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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Era uma vez um Brasil

 

Lá no início do século passado, o poeta soviético Vladimir Maiakovski, escreveu uma frase perdida : "Em algum lugar, acho que no Brasil, existe um homem feliz". O então "em algum lugar" era um país que tinha acabado de abolir uma escravidão que perdurava a mais de trezentos anos. 

Depois o "em algum lugar" virou república, tornou-se industrial e agigantou-se no continente a qual existiam suas terras. Quando "esse lugar" parecia que daria um enorme passo nas conquistas sociais com as reformas de base, uma nuvem cinzenta desceu do céu espalhando medo, tortura, censura e morte. 

Foram vinte e um anos de um sol envergonhado e triste, de uma gente que olhava mais para o chão do que para a lua. As ondas eternas nunca deixaram de bater nas pedras, mesmo com as muralhas construídas, elas não obedeceram o silêncio. 

O povo daquele lugar deu início a reconstrução, pedra por pedra, daquilo que lhes foi tirado. Durante algum tempo conseguiram, com lutas e contratempos, algum avanço. Mas a nuvem cinzenta desabou novamente sobre suas cabeças. A tempestade veio com mais força. O lugar onde Maiakovski achava que existia um homem feliz, foi detonado por homens infelizes e de toga. 

Na atualidade esse lugar é um pária mundial, um retrocesso conservador habitado pelo preconceito de fascistas, por uma ralé analfabeta e apolítica que se deixa enganar por discursos de ódio. Era uma vez um lugar que exista um homem feliz, acho que no Brasil. 

Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Não foi por falta de aviso




Os participantes do golpe que tiraram do poder uma Presidenta honesta para colocar um consórcio de ladrões em seu lugar, como a Editora Abril, estão falindo. A Abril demitiu quase mil funcionários e pediu concordata.


Entre os funcionários, centenas de jornalistas, articulistas da Revista Veja que ajudaram a disseminar o ódio entre a população. De 2016 para cá, três mil indústrias e duzentos e vinte mil empresas encerraram suas atividades.


A taxa de desemprego no Governo da Presidenta era de 4,8%, em dois anos de governo golpista passou para 14%. Todos os índices econômicos sofreram variação negativa na comparação entre o Governo Progressista do PT e o governo neoliberal e entreguista do PSDB/Temer.


A imprensa não quer mostrar, mas todos os dias têm manifestação espontânea e popular Pró Lula, os 'Lulaços'. Os golpistas do poder judiciário negam tudo à defesa do ex-Presidente e mesmo assim, incomunicável em Curitiba, ele derrota qualquer um nas urnas no primeiro turno.


A maior parcela da população já percebeu que Lula é vítima de um golpe jurídico/midiático que não vai permitir que ele retorne à presidência, desfaça os acordos que colocaram o Brasil de joelhos e retome seu governo de distribuição de renda e prosperidade.


A menor parcela da população, aquela que ainda acredita na imparcialidade do Jornal Nacional, é massa de manobra continuada do golpe. São essas pessoas que flertam com o fascismo e apoiam a candidatura de um torturador machista e homofóbico.


Lula tem apoio de mais da metade dos brasileiros, de organismos internacionais como a ONU e de autoridades como FRANCISCO, o PAPA da Igreja Católica. Está muito difícil, mas os golpistas, pelo o que parece, vão conseguir derrubar, definitivamente, o Brasil.


Ricardo Mezavila.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Brasil urgente, Lula presidente!





Os 'Lulaços', manifestações espontâneas em locais públicos em favor de Lula, se tornaram frequentes em todo o país. De norte a sul, a população demonstra insatisfação com a injusta prisão de Lula.

A Lava Jato mostrou qual era a intenção dos golpistas, acabar com os empregos, a soberania e com a democracia, só que o povo está dando a resposta.


A imprensa esconde as manifestações, esconde a candidatura de Lula, esconde a determinação da ONU, esconde o advogado Tacla Duran, esconde que Sergio Moro participa do esquema de venda de delações.

A crescente demonstração de carinho a Lula é prova de que a imprensa não engana mais tanta gente como antes. As redes sociais também não são mais locais só para se postar fotos, elas têm alcance na informação e superam os meios antigos como rádio, tv e jornal.

Assisti o vídeo de um 'Lulaço' em um shopping em São Paulo, muitas pessoas com o dedo em 'L' pediam liberdade para Lula, fizeram 'trenzinho' ao som de 'vai dá PT'. Gente de todas as idades e profissões unidas pelo direito de votar em Lula.

RIcardo Mezavila.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Sobre influências e fatos



Às vezes me perguntam o porquê de eu ser de esquerda, petista, comunista, lulista e outros adjetivos. Eu não sei, mas uma lembrança me remete a 1968, durante o AI-5. Tinha eu 9 anos e meu pai me levou para ver tanques de guerra estacionados em frente ao Colégio Central do Brasil, que ficava na rua vizinha a minha. Foi meu primeiro contato próximo à ditadura militar, já que o contato visual se dava todos os dias quando subia as escadas para a sala de aula e tinha que olhar os retratos dos generais presidentes. Meu pai era trabalhista, votou em Getúlio, Jango e falava muito em um tal Leonel Brizola.

A visita aos tanques deve ter despertado na criança que eu era, que aqueles eram os ‘inimigos’. Atento ao que meu pai conversava, sabia que aquele sentimento era real, eles eram mesmo os inimigos. Crescemos em um ambiente pobre, de classe operária, mas sustentável. Quando fui, em 1973, aos quatorze anos, estudar em uma escola localizada na subida do Morro do Jacarezinho, comecei a ter contato com uma realidade social ainda mais difícil que a minha. Subia o morro para ir até a casa dos amigos e percebia que ali faltavam condições básicas de, principalmente, saneamento.

Nessa idade eu já escrevia trovas e alguma poesia. Os temas começaram a sair dos clichês da família, do amor, e passaram a ser o que eu observava no contexto que vivia. Passei a escrever sobre a pobreza e questionar os motivos que leva alguém a viver em condições adversas. Não foi difícil chegar a conclusão óbvia de que, por trás daquela dificuldade, tinha alguém que se beneficiava. Eureka! Descobri o início do novelo que me levaria a esmiuçar as injustiças sociais, seus executores e suas vítimas.

Um pouco antes, em 1969, agentes do DOPS foram até a minha casa a procura de um tio peruano, universitário, que tinha escrito uma matéria considerada ‘subversiva’ em um jornal da faculdade. Ele não morava conosco, mas nosso endereço constava em algum lugar. Os agentes reviraram nossa casa, derrubaram minha mesa de ‘jogo de botão’, foi uma agressão psicológica que ficou comigo por uns dias.

Em 1978 já havia um movimento para que houvesse a abertura política e conseguimos o direito de votar, houve as ‘eleições gerais’ para o Congresso. Havia a Arena, que representava o governo dos militares e o MDB que representava o outro lado, a sociedade civil. Votei nos candidatos do MDB e lembro da felicidade que senti ao utilizar pela primeira vez meu título de eleitor. Nesse ano eu trabalhava em uma agência de câmbio e viagens, na Avenida Rio Branco, centro do Rio de Janeiro. Sempre que havia conflito entre trabalhadores e estudantes contra o regime, eu descia e ia atirar pedras nos soldados para expressar minha revolta contra a ditadura.

Em 1979 veio a lei da anistia, a volta dos exilados, algumas canções foram liberadas pela censura e o país começou a dar os primeiros passos para uma abertura mais ampla, que seria o caminho até que chegássemos a tão sonhada DIRETAS, JÁ. Em 1981 fui trabalhar na matriz do Banco Boavista na Candelária, que viria a ser palco do maior comício pelas diretas. No banco fiz amizade com sindicalistas e me sindicalizei, participei das primeiras reuniões que organizou a CUT no Rio. Na saída de uma das reuniões, em um sobrado na Avenida Marechal Floriano, fui perseguido por um fusca azul até a minha casa. No dia seguinte tomei conhecimento de que deram uma batida no sobrado e prenderam alguns companheiros.

Em 1982 votamos para governador, foi a primeira eleição do Partido dos Trabalhadores, Lula era uma liderança sindical inconteste, tinha vindo ao Rio e ajudei a fazer uma corrente humana para que ele caminhasse até o pátio do Ministério da Cultura, porque fomos expulsos da Cinelândia por brizolistas. Votei em Lysâneas Maciel para o governo do Rio. Nos anos seguintes vieram as manifestações pelas diretas e foi o momento dos grandes debates, da consolidação do campo que eu escolheria para lutar.

Ricardo Mezavila

terça-feira, 21 de agosto de 2018

"Eles venceram e o sinal está fechado para nós"



Ao considerar como 'recomendação' a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU, em garantir que o presidente Lula tenha o direito de participar das atividades de campanha, o governo brasileiro assume que é PÁRIA internacional.

Um Estado PÁRIA é uma nação cuja conduta é considerada fora das normas internacionais de comportamento, podendo sofrer isolamento e sanções. O país é visto com desconfiança e insegurança jurídica.


Na prática, o PÁRIA deixa de receber investimentos e acordos internacionais, perde visibilidade e não participa de decisões estratégicas de ordem mundial. O Brasil, se for convidado para algum evento, terá assento na última fila, como os Talibãs, por exemplo.

Ao que parece as autoridades brasileiras já escolheram e não vão respeitar o acordo ao qual são signatários, não vão permitir que o presidente Lula goze de seus direitos políticos. Ao não cumprir a ordem, estão jogando por terra todo o respeito conquistado pelo Brasil diante do mundo, principalmente nos governos Lula e Dilma.

O golpe do 'impeachment' foi longe demais, sabíamos que seria trágico, mas nunca imaginamos que pudesse atingir o grau máximo da mediocridade. Lula está preso porque é o único que pode resgatar do chão as bandeiras atiradas na água suja do golpe jurídico,parlamentar e midiático.

É duro reconhecer, mas eles estão vencendo, com o apoio daqueles que se locupletam disso, e com o inacreditável apoio dos manifestoches, gente influenciada pela imprensa golpista, gente alienada e analfabeta e, muitas vezes, sem caráter. Assim como Darcy Ribeiro :" Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu"

Ricardo Mezavila

O Brasil do ódio em Roraima



Quando os brasileiros de Roraima tocaram fogo nas roupas dos venezuelanos refugiados estavam exercendo o que foi plantado no Brasil depois do golpe de 2016.

Numa manifestação de ódio, subproduto da imparcialidade da imprensa, a decantada cordialidade brasileira lançou sua ira sobre homens, mulheres e crianças indefesas que, sem rumo, aguardavam uma solução em seu país.


Segundo os institutos de pesquisas, Roraima é um dos poucos estados onde o candidato da extrema direita,Jair Bolsonaro, está na frente. Isso não é coincidência, é prova inequívoca do pensamento fascista de seus eleitores.

Como se sabe, países auto suficientes em petróleo têm dificuldades em diversificar a economia em outro campo. Sendo assim, importam quase tudo o que consomem. Como os EUA são contrários ao Chavismo, intensificam uma campanha de desabastecimento naquele país.

Os refugiados atravessam a fronteira com o Brasil atrás de ajuda para alimentar seus filhos, assim como fazem os sírios na Europa, procuram um alento para a crise momentânea. Se houvesse governo no Brasil, a diplomacia prevaleceria sobre a violência, mas esse governo é um PÁRIA e deixou claro quando não cumpriu liminar da ONU no caso de Lula.

"Prefiro morrer de fome na Venezuela do que ser agredida aqui", disse a refugiada com o filho no colo; "Nos trataram como cachorros", indignava-se um senhor. Esse é o retrato de um lado do Brasil, o lado da violência, da incapacidade de acolher, da xenofobia, da intolerância, o lado dos golpistas e dos paneleiros.

Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Lula abaixo da lei



O ex-presidente Lula está preso por atos indeterminados, ou seja, uma fake news publicada em O Globo, dava conta de que Lula havia recebido um imóvel no Guarujá em troca de três contratos da Petrobras em favorecimento à empreiteira OAS.

Essa fake news serviu para que o Ministério Público aceitasse a denúncia, a polícia federal iniciasse as investigações e a justiça condenasse Lula, mesmo sem nenhuma prova. O ex-presidente está preso para que não seja candidato à presidência da república.


O Partido dos Trabalhadores registrou sua candidatura com uma multidão, vinda de vários pontos do país, em frente ao Supremo Tribunal Eleitoral, em Brasília, apoiando. Logo após o registro, a Procuradora Geral da República entrou com embargo para indeferi-lo

É o fim da democracia no Brasil, o povo não tem direito de votar em seu candidato. Os golpistas é que escolhem quem pode ou não se candidatar. As leis valem para todos, menos para Lula.

Ricardo Mezavila.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Pra gente grande entender






Política não é para principiantes, definitivamente. O eleitor comum vê o cenário das candidaturas e não entende como um general, no caso Hamilton Mourão, que há poucos meses chamou Jair Bolsonaro de boçal, é convidado e aceita ser vice em sua chapa (?).

As alianças são ainda mais sutis e indecifráveis. Marilia Arraes do PT de Pernambuco, retirou sua bem sucedida pré-candidatura ao governo e vai concorrer à Câmara dos deputados pela consolidação da aliança com o PSB em seu estado, em MInas Gerais e Rio de Janeiro, em troca de apoio à candidatura do PT à presidência.


Ainda sobre o PT, Lula é o candidato e Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, também do PT, vice. Como Lula sofre perseguição judicial e, muito provavelmente, vai ter sua candidatura indeferida, um acordo com o PCdoB de Manuela D'avila, que é a candidata do partido, vai conduzi-la ao cargo de vice na chapa do PT. Aliás, Manuela será vice em qualquer cenário, com Haddad ou com Lula, nesse caso Haddad cede seu lugar.

Ciro Gomes, que até então tinha o apoio dos partidos que formam o 'centrão', de repente se viu isolado com a adesão desses partidos com o PSDB em torno de Geraldo Alckmin. As alianças, mesmo com partidos pequenos, são importantes porque rendem mais segundos na propaganda da televisão. A senadora Katia Abreu, do mesmo partido de Ciro, o PDT, é sua vice. A vice de Alckmin é a senadora Ana Amélia do PP, aquela que mandou descer o relho na caravana da cidadania de Lula.

O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, vem se firmando como importante liderança da esquerda, participa da eleição para confirmar seu nome como futuro postulante ao cargo, mas é defensor de Lula de primeira hora. Sua vice, Sonia Guajajara, líder indígena, formada em Letras, é a primeira indígena a postular um cargo de tanta relevância na história do Brasil. O PSOL com essa chapa tenta a aproximação com os movimentos populares, o MTST, e com a Articulação dos Povos Indígenas.

Partidos menos expressivos no cenário nacional já homologaram suas candidaturas, como o PSTU que vai lançar a chapa, Vera Lúcia, ativista sindical, e Hertz Dias, professor da rede pública, do 'quilombo urbano' do Maranhão, negros e nordestinos, numa chapa 'puro sangue'. Já o PCO, não lançará candidato, mas apoia Lula desde sempre, é um partido do combate direto nas ruas, das estratégias, da mobilização operária.

Não se pode sentir a política com o coração, não que a paixão seja inimiga, mas pode afastar a razão e fechar olhos e ouvidos para um diálogo esclarecedor. Política é coisa de mulheres e homens não canonizados, comuns, com a responsabilidade de pensar, agir e transformar, mas somos nós que delegamos essa tarefa a eles.

Ricardo Mezavila.

domingo, 5 de agosto de 2018

Bom dia, Acampamento Marisa Letícia!






As manifestações populares fazem parte da história das sociedades e são responsáveis por mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais. Em geral, estudantes e sindicalistas estão na linha de frente das manifestações, e sempre entram em conflito com as autoridades.

Foi assim em Paris, em 1968; na Praça da Paz Celestial, na China, em 1989; a Primavera Árabe, em 2010; a Revolução Russa. em 1917; os movimentos contra a guerra no VIetnã, nas décadas de 1960/1970 e o movimento pelas Diretas, no Brasil, em 1983/1984.


O Acampamento Marisa Letícia, no bairro Santa Candida, em Curitiba, vai marcar época, vai entrar para a história das grandes manifestações da sociedade moderna e civilizada.

Ao contrário das citadas aqui, ninguém incendeia o próprio corpo, pega em armas, bloqueia estradas ou bota ditador para correr; os manifestantes são solidários e pacíficos, mas com o poder de virar, com as mãos, um tanque de guerra se preciso.

Cada cidadão e cidadã que lá estão, que deixaram suas rotinas por uma causa, que acreditam na democracia e na força da união popular pela soberania, merecem todo o nosso respeito, apoio e admiração, porque estão na luta, em vigília, pela liberdade de um dos nossos. LULA LIVRE!

Ricardo Mezavila.

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

O relho do PSDB




A composição das chapas para a disputa eleitoral está em fase final. Os candidatos a frente nas pesquisas anunciaram as suas, com exceção de Bolsonaro, do PSL, que ainda não conseguiu um(a) vice para compor.

O Partido dos Trabalhadores vai homologar a chapa Lula/Manuela D'avila, jovem jornalista e deputada estadual do Rio Grande do Sul pelo PCdoB, tendo iniciado na política através do movimento estudantil.


O PSDB vai vir com Geraldo Alckmin/Ana Amélia, a Ana Relho, aquela senadora gaúcha fascista que incentivou que a caravana de Lula fosse atacada e abatida na passagem pelo sul.

Com essa chapa o PSDB vai disputar um lugar com Bolsonaro na extrema direita. No Brasil, ao que parece, não tem mais a direita, só esquerda, centro e extrema direita.

A senadora Ana Amélia é o Bolsonaro de saias, aliás recusou proposta para ser sua vice. Recentemente, para atacar a senadora Gleisi Hoffman, que havia dado entrevista para a TV Al Jazeera, Ana Relho discursou no senado acusando Gleisi de pedir apoio ao grupo terrorista Al -Qaeda.

Relho é chicote para 'tocar' animais. A senadora fez seu discurso de ódio e de escala ao fascismo usando estas palavras: "Quero parabenizar Bagé, Santa Maria, Passo Fundo, São Borja. Botaram a correr aquele povo que foi lá levando um condenado se queixando da democracia. Atirar ovo, levantar o relho, mostra onde estão os gaúchos”.

Ricardo Mezavila

Papa pede que Lula reze por ele



Em audiência com o Papa Francisco, no Vaticano, o ex-embaixador do governo Lula, Celso Amorim, que foi considerado o melhor embaixador do mundo, presenteou Francisco com um exemplar em italiano do livro “A verdade vencerá”, de Lula.

Em outro exemplar do mesmo livro, o Papa enviou uma mensagem espiritual ao ex-presidente: “A Luiz Inácio Lula da Silva com a minha bênção, pedindo-lhe que reze por mim”, diz o texto grafado pelo pontífice. Sempre que Francisco abençoa alguém, pede que o fiel ore de volta por ele, num ato de reciprocidade.


Durante uma hora discutiram a situação da América Latina e, principalmente, a de Lula, pessoa muito querida e admirada pelo Papa, já declarado em outras ocasiões.

A imprensa, claro, não deu nenhuma nota sobre o caso porque não tinham como 'fakear' que o encontro não aconteceu, que o Papa não escreveu a dedicatória e que Lula não goza de prestígio junto a maior expressão da Igreja católica no mundo.

Francisco disse que continuará acompanhando com interesse a situação do Brasil e relembrou homília onde condenou o papel da mídia em golpes de Estado.

Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Politicídio na veia



A política é muito controversa e difícil de entender, por isso a grande maioria das pessoas não se interessa, porque não entende. Somos governados pelos políticos, são eles que fazem as leis, escrevem planos de governos, aprovam e rejeitam projetos que interferem em nossas vidas.

Embora sejamos governados pelos políticos, não são eles que escolhem estar nas Câmaras Municipais, nas Assembleias Legislativas, no Congresso Federal e nem nos Executivos Municipais, Estaduais e Federal. Somos nós que os elegemos através do sufrágio, do referendo popular.


A administração do estado é feita pelos representantes do povo, quer dizer, somos nós que, instrumentalizados pelo poder do voto, outorgamos aos políticos que trabalhem em função do coletivo da sociedade.

Mas a política não é simples como pode parecer na teoria, ela se alimenta das forças populares e econômicas para se manter estável. Em países onde o povo não se interessa por ela, como no Brasil, as forças econômicas sapateiam em cima dos anseios populares.

Fomos orientados a não gostar de política desde sempre, em casa, na escola, no trabalho, esse é um assunto difícil de sentar à mesa. Alguém que devia gostar muito de política deve ter dito que "religião e política não se discute" e assim crescemos com ojeriza e na ignorância.

Em época de eleição é que sentimos como o desinteresse pela política é aproveitado pelos candidatos. A mesma análise que o senso comum faz de que "político só aparece a cada quatro anos", podemos dizer o mesmo dos eleitores que só lembram que são governados por políticos a cada quatro anos, são presas fáceis.

Os partidos são um balaio na hora das alianças, vendem a mãe por mais tempo de exposição na propaganda eleitoral. É assim, jogando o tempo todo, que eles costuram suas roupas com retalhos velhos e sujos para depois tentar vender como novo. Não se enganem, política não é para santo, mas nem todos são demônios.

Ricardo Mezavila.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

O anti-Lula



O PSDB vem utilizando a estratégia, com auxílio da mídia convencional, de criar o anti-Lula entre a população. O anti-Lula começou a ser criado em dois mil e treze, quando foi criado o Movimento Brasil Livre - MBL e o "Vem pra rua", nas manifestações contra o reajuste de vinte centavos nas tarifas dos transportes públicos, em São Paulo.

Aquelas manifestações foram o laboratório na estratégia de, em não vencendo as eleições do ano seguinte, colocar o povo na rua, inviabilizar a governabilidade de Dilma e entrar com o processo de impeachment. Eles tinham o traidor Michel Temer, vice de Dilma, como aliado e na linha de sucessão, para o sucesso dos objetivos não nacionalistas e entreguistas da turma do golpe.


Como se drone fosse, o tucano sobrevoava o pré-sal e informava às petroleiras das condições de vulnerabilidade para que preparassem o ataque. O plano estava montado, o povo sob controle aguardava o chamado de ir às ruas, o Congresso bem pago, um juiz vilão treinado para ser chamado de herói, o tucano voava em céu de brigadeiro.

Dado o golpe, "com o Supremo, com tudo", o anti-Lulismo é o principal movimento para que não haja um revés e o país retorne ao crescimento econômico e social dos governos do Partido dos Trabalhadores.

Lula, preso sem provas, recebe o apoio dos movimentos sociais que mantém um acampamento nos arredores da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, recebe o apoio das mais variadas correntes, seja de artistas, juristas, religiosos, populares, intelectuais, políticos, celebridades, festivais são realizados em sua homenagem, recebe cartas de solidariedade do mundo todo e tudo que se refere a ele é com alegria, fé e carinho.

O anti-Lula segue firme por aí ao nosso lado, com ódio nos olhos e pimenta na língua, tem no candidato Jair Bolsonaro a sua maior expressão cultural, política e humana capaz de tirar o Brasil da situação que está, apesar do 'mito' ter contribuído para levar o país ao caos; ainda vê Sergio Moro como herói e acredita que a Lava Jato veio para prender corruptos. e não para destruir as indústrias e empreiteiras, causando o maior desemprego da história, mas isso, isso não vem ao caso.
Plim, plim.

Ricardo Mezavila.