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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O fascismo não vai ser derrotado nas urnas

O golpe de 2016 libertou a fera do fascismo que adormecia no coração de parcela da sociedade saudosa da tortura que não sofreu, do filho que não desapareceu, do pai que não foi enforcado, da mãe que não foi estuprada, do irmão que não foi fuzilado, do amigo que não foi condenado.

Com a jaula aberta e o cadeado em sua mão, o fascismo avança para cima da democracia com fome e com ódio, não sem antes mostrar sua máscara de homem de bem, de mulher recatada e de profeta evangélico.


Não vamos derrotar o fascismo nas urnas, porque ele já está entre nós, do lado da nossa casa, atrás das mesas nos escritórios, dentro dos transportes, nas ruas, nos mercados, na programação da TV, nas redes sociais da internet.

O engajamento contra o fascismo tem de ser enérgico, é preciso desenterrar cada semente plantada para que não venha a se transformar em uma planta venenosa, onde nossas crianças possam vir a ficar expostas quando estiverem brincando no jardim do futuro.

Depois das eleições, vencidas ou não pela democracia e pela esperança, vamos continuar na vigília contra as vozes do fascismo. Seus ideais são difusos e subliminares, mas não a ponto de ficarem invisíveis, porque estão nas mãos que agridem a mulher, no chicote que oprime o trabalhador, na voz que incita o ódio contra as comunidades quilombolas e indígenas.


Ricardo Mezavila.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Um acerto de contas



Com o cenário apontando o segundo turno entre Fernando Haddad do PT e Jair Bolsonaro do PSL, a sociedade vai estar diante de duas vertentes transparentes e limpas. Nas eleições anteriores a bola ficou dividida entre o programa neoliberal e o socialista democrático.

Nessas eleições, além das questões programáticas, entra em campo discussões mais profundas como o avanço do neofascismo, da elite escravocrata, na carona da candidatura de Bolsonaro. Do lado oposto está a candidatura de Fernando Haddad que representa os programas sociais, às Universidades para todos, os direitos trabalhistas.


A sociedade vai poder ir às ruas, sem máscaras, para defender suas posições. Quem vota em Bolsonaro vai poder explicar os motivos, em não sendo racista, votar em racista; em não sendo homofóbico, votar em homofóbico; em não sendo misógino, votar em misógino.

O Brasil vai poder passar a limpo a história de barbáries e golpes recentes. Quem apoia o fascismo, mesmo ingenuamente, vai ter oportunidade de ser confrontado e, quem sabe, despertar e refletir sobre o futuro que pretende deixar para os seus filhos e netos.

Vai ser uma disputa. pelo menos no campo sociológico, de grandes cortinas sendo retiradas dos palcos, de discussões acaloradas que, assim espero, fique no campo das ideias.

Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O eleitor e o burrico






O primeiro livro que li foi 'Burrico Lúcio', do escritor sírio-greco-romano Luciano de Samósataque. O livro conta a história de Lúcio, um jovem que é transformado em um burrico e se vê, de uma hora pra outra, às voltas com ladrões, aproveitadores, servos e escravos, vivendo com eles uma série de aventuras.

Adolescente tive a oportunidade de ler 'Metamorfose', do escritor alemão Franz Kafka. Numa certa manhã, Gregor Samsa acorda metamorfoseado num inseto monstruoso. Kafka descreve este inseto como algo parecido com uma barata gigante.


Existem muitas semelhanças entre um 'homem burro' e um 'homem barata'. O jovem Lúcio, por exemplo, na condição de animal, tem uma vida agitada, aprende com suas experiências o que é bom e o que é ruim. Quando volta ao normal é um jovem amadurecido e consciente.

O caixeiro viajante Gregor Samsa, personagem de Kafka, quando se vê no corpo de uma barata não se preocupa pela transformação, mas sim pelo fato de estar atrasado para o trabalho. Samsa abandonara seus desejos para sustentar a família e pagar as dívidas de seus pais.

Gregor e Lúcio são personagens atuais com os quais convivemos internamente. Ambos tiveram a experiência de viver uma outra vida, de se colocar no lugar do outro. Seria institucionalmente benéfico se, na hora de votar, os eleitores fossem mais Gregor e Lúcio e menos burricos e baratas.

A literatura é capaz de transformar insetos em homens, príncipes em sapos, abóboras em carruagens. Fora a literatura somente a política é capaz de transformar o homem em outra coisa, objeto ou animal.

Ricardo Mezavila.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Entre as armas e os livros





As pesquisas de intenção de voto mostram que o país está dividido já no primeiro turno, como estava no segundo quando das eleições anteriores. Desta vez polarizam, não tucanos e petistas, mas a extrema direita e o petismo.

Apesar de o petismo continuar na polarização, não é aquele petismo vitorioso da época do presidente Lula com índices positivos em quase tudo.


O petismo atual vem de uma queda desde 2015, que levou o partido a ter somente 8% da preferência do eleitorado, frustrando prefeitos à reeleição em 2016, por conta das inúmeras delações contra seus dirigentes.

À cabo, as delações levaram Lula, representante maior do petismo, à prisão em abril. onde permaneceu candidato até onze de setembro, data limite dada pelo TSE para a troca de Lula por outro candidato.

Sem Lula, o petismo anunciou o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Lula tinha por volta de 40% das intenções de votos. Em uma semana, Fernando Haddad saiu de 4% para 19%, na onda da transferência de votos de Lula.

A injusta prisão de Lula e o desastre do governo Temer fez a nação perceber que o golpe que tirou Dilma, veio para tirar direitos dos trabalhadores e daqueles que mais precisam do Estado. Essa percepção fez o Partido dos Trabalhadores saltar de 8% para 29% de simpatizantes, seus filiados já ultrapassam três milhões.

Sem o financiamento empresarial e marqueteiros, os candidatos levam a campanha 'no braço' . A bola está dividida entre a democracia e a ditadura; entre a civilização e a barbárie. De um lado o candidato das armas e do outro o candidato dos livros. O bom disso tudo é que a gente é que escolhe.

R.M.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Conservadores esquizofrenicos






Circula nas redes sociais, li no twitter, um texto conservador que diz que vivemos uma esquizofrenia social. Para justificar esse pensamento retrô, o autor, ou autora, fez uma lista de situações onde prevalece o conceito de nação, raça, religião e família sobre os direitos individuais.

O texto começa na primeira pessoa do plural e depois vai para terceira, e fica variando entre os pronomes indefinidos. É um amontoado de clichês hipócritas de uma sociedade falida que introjeta no outro as suas frustrações.


Fica claro que o conjunto de ideias faz referencia velada de apoio à candidatura fascista militar, que nos últimos dias vem fazendo ameaças à democracia, essa frágil senhora tão vilipendiada nos últimos anos.

O autor(a) recorreu às antíteses para sublimar o bem e o mal, o certo e o errado, o moral e o imoral, o justo e o injusto. Uma dicotomia metade clara e metade escura, com o intuito claro de dividir.

O autor(a) e seus compartilhadores usam o maniqueísmo e dividem o mundo em situação e oposição, como poderes opostos e incompatíveis.

Metade do texto é homofóbico e a outra metade também. Infeliz de quem concorda com os pontos ali colocados. Não vai dar tempo de reconstruir a democracia se persistirem no erro da divisão, da subjugação e da ojeriza à diferença.

Na luta do bem contra o mal, é sempre o povo que morre, já disse o escritor uruguayo Eduardo Galeano.

Ricardo Mezavila.

Ovelhas, abram suas cabeças!



Os pastores evangélicos, não todos, estão em campanha junto às igrejas para votarem no Bozo. É incoerente com o que eles pregam, apesar do dízimo ser mais importante do que o culto, mas ainda assim é incoerente. A igreja, como instituição, tem o dever de ser contemporânea, falar sobre todos os assuntos, mas nunca tentar persuadir seus membros que devem exercer o direito ao livre arbítrio.

O candidato do fascismo está sendo abraçado por homens e mulheres que se apresentam como 'cristãos', que passam dias e noite incomodando a vizinhança, liderando gritos histéricos, evocando o mal para venderem o bem. O cristão não age assim, nem em Jerusalém e nem em Japeri. Estão tratando a religião como um comércio paralelo, onde traficam a fé no varejo para uma clientela de desesperados.


Como pode um cristão apoiar a pena de morte, o preconceito e o racismo, aplaudir quando o candidato vem a público e diz que 'famílias chefiadas por mãe e por vó, são fábricas de traficantes" ? Os pastores, agem de má fé em suas cartilhas, fingem uma luta contra um regime, o comunismo, que deu errado no início do século passado e que não ameaça nenhuma nação, muito menos a nossa.

Os pastores, lembrando que há exceções, na ânsia de contar mais cédulas, pregam sobre assuntos que não têm conhecimento. A única proposta do Bozo em comum com a igreja é ser contra o aborto. Ele é contra abortar o feto, mas é a favor de prender e matar quando ele nasce, cresce e vira adolescente sem ter tido oportunidade.

Como pode um evangélico aprovar quem é contra alimentar o pobre? Em que versículo da bíblia diz que a mulher é inferior ao homem, que ser pai de menina é dar uma 'fraquejada', que namorar negro é promiscuidade, que um torturador merece estátua, que sugere a uma pessoa de outra etnia comer capim e voltar para o zoológico ?

As ovelhas apascentadas por esses pastores, os que agem fora dos preceitos cristãos, andam nas trevas que eles fomentam, assim como fomentam as manifestações de apologia ao estupro, ao ódio e ao fascismo na figura e na voz do candidato que apoiam.

Ricado Mezavila.

domingo, 16 de setembro de 2018

O antipetismo sem causa




Ser antipetista sem causa, em primeiro lugar, é ser burro, mas sem pejorativos. O burro é o animal preferido para o trabalho pesado, são resistentes e dóceis com grande capacidade de equilíbrio. Atravessam trilhas sinuosas, pedregosas e íngremes com grande agilidade.

Então, ser 'burro' não devia cair como ofensa, mas a civilização menosprezou as qualidades do animal e a ele foi transferido adjetivos que servem às lontras marinhas, por exemplo.


As lontras marinhas estupram filhotes de focas até a morte, parte do processo envolve segurar a cabeça da 'vítima' sob a água, o que acaba por matá-la; sequestram filhotes da própria espécie para que a lontra mãe pague o resgate com alimentos.

Analogia feita, sem ofensas e com licença poética, o antipetismo só é aceitável se vier de alguém que tenha alguma proposta, algum projeto que possa ser comparado com o dos petistas, fora isso, é inóspito e beira à ignorância política. Não dá só para ouvir o clássico "Lula é ladrão", a pérola do analfabeto, sem dizer o que foi que ele roubou. Nem a justiça conseguiu provar sua culpa. Lula está preso para não ser candidato, para não incluir, novamente, o pobre no orçamento.

O antipetismo sem causa é produzido pelos 'jornais nacionais' que idiotizam com informações corporativas e difamatórias, e à programação diária que infantiliza a plateia, que é a audiência que dá suporte, ingenuamente , para que o quinto poder, algoz venerado, faça valer seu interesse e de seus sócios

Para ser antipetista tem que ser contra si próprio, contra os milhões de empregos, as dezenas de Universidades e jovens negros formados, de Escolas Técnicas, de créditos para agricultura; de incentivo a projetos como o Ciência sem Fronteira, Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, Luz para Todos, Prouni, FIES; é ser contra a erradicação do trabalho escravo e a infraestrutura que beneficiou comunidades distantes e historicamente abandonadas.

Seria interessante se o antipetista sem causa estudasse o que os partidos têm a apresentar através de seus candidatos, avaliasse a cena política sem idolatria a candidatos totalitários e falastrões, para depois criticar o PT.

Ricardo Mezavila.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

De como o que é ruim pode ficar pior




Antes de o general Hamilton Mourão ser oficializado como candidato a vice-presidente na chapa que tem Jair Bolsonaro como candidato à disputa majoritária, a advogada Janaína Paschoal e o senador Magno Malta haviam recusado.

Janaína é aquela que ficou conhecida como a "bruxa' do impeachment, que recebeu dinheiro do PSDB para apresentar o pedido ao deputado Eduardo Cunha, o 'caranguejo' na lista da Odebrecht. Janaína concorre à Câmara dos deputados.


Magno Malta é senador pelo estado do Espírito Santo, pastor evangélico e conhecido, além de outras complicações, pelo desvio de verbas na compra de ambulâncias em seu estado. É um soldado de Temer no Senado, pau para toda obra dos golpistas. Vai tentar a reeleição.

Com as negativas dessas duas personagens, o PSL, partido de Bolsonaro, estudou a indicação do presidente do PRTB, Levy Fidelix, condenado por prática de discriminação homofóbica, tendo dito a máxima de que "aparelho excretor não reproduz" e ter incitado a população a enfrentar os gays e exterminá-los. O PRTB indicou para vice o general Hamilton Mourão.

O general é autor da frase "negro é malandro e índio é indolente", disse também que "Constituição não precisa de ser feita por representantes eleitos pelo povo". Costuma homenagear publicamente o torturador coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o primeiro militar a ser reconhecido pela justiça como torturador durante a ditadura.

Olha a faca! Inacreditável que o autor da facada tivesse chegado tão próximo ao candidato rodeado por policiais. Adélio, o esfakeador, sem ter levado um soco, foi retirado dali direto para a delegacia e transferido para um presídio em Mato Grosso, onde se encontra incomunicável.

Adélio está sendo atendido por quatro advogados, um deles viaja em avião particular. Pelo que se sabe Adélio está desempregado. Quem está por trás dele? Quem paga as custas dos advogados? Com Bolsonaro hospitalizado, Mourão procurou a justiça para substitui-lo nos debates, sem comunicar aos partidos. Ainda rosnou isso sobre a sua recuperação: "Esse troço tá demorando tempo demais".

É esse o quilate das pessoas que rodeiam e são pares de Bolsonaro: 'Bruxas', 'caranguejos', corruptos. golpistas, homofóbicos, traíras, racistas, torturadores. Jair Bolsonaro é um igual e pode até ser o craque desse time, mas de capitão ele só tem a patente que, aliás, foi cassada e devolvida posteriormente.

Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

No twitter, com um Bolsominion





Conversando no twitter com um bolsominion por quinze minutos ele repetiu, não sei quantas vezes, as palavras: Cuba, Venezuela, corrupção, Lei Rouanet, estupro, armas,bandido, PT, PSOL, Fidel, Maria do Rosário, comunismo, socialismo, quilombola, tortura, terrorismo, maconha, parada gay, Lula e Chico Buarque.

Bolsominions são contra tudo o que diz respeito à preservação da cultura, meio ambiente e patrimônio histórico. Para eles quem defende a Amazônia é maconheiro, quem vota no PT é comunista e quem pega recurso da Lei Rouanet é viado, simples assim.


Com severas dificuldades cognitivas, não articulam uma frase que tenha coerência. Começam criticando a roubalheira do PT e, depois da vírgula, falam de um suposto ditador cubano que mata a família de quem foge para os EUA, para "dar o exemplo", fez questão de afirmar.

Defendendo seu candidato, disse que não acha justo que quilombolas sejam sustentados pelo governo, porque metade do país é de negros e isso pode influenciar que todos parem de trabalhar para viver de subsídios governamentais. Na cabeça dele o negro é, como disse o general Mourão, malandro e o índio indolente.

Podem crer, essa pessoa está aí do seu lado, pensando exatamente a mesma coisa, corroborando com o fascismo. Aconselhei que fosse ler um livro e fixasse menos nos noticiários sensacionalistas porque isso acaba fazendo mal, trazendo negatividade. Ele concatenou isso, sobre o que falei: "Se você espera que o Lula te tire da miséria, espera sentado". [sic]! Fim.

Ricardo Mezavila.

Guerra ou música?





O embate político nesse primeiro turno das eleições ainda está morno. Pode parecer estranho, mas mesmo com um atentado e uma impugnação, os ânimos andam calmos, apesar de muitas manifestações pelas redes sociais.

O general, vice na chapa do PSL, entrou na justiça reivindicando comparecer aos debates no lugar do candidato hospitalizado. Seria normal se tudo tivesse sido às claras, com o conhecimento e consentimento do candidato. Mas, como general não bate continência para capitão...


Isso lembra a fábula do sapo que recusou que o escorpião atravessasse o rio em suas costas. O sapo disse que não confiava, que poderia levar uma mordida durante a travessia. O escorpião alegou que se fizesse isso seria imbecil porque não sabia nadar. O sapo cedeu e no meio do rio foi mordido. Antes de morrer perguntou: "Por que você fez isso? Vai morrer afogado." O escorpião respondeu:"Porque é da minha natureza". A tendência da chapa neofascista militar é morrer abraçada, envenenada pelo beijo da morte.

No segundo turno vai ser diferente e os eleitores vão estar, possivelmente, diante de dois extremos: A civilização e a barbárie. Apesar dos contratempos da chapa da extrema direita, eles ganharam fôlego para chegar à disputa, embora praticamente derrotados pela rejeição.

Se o segundo turdo for entre Haddad e Bolsonaro vai ser muito pedagógico. A diferença de propostas e ideologias são abissais, como as fotos onde um aparece segurando uma metralhadora e o outro tocando guitarra. A metáfora não podia ser melhor: é guerra ou música.

Ricardo Mezavila

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Somos todos Lula





De certa forma todos somos Lula, se levarmos em conta que o ambiente político eleitoral depende de sua candidatura. As pesquisas mostram todos os candidatos estagnados, os debates são modorrentos e sem audiência. Falta o candidato do PT na eleição e a alegria de sua militância.

Nem a 'esfakeada' no fascismo em Juiz de Fora foi suficiente para movimentar os números. O general que é vice na chapa do PSL tentou puxar para si as atenções dizendo: "Somos nós os profissionais da violência".


O 'esfakeador' está detido em Mato Grosso esperando a hora de vir a público e dizer que o evento foi arquitetado pelo Partido dos Trabalhadores. Essa é a bala de prata que os golpistas estão guardando para atirar no segundo turno das eleições.

Um outro milico, o Villas Boas, anda falando por aí que as forças armadas não aceitam a candidatura Lula. As declarações do general são graves e confirmam o que todos sabemos, que os militares estão pressionando a Suprema Corte. A democracia está 'nas cordas' e a caserna preparando o golpe.

Com a perseguição a Lula, o judiciário alcançou níveis inacreditáveis de bizarrice e descrédito. Negam tudo para a defesa, encurtam os prazos, censuraram até o nome Lula no horário eleitoral.

A estratégia petista de levar a candidatura Lula até às últimas consequências, ou seja, correndo o risco de a chapa vir a ser impugnada, foi abortada, porque existe uma lei só para conter o presidente Lula, o afastando da presidência da república.

O PT vai homologar a chapa Fernando Haddad e Manuela D'Ávila, do PCdoB, para as eleições de outubro. Ainda vão fazer de tudo para derrotar o Partido dos Trabalhadores, trocar delação por liberdade, mas o povo vai transferir seu voto de esperança em Lula para Haddad. Prenderam Lula, mas não vão prender uma ideia, o nosso voto é livre.

Ricardo Mezavila.

Meus pintinhos venham cá



A Suprema Corte funciona sob pressão do comando das forças armadas, e esta sob as ordens expressas dos EUA. A classe política representa o papel menor nessa conspiração antidemocrática, representa as oligarquias e os monopólios internos, que são os sócios do esquema internacional.

No Brasil a sociedade está sem amparo legal, sem justiça e sem constituição. Cada grupo faz o que bem entende seguindo o roteiro de seus interesses. O antigo três poderes está esfacelado, não se orientam pelo mesmo princípio legal, não são partes complementares do direito democrático.


As forças armadas, que deveriam executar o que está na constituição e atuar em defesa do Estado e das instituições democráticas, fazem o inverso, atuam na defesa do interesse internacional e tutelam as instituições através da censura e de ameaças à democracia.

Parte da sociedade brasileira está puxando o cabo de guerra para a incivilização, estão aliados, ou por interesse próprio, ou por burrice, ao que há de mais atrasado em modelo de governabilidade.

Homens e mulheres que cresceram na época da ditadura pensam que tudo será rosa com os militares de volta, parece que nunca leram nada além da cartilha 'caminho suave', nunca voaram para fora do ninho, ainda vivem com medo dentro da caverna.

Parece que querem voltar a brincar de 'chicotinho queimado' e 'mamãe posso ir''. Os tempos são outros e os 'pintinhos', velhos e idiotas, insistem em chamar a raposa, cúmplice da galinha, novamente para o pátio.

Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Os patos correram para o fascismo



A pesquisa IBOPE que a Globo mostrou não representa o resultado real que o instituto colheu. O candidato a vice na chapa 'O Brasil feliz de novo', Fernando Haddad, quando aparece na lista como candidato a presidente, mas isso vocês não viram, tem 22% das intenções de votos de eleitores que disseram que, 'com certeza' votariam nele; 17% responderam que podem vir a votar nele, o que soma 39% e não os 6% que a Globo mostrou.

O resultado das pesquisas saíram na segunda, dia 3, mas só foi divulgado ontem, dia 5, tempo necessário para a manipulação dos dados. A verdade veio à tona dia 3 à noite, quando a planilha oficial foi vazada para plataformas de esquerda na internet.


Com os 6% atribuídos a Haddad, eles querem que o eleitor pense em votar em outro candidato, no Ciro Gomes, por exemplo, e assim evitar o que todos eles já sabem: Fernando Haddad já está no segundo turno.

O desespero tomou conta dos golpistas. Michel Temer fez dois vídeos dirigidos a Geraldo Alckmin onde lembra que o PSDB esteve no governo desde o golpe. Temer fez questão de associar os golpistas que estavam em seu governo e que agora apoiam a candidatura do tucano.

Os golpistas estão perdidos, o golpe saiu pela culatra, os patos correram para o fascismo.

Ricardo Mezavila.

Lembram do caçador de marajás? Virou capitão.





Nas eleições presidenciais de 1989, a primeira depois do início da retomada democrática, um candidato produzido pela mídia, governador de Alagoas, surgia como o 'caçador de marajás', se colocando como aquele que iria dar fim à corrupção.

Fernando Collor, era do minúsculo partido PRN. Sujeito boa pinta que contrapunha ao rústico operário grevista do ABC paulista, Luis Inácio Lula da Silva. Uma figura que, só pelas greves, já entraria para a história.


A TV Globo, segundo confissão pública de seu diretor Boni, manipulou o último debate em favor de Collor, na tentativa de humilhar o nordestino e semi-analfabeto operário que teve a audácia de se meter em um campo onde a classe trabalhadora nunca seria protagonista.

Hoje a Globo tenta o mesmo golpe contra o mesmo Lula, só que em outra situação. Lula foi eleito e governou o país por oito anos, saiu da presidência com históricos 87% de aprovação, sendo considerado o maior Presidente da história republicana.

Contrapondo Lula o golpe criou, sem querer, um subproduto do ódio, uma figura sinistra e fascista e que agora é a corda de salvação para os conservadores. O capitão fascista também fala em derrotar a corrupção, é de um partido minúsculo, o PSL, votou a favor de todos os projetos contra os trabalhadores.

Jair Bolsonaro é o candidato dos fundamentalistas fascistoides que povoam as igrejas evangélicas, analfabetos políticos, alienados que professam o ódio. É o novo caçador de marajás que o golpe tenta empurrar goela abaixo da população. Só que não!

Ricardo Mezavila.

A Onda Vermelha



Não bastasse prender Lula, prenderam também as pesquisas. O Ibope, instituto pago pela Globo, demorou em divulgar as pesquisas de intenção de votos para presidente porque os "Marinhos" tinham uma reunião com o capitão fascista.

Liberada as supostas pesquisas, o que vimos foi uma fake news descarada. Não merece comentário mais analítico, todo o mundo já sabe que a justiça e a oligarquia política, com a mídia comercial no apoio, fazem lawfare contra o avanço progressista simbolizado no PT e em Lula.


As pesquisas reais, aquela que coloca o ex-presidente na lista e que foram manipuladas, dão mais de 41% para o petista. Sem ele, mas com Haddad sendo identificado como o seu 'substituto', o atual vice atinge 39% das intenções, superando, assim, o segundo colocado.

Não adianta, os golpistas não têm como deter a ONDA VERMELHA que avança pelo país. Os nove estados do nordeste serão governados pelo PT/Coligações; na Câmara não sei, porque o voto em deputados ainda é muito 'cabresto', mas no Senado, a tendência é de a metade, ou quase isso, ser de esquerda.

"Meu querido Brasil, o que fizeram com você?
Tô sofrendo tanto por te ver assim
E por todo o canto o choro é o lamento
De um coração que grita em sofrimento
Essa tristeza, meu povo, vai ter fim

Olha lá, aquela estrela que tentaram apagar
Não se apaga, não se rende
É o brilho dos olhos da gente, olha ela lá
Olha lá, uma ideia ninguém pode aprisionar
O sonho cada vez mais livre
Acesa a esperança vive,..."

RIcardo Mezavila

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Indubitavelmente, meu caro!





Como o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin preferido dos golpistas, não decola, os porta-vozes do capital começam a se mexer na direção de outras candidaturas para tentar barrar o avanço, praticamente consumado, da candidatura Petista.

No início da semana o candidato Bolsonaro se reuniu com o vice presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, e a Folha de São Paulo fez convite para a candidata da REDE Marina Silva, para uma conversa.


Os conservadores estão desesperados com a pesquisa que vem por aí, que mostra o crescimento de Lula e também de Haddad, que assume a cabeça da chapa caso a justiça suje suas mãos de vez e impeça Lula de se candidatar. O Ministro do Supremo, Edson Faquin, já foi voz dissonante na impugnação de Lula por conta da determinação da ONU.

Sobre as mãos sujas da justiça, a ONU vai se posicionar contra o não cumprimento da determinação do Comitê dos Direitos Humanos, que não é uma 'sugestão', mas uma ordem para que o direito de Lula se candidatar seja respeitado.

O Partido dos Trabalhadores administra no 'fio da navalha' todos os absurdos cometidos, porque sabe que tudo pode acontecer em se tratando de tirar Lula das eleições. A Constituição e os Tratados não valem nesse caso.

O estado de exceção chancelado por um judiciário vergonhoso, acovardado e corrupto, está levando o Brasil para um atoleiro sem volta. Se um governo progressista não vencer as eleições de outubro o caos será inevitável.

Assim como Dante, quem nunca imaginou como deve ser o inferno?

Ricardo Mezavila.

A PEC do teto





A PEC 241, que ficou conhecida como a “PEC da Maldade”, instituiu no Brasil um congelamento orçamentário em saúde e educação por vinte anos, incompatível com o que está na Constituição.

Para aprovar essa PEC, o governo Temer, a única múmia que não se perdeu no Museu, contou com o apoio e a aprovação da maioria na Cãmara dos deputados e no Senado. A PEC foi avaliada por Temer como sua principal medida no campo econômico.


A retirada de investimentos veio contrariando todo o projeto realizado nos governos de Lula e Dilma, período onde os filhos dos operários tiveram oportunidades nas Universidades e Escolas Técnicas.

O congelamento do orçamento causou grandes perdas para as instituições de ensino, como as Universidades públicas. A verba destinada ao Museu Nacional caiu pela metade do que era no governo da Presidenta Dilma, e ainda atrasavam o repasse.

Com as eleições se aproximando é importante que o eleitorado tenha conhecimento de que o candidato Bolsonaro, que provavelmente estará no segundo turno, votou a favor dessa PEC e de todas as outras medidas contrárias aos trabalhadores.

RIcardo Mezavila.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

O fósforo que queimou o Museu



Nossa escola possui convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro que, através do Museu Nacional, concede empréstimos de espécies para as nossas Feiras de Ciências. Em junho levamos alunos e responsáveis para visitar o Museu.

Com essa aproximação tive contato com a equipe do SAE - Seção de Assistência ao Ensino, órgão com a finalidade de atendimento ao ensino no âmbito das Ciências Naturais e Antropológicas.


A equipe do SAE fica muito agradecida quando uma escola se interessa pelo acervo. Igor, arqueólogo e da equipe, disse que poucos sabem da disponibilidade das espécies e que quando uma escola entra em contato é o reconhecimento do trabalho.

O Museu Nacional é vítima das políticas contra a educação adotadas pelos golpistas depois de tirarem a Presidenta Dilma. O governo PSDB/Temer, comprou congressistas e aprovou o congelamento em educação por vinte anos, foram eles que acenderam o fósforo que queimou o Museu.

Tem um candidato que votou a favor do congelamento de investimentos na educação, o capitão Jair Bolsonaro que, inclusive, tem como projeto a EXTINÇÃO DO MINISTÉRIO DA CULTURA.

Perdemos todos com a tragédia, mas não podemos deixar de lembrar que, apesar de o incêndio, possivelmente, ter sido acidental, a educação e a cultura estão sendo tratadas pelos golpistas que estão no governo, e por alguns que estão concorrendo ao governo, com total desprezo e desapreço.

Museu Nacional Vive!

Ricardo Mezavila.

Costurem suas próprias roupas!



Costurem suas próprias roupas!

A imprensa brasileira não vem divulgando o que está acontecendo na Argentina. O governo Liberal de Macri, que é o Aécio de lá, colocou o país em uma crise inesperada, quer dizer, a direita argentina apoiada pela imprensa e pelos empresários não calculavam o quanto eram incompetentes.

O jornal 'Clárin', o Globo de lá, dá dicas de como economizar gás, fazer compras menores e inteligentes, dão dicas de como e onde alugar brinquedos para as crianças, como aproveitar o pão duro e de como é eficiente e barato costurar suas próprias roupas.


O dólar bate incríveis quarenta e dois pesos, as universidades estão em greve, o governo cortou doses de vacina contra a meningite, a inflação é de mais de vinte porcento. O risco-país chegou a 700 pontos, estranho a mídia daqui não divulgar mais o risco-país depois do golpe.

Com toda essa decadência liberal, o judiciário argentino através do juiz Bonadío, o Moro de lá, faz intensa perseguição a ex-presidente Cristina Kirchner, colocando a culpa de os argentinos estarem 'catando comida em latas de lixo' no seu governo.

A Argentina, assim como o Brasil e vizinhos latinos, estão passando por um processo de desconstrução dos avanços dos governos progressistas. Os EUA avançam sobre nós com as 'lavas jatos' e vão desmontando o que foi construído, sem sua interferência, e que caminhava para uma América Latina independente, forte, unida e soberana.

Ricardo Mezavila.

domingo, 2 de setembro de 2018

Zé Povinho em extinção



Essa eleição está deixando velhos setores conservadores com um bom problema, o Zé Povinho, aquele eleitor que se vendia por qualquer 'merréis' está politizado e não cai mais no papo do político oportunista e da classe média 'burguesa'.


Com a criação de quatrocentos e vinte e duas escolas técnicas, dezoito universidades federais e cento e setenta e três campis universitários, mais de oito milhões de estudantes ascenderam às universidades. Esses são apenas alguns números dos governos Dilma e Lula na educação.


Os formadores de opinião estão cortando um dobrado para convencer eleitores de que Lula está preso por corrupção passiva, mas não conseguem. O povo não é mais bobo e a prova disso são os mais de quarenta porcento de intenção de votos do petista.


O Tribunal Superior Eleitoral é mais um dos órgãos corporativos das entranhas do golpe. Impugnaram a candidatura de Lula, mas não conseguiram convencer de que estão agindo em conformidade com a justiça.


A sociedade conservadora conhecida como coxinha, paneleira, pato e manifestoche, está sozinha nas redes sociais criticando Lula e o PT sem apesentar alternativas. Vão votar em um fascista porque são fascistas, mas o povo, que não é mais Zé povinho, está com Fernando Haddad e Manuela D'Avila.


Ricardo Mezavila.