na delegacia, negava as respostas ou 'ficava' com amnésia temporária.

Para se livrar da enorme enrascada em que se meteu, Moro enviesou pelo submundo onde vivem os milicianos, mandou prender supostos hackers para tentar se livrar das denúncias contra seus atos enquanto juiz.

O ministro assinou uma Portaria - 666 - que facilita a deportação de estrangeiros, numa evidente tentativa de expatriar o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept BR, responsável por divulgar mensagens entre Moro e procuradores da força tarefa da Lava Jato.

Sergio Moro, nas palavras do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, "usa o cargo, aniquila a independência da Polícia Federal e ainda banca o chefe de quadrilha ao dizer que sabe das conversas de autoridades que não são investigadas".

Acabou para o aparvalhado juiz! Moro é vítima de sua arrogância, autoritarismo, de sua vaidade desmedida, sua insana busca pelos holofotes. Fez dinheiro com as delações da Lava Jato e com as palestras. A mídia o bajulou enquanto era conveniente, as pessoas o alçaram à condição de herói, mas o 'super-moro' não passa de um bandido provinciano.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Já foi hackeado hoje?





Como era de se esperar, a 'justiça' braziliana foi até os EUA ser adestrada de como estancar o vazamento do The Intercepet BR. O ministro marreco, Sérgio Moro, voltou dos states e logo iniciou a operação de alcunha 'Spoofing'.

Desde o início da Vaza Jato todos os envolvidos nunca negaram a autenticidade das mensagens. O ministro marreco e seu comparsa Deltan, se negaram a entregar os aparelhos celulares, à época diziam que não houve hackeamento.

Para tentar o descrédito sobre o trabalho do jornalista Glenn Greenwald, surgiram versões de uma fonte de nome Pavão Misterioso, que dizia que os hackers eram russos e que desviaram seus IPs para a Califórnia com o intuito de confundir as investigações.

Os especialistas televisivos diziam que os hackers se aliaram com o dono do aplicativo russo Telegram, e que este resolveu abrir dados dos lavajateiros porque se convertera ao Islã e isso seria uma maneira de retaliar o governo brasileiro que tendia diplomaticamente para Israel.

Aqui, na Terra do Biroliro, vimos como é difícil fazer a massa entender que um imóvel só pertence a alguém se estiver registrado em seu nome, que se estiver no nome de outra pessoa ou empresa, pertence a essa pessoa ou empresa; que se você descansar em um sítio de um amigo não transfere o título de propriedade para o seu nome.

Agora, imagina essa massa apascentada ouvindo explicações de como os hackers conseguiram número, IP e o IMEI do celular de centenas de autoridades brasileiras, usando um suposto programa que consegue invadir sistemas e aplicativos ultraprotegidos...

Como os vazamentos não pararam e seus apoiadores começaram se afastando, o ministro marreco autorizou e a polícia federal realizou prisões dos supostos hackers. Utilizando métodos pouco ortodoxos, conseguiram que um dos 'hackers' confessasse que o objetivo era vender as delações para o PT, mas que o The Intercept apareceu e blá,blá, embrulharam tudo em um só presente..

As contradições são muitas. Para uma operação dessas é preciso equipamento e conhecimento avançados. O que confessou ter participado, faz 'bico' como DJ em festinhas em Araraquara por quinhentos contos, mora com sua avó, é filiado ao DEM, partido que apoiou Bolsonaro e da base do governo no Congresso. Sua experiência como espião, foi ter clonado um cartão de crédito para comprar roupas de cama e uma poltrona. Foi preso por isso.

O que mais torna fantasiosa o envolvimento do Dj, é o fato de não ter mascarado o IP -Internet Protocol- que identifica os computadores, e de ter usado seu nome verdadeiro e foto. Qualquer adolescente sabe como ocultar o IP de seu computador e navegar de forma anônima. Um hacker experiente, como querem apresentar o DJ, não poderia cometer essa infantilidade, não faria uma operação complexa e perigosa deixando rastros.

Estão tentando dar mais um golpe na nossa tão penosa história como nação e povo. O poder judiciário perde a prerrogativa de julgar de acordo com a regras Constitucionais e passa a ser a mão que amassa e o pé que pisa.

À sombra de toda essa pirotecnia, a BR distribuidora foi vendida e assim, esquartejando as subdisiárias, a Petrobras está deixando de ser o patrimônio que tantas divisas trouxe para o nosso desenvolvimento. Enquanto isso o gado acompanha atentamente os 'especialistas' falarem em VPN, Rede SS7, e não percebe que o chão está se abrindo.

Ricardo Mezavila.

Desprezível público!





O Brasil virou uma turnê de saltimbancos no sentido negativo, não aquela trupe que se apresenta em locais públicos para divulgar seu trabalho e levar entretenimento ao povo, mas uma infusão de canalhas, hipócritas e velhacos..

Para a apresentação desse grupo não é preciso lona, só ilusionistas, malabaristas, domadores e equilibristas. Os picadeiros intermediários são o Facebook, o Twitter, o Youtube, o WhatsApp, mas os principais são a Folha, O Globo e o Jornal Nacional.


Os cabaretiers são os Mervais e as Mirians de plantão, também conhecidos por Mainards e Cantanhêdes; os capatazes usam microfones, câmeras e leem as ordens ditadas pelos adestradores.

Acostumados ao ilusionismo, o público desse tipo de espetáculo absorve, é cooptado sem qualquer compromisso com a verdade, é aliciado e reproduz aquilo que fizeram que acreditasse, conecta-se mediante o estalo do chicote do domador.

Sem perspectivas, ele aplaude quando as cortinas descem para uma pausa, uma troca de cenário, uma inclusão de pauta. Quando o espetáculo recomeça o público, que passou o intervalo mastigando ilusões, se empodera e vai embora pensando que faz parte daquilo, que pode ser como o equilibrista, mas sua alma é de palhaço.

E assim, o inocente espectador senta e esquece seu protagonismo, passa a aceitar leis que contrariam seus objetivos, apoia o vilão e ama seu algoz. De olhos fixos nos malabaristas, não percebe que estão lhe roubando os direitos, estão levando embora seus sonhos, destruindo seu futuro.

Ricardo Mezavila.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Os 'hackers' de Araraquara


Araraquara é uma cidade localizada no interior do estado de São Paulo, conhecida como a 'Terra das laranjas". Foi em Araraquara que a polícia federal, em uma operação batizada por 'spoofing', prendeu quatro supostos hackers que teriam invadido os celulares do pessoal da Lava Jato, incluindo o ministro Sergio Moro.

Spoofing, no contexto de redes de computadores, é um ataque que consiste em mascarar (spoof) pacotes IP utilizando endereços de remetentes falsificados. Assim, torna-se fácil falsificar o endereço de origem através de uma manipulação simples.


Segundo o site ACidadeON/Araraquara apurou, os dois são amigos e já foram detidos pela polícia juntos. Trata-se de Walter Delgatti Neto, mais conhecido como Vermelho, de 30 anos, que há anos tem familiaridade com o ambiente online, e Gustavo Henrique Elias Santos, de 28, que já atuou como DJ.

Em investigação preliminar já se sabe que os tais 'hackers' não possuem equipamentos e nem conhecimento para terem executado o 'hackeamento'. Os dois suspeitos são do baixo clero cibernético, furtam cartões bancários para comprar poltronas e roupas de cama, como um deles fez no ano passado.

Outro foi preso por tráfico de drogas e falsificação de documentos. No cumprimento de mandado de busca e apreensão, policiais civis apreenderam comprimidos de um medicamento com venda proibida, além de uma carteira de estudante da USP com foto e dados de outra pessoa.

Quando Sergio Moro era juiz, disse isso a respeito da escuta ilegal que divulgou da conversa telefônica entre Dilma e Lula: "As pessoas tinham direito de saber a respeito do conteúdo daqueles diálogos (...) Dentro de uma democracia liberal como a nossa, é obrigatório que essas coisas sejam trazidas à luz do dia".

Utilizando o twitter Glenn escreveu: " O jornalismo mais importante nas últimas décadas foi feito com fontes que obtiveram provas de corrupção sem autorização: os Papeis do Pentágono, Watergate, abusos da Guerra ao Terror, espionagem da NSA, crimes expostos pelo NYT/WP, etc.

A operação spoofing é mais um factoide produzido para tentar desmoralizar e prender os jornalistas do The Intercept BR, principalmente seu fundador, o premiado jornalista Glenn Greenwald, que vem denunciando a organização criminosa pintada com cores institucionais e de legalidade, conhecida por Lava Jato.

Ricardo Mezavila.

terça-feira, 23 de julho de 2019

Navios iranianos em águas colonizadas


Os navios Bavand e Termeh, da empresa iraniana Sapid Shipping, estão apresados no porto de Paranaguá no litoral do Paraná, desde o início de junho. Os navios chegaram carregados de ureia, que é usada para fazer fertilizantes. Eles deveriam retornar ao Irã com cento e dezesseis mil toneladas de milho brasileiro. O país é o maior comprador desse produto brasileiro e está entre os maiores importadores de soja e carne bovina do Brasil.

Mas, por que as embarcações não zarpam de volta? Por conta de represálias dos EUA caso a Petrobras abasteça de combustível os navios carregados, pois o Irã sofre sanções impostas pelos EUA. Em nota, a Petrobras disse que: “Caso a empresa venha a abastecer esses navios, ficará sujeita ao risco de ser incluída na mesma lista, o que poderia ocasionar graves prejuízos à companhia".


O presidente Donald Trump retirou os EUA do acordo nuclear assinado em 2015 pelos dois países, com a participação da Rússia, China, Reino Unido, Alemanha e França. A partir disso, impôs uma série de sanções ao Irã e a empresas iranianas. A Sapid Shipping conseguiu uma liminar para o abastecimento dos navios, porém, a decisão foi derrubada por Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão sobre a questão será tomada pelo colegiado da Corte, que não tem data definida.

Essa tensão, nada paroquial, fortalece e evidencia aquilo que todos nós, do campo progressista, vínhamos interpretando e que está de fato acontecendo: O Brasil já é Colônia dos Estados Unidos da América!

A nova ordem geopolítica coloca o Brasil na periferia do sistema capitalista mundial. A economia brasileira é servil aos interesses do império e, em virtude disso, passa a ser caracterizada pela mera produção de mercadorias e pela escravidão, o que impede o desenvolvimento de sua extraordinária economia doméstica.

Com as sanções e as ameaças os EUA dificultam a vida de seus desafetos e, de quebra, impedem o crescimento de um país rico como o Brasil, que no tabuleiro dos acordos internacionais passa a ser apenas o ‘peão’, e ainda se submete a ficar de joelhos com seu representante máximo perseguindo a humilhação, ‘abrindo as pernas’ e destruindo toda uma história recente de conquistas, respeito e diplomacia soberana.

Ricardo Mezavila

sábado, 20 de julho de 2019

As pérolas dos porcos






Em duzentos dias de governo, Jair Bolsonaro criou uma estratégia que desvia a atenção do seu governo. No início todo o staff estava imbuído em fabricar factoides. A ministra Damares era a que mais se destacava na produção de 'pérolas' para que a mídia e a população se distraísse.

Enquanto pauta a mídia e, consequentemente, a opinião pública, as questões relevantes como a 'reforma' da previdência, a retirada de direitos trabalhistas, o sucateamento das universidades públicas, a liberação de mais agrotóxicos e as privatizações, vão acontecendo na surdina.


Nada é dito ao acaso. Quando Bolsonaro diz que "no Brasil ninguém passa fome", ou quando utiliza a palavra "Paraíba" pejorativamente, um grupo de pessoas está reunido para 'simplificar o regime de outorga" da lavra garimpeira; está reduzindo o controle do COAF no combate à lavagem de dinheiro, o ministro da educação assina portaria que tira das mãos dos reitores da universidades federais o direito de nomeação dos pró-reitores.

A cortina de fumaça tem servido muito bem. Enquanto o filho do presidente diz que está preparado para assumir uma Embaixada porque sabe fritar hamburger, o governo se pôs em guerra com a indústria do audiovisual; quando o inepto presidente ataca a jornalista Miriam Leitão, seu governo vem fazendo um estrago sem precedentes no país.

Nas últimas semanas, com as divulgações das mensagens e áudios trocados entre o ex-juiz Sérgio Moro com os procuradores integrantes da força tarefa da Lava jato, pelo site The Intercept BR, que vem mostrando como atuaram para condenar Lula com a participação de ministros do Supremo; de como montaram a indústria das delações e o esquema de enriquecimento através de palestras, as 'pérolas' e a quantidade de impropérios vem numa crescente diária.

Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

A previdência e o gado desorientado






Agora que o governo conseguiu comprar deputados para votar o fim da aposentadoria, os meios de comunicação começam a noticiar as perdas que terão os trabalhadores urbanos e rurais.

Antes da votação criaram o gado em cativeiro intelectual, venderam a ideia de que aquilo que chamam de reforma era boa e necessária, agora já podem abrir as porteiras para que o rebanho siga desorientada para o matadouro.


Nunca, em nenhum lugar do mundo, uma sociedade foi às ruas lutar contra seus direitos, se reuniu para pedir o fim de suas garantias, de sua cidadania. Somente em um país dominado pela alienação coletiva e pela disseminação do ódio isso foi possível.

O modelo votado na Câmara favorece empresários, banqueiros, rentistas, ou seja, quem não precisa da previdência, e categorias como a dos militares.

Uma mudança na previdência tinha de acontecer, mas dentro de uma proposta justa, que fosse debatida também pelos representantes dos trabalhadores, mas com um Congresso de roedores, a massa trabalhadora atual e a geração futura, será gravemente prejudicada.

Ricardo Mezavila.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

O ditador e o idiota




Observando as atitudes do presidente Jair Bolsonaro em coletivas para a imprensa brasileira, percebe-se um traço de personalidade que se alimenta do negativismo e da barbárie.

Bolsonaro se expõe para ser vaiado, xingado, para ser ofendido. O seu campo de atuação é dentro da linha da tortura e do extermínio. O torturador nunca é amado.

Ele sempre contradiz o bem-estar social com declarações reacionárias e antipopulares, como ser favorável ao trabalho infantil, retirar as terras dos índios, acabar com as cotas para negros nas universidades.

O caráter perverso do torturador exulta quando é agredido pela oposição, pela parcela da sociedade por quem nutre ódio de classe, como os homossexuais, os índios, os negros e nordestinos.

Quando participa de cerimônias fora de seu quadrado, como na reunião do G20, Bolsonaro se sente 'peixe fora d'água' , sabe que ali não pode exercer sua doentia atração pelo revés.

Nestas ocasiões o presidente consegue articular uma forma de, não podendo ser ditador, de ser um idiota. Foi o que vimos no 'bandejão' de Davos', e recentemente no vídeo em que se impressionava com as bijuterias de nióbio no Japão.

Bolsonaro é um homem-bomba, não adianta atirar para matar porque ele está ali para morrer; não adianta apupar porque ele está ali para ser humilhado.

A apoteose do tirano são as vaias, porque elas são o resultado de seus atos, é a prova de que está no caminho certo, que está incomodando fazendo as coisas de modo a contrariar quem se opõe a ele.

Os brasileiros levaram ao poder um doente social, um sociopata, que é o raio-x de uma elite individualista e soberba e de uma classe média egoísta e burra.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

'O trabalho liberta'





Século XXI, o mundo desenvolvido tecnologicamente, o acesso à informação facilitado, globalização avançando e aproximando fronteiras, povos e nações. E, no Brasil, o presidente da república se diz favorável ao trabalho infantil a partir dos nove anos e que só não envia projeto ao Congresso porque seria massacrado.

"Ah, mas trabalhar não mata, eu trabalhei e não me arrependo", dirão os que também pensam que "é melhor trabalhar do que ficar na rua com uma pedra de crack". É assim a ideologia da meritocracia: Se eu consegui, você também pode. A meritocracia é a arte do egoísmo e da presunção.


O simplismo do senso comum não permite a percepção de que a descriminalização do trabalho infantil expõe a criança ao perigo e pode prejudicar sua saúde física e moral. Temos exemplos de como crianças são tratadas em ambientes inadequados de trabalho. Criança tem de ir à escola.

Ainda há no Brasil uma legião de crianças em estado de vulnerabilidade social, que são cooptadas pelo tráfico de drogas, exploração sexual, tráfico humano e de órgãos. São exploradas como mão-de-obra em trabalhos pesados em fazendas, oficinas, indústrias e até na construção civil, comprometendo o fluxo natural da vida escolar e familiar.

Vale lembrar que o nazismo alemão recrutava rapazes entre quatorze e dezoito anos e os doutrinava através da "juventude hitlerista". Para os menores, entre dez e treze anos, havia um ramo infantil. Quanto às meninas, havia a seção denominada 'Liga das meninas alemães'. Essa juventude fanática participava de queima de livros, ataques a judeus nas ruas, denunciava vizinhos e atuava na luta política e racial.

Talvez Bolsonaro tenha tido um insight escatológico sobre o futuro do país, das milícias e da fúria besta de seus ídolos e mentores. Em um estalo alucinógeno, viu jovens milicianos antipetistas torturando progressistas para livrar o país do comunismo, promovendo o extermínio da esquerda, o holocausto triunfante da milícia.

Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

O quatro de julho brasileiro




A data que o Brasil comemora a sua Independência, embora haja controvérsias quanto ao fato, é o dia sete de setembro. Nesse dia, em 1822, o príncipe D. Pedro I, fez a encenação no riacho do Ipiranga e, levantando sua espada, declarou a nossa independência.

A comemoração pela independência de uma nação é algo particular, pertencente a história de um povo específico. Nessa data comemoramos o triunfo da liberdade, mas também fazemos reverência àqueles que morreram por ela, os mártires e os anônimos que lutaram por um país livre e soberano.


Nunca antes na história de qualquer nação, o representante máximo desta, comemorou a independência de outra. Pela primeira vez assistimos envergonhados e incrédulos, o presidente do Brasil comemorar a independência de outro país: Os Estado Unidos da América.

É a subserviência em grau máximo, a bajulação em nível jamais atingido. Com essa atitude, Jair Bolsonaro coloca o povo brasileiro abaixo do chão, faz o enterro simbólico do Brasil como nação.

Um de seus filhos bajulador e servil, orgulhoso publicou : "Comemoração da independência americana, na Embaixada EUA. Foi a 1ª vez que um Presidente do Brasil esteve presente na embaixada nesta ocasião. É o Brasil saindo do mundo bolivariano e entrando no rol de países respeitados internacionalmente".

Para esses sabujos, entrar no rol dos países respeitados é adular sem constrangimento, é servir de mula de carga, de lata de lixo, de latrina. O brasileiro progressista precisa, e com urgência, levantar a espada.

RIcardo Mezavila.

terça-feira, 2 de julho de 2019

Passando pano



O presidente Jair Bolsonaro está comemorando assinatura de um acordo Mercosul e União Europeia engavetado desde 1999, porque não é bom para Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Esse acordo abre o mercado para licitações de empresas europeias, enfraquecendo mais ainda a engenharia e indústria nacional. O presidente comemora a perspectiva de que 'vamos vender mais commodities agrícolas'.


O acordo também foi assinado para dar um gás na candidatura de Mauricio Macri na Argentina. Com isso os fracassos dos governos Bolsonaro e Macri ficam menos evidentes e eles faturam com o factoide.

A sociedade ligada na imprensa comercial não entende sobre o acordo, mas passa pano. Assim como passa pano para Carlos, Flávio e Eduardo, filhos de carreira de Bolsonaro. Um mais envolvido em crimes do que o outro, mas são tolerados porque não são 'esquerdopatas'.

O filho do Lula, ninguém sabe seu nome, foi perseguido com fake news que apontava que era dono da Friboi, da Oi, que tinha uma Ferrari dourada, que era dono de ilhas em Fernando de Noronha, a sociedade não perdoou e compartilhou como se fosse verdade.

Já com os três porquinhos, ou patetas, que interferem no governo do pai, participam de milícias, homenageiam assassinos, empregam criminosos como assessores, a sociedade hipócrita minimiza e passa o pano.

Outra passada de pano é em relação ao ministro Moro, pego em crimes irrefutáveis. Mesmo com todo o material provando seus conluios com procuradores da força tarefa da Lava Jato, para perseguir e prender inocentes, extorquir empresários em troca de delações falsas, com tudo publicado nos principais jornais do mundo, os canalhas ainda organizam manifestações em sua defesa.

Militar da comitiva presidencial que ia para o Japão, tentou traficar 39 kg de cocaína em avião da Força Aérea Brasileira e foi preso na Espanha. O general que é do gabinete de segurança nacional disse que é normal, enquanto o ministro da justiça disse que foi um caso isolado. Se fosse com Lula ou Dilma...

Ricardo Mezavila.

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Congresso pode salvar o país




A estratégia mais acertada para se aprovar medidas com apoio popular, sempre foi dividir o país. Com o país dividido, as reformas ficam mais plausíveis, e até mesmo as impopulares, como a reforma da previdência, podem ser acolhidas por um dos lados.

Foi assim que, logo após as eleições de 2014, o PSDB, liderado pelo senador Aécio Neves, iniciou a campanha para dividir o país entre esquerda e direita. A imprensa adotou o discurso e o país ficou dividido entre coxinhas e mortadelas.


Esse também foi o período em que a operação Lava Jato, até então bem avaliada por quase o total da população, passou a ser instrumento jurídico para a perseguição de partidos e políticos.

Com a demonização da classe política, os poderes das casas legislativas e o executivo, perderam credibilidade. O poder judiciário passou a ditar as ações políticas com discurso contra a corrupção. O que causa desconforto e é ver o Supremo acovardado, nas 'rédeas' de juízes e procuradores, obedecendo ordens de militares e o pior, atropelando a Constituição Federal.

Sobre a classe política, está merecendo o que está passando, a maioria jamais honrou seus mandatos, se apequenaram em questões relevantes, muitos vendendo voto. Foram décadas de peculato, nepotismo, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, caixa dois, uma infinidade de crimes banalizados pela opinião pública como se fossem inerentes aos cargos.

O período de mandato do político é de quatro anos, ou seja, tem prazo fixo,que podemos renovar ou não, o que dependerá de sua avaliação pelos eleitores. Quanto ao judiciário isso inexiste, o que o transforma, quando atua fora das leis constituídas, em a mais perversa das ditaduras.

De acordo essa tese, os políticos são aqueles que podem tirar o país das garras da justiça tirana, como dizia Rui Barbosa :" Justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta".Uma rearrumação da sociedade só será possível com as massas nas ruas e quem pode convocá-las são, além de outras fontes, os políticos com ou sem mandato. Só temo que, para isso se tornar realidade, Jesus tenha que vir aqui e mostrar suas mãos perfuradas.

RIcardo Mezavila.