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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Natal sem agenda positiva



Enquanto o Congresso paralisa o país em defesa de um bando de deputados e senadores ladrões, temerosos com as consequências das operações da PF e do MP, os Estados estão quebrando.Por conta da histeria da 'massa cheirosa' das ruas, das 'minifestações' pró impeachment nas orlas aos domingos e dos palhaços paneleiros dos Jardins, governadores escancaram a falência gerada pelo caos político provocado pelos casuístas.

Câmara Eduardo Cunha, usa de todas as manobras para fugir da justiça. Espero que ela seja implacável! Se os cofres públicos estão rasos, a mídia também está esgotando sua munição contra o governo. Já não têm o que falar,só clichês e invencionismo. Todos saímos perdendo, até audiência essa mídia corrupta perdeu.

O Brasil precisa de uma Agenda Positiva, mas isso só será possível se o Legislativo e o Executivo formarem par em uma dança, pode ser samba ou valsa, mas precisam estar ensaiados e no mesmo compasso.

Como isso não vai acontecer a culpa é da Presidenta Dilma Rousseff. Foi no Governo dela que as operações começaram e os corruptos foram e estão sendo investigados e presos. Ela podia fazer como o PSDBesta fazia, não autorizava a polícia a fazer operações. Todos roubavam e a população não sabia de nada.

Já passou da hora dessa gente acordar, parar de reproduzir a voz do patrão, exigir, não a saída, mas a continuidade de um Governo engessado diante de um paredão com armas atirando o tempo todo. Nunva vi, acho que ninguém, tanta imbecilidade.

A falta de algodão nos hospitais não atinge ninguém da família desses oportunistas; se uma escola pública não tem água, também não interrompe o ano letivo de nenhuma criança de suas famílias.

Feliz Natal ao Estado Islâmico!!

Ricardo Mezavila.


O Natal do Caos



A teoria do "quanto pior melhor" é mais evidente do que a cara de conspirador de filme russo de Michel Temer. Sem escrúpulos, o Congresso vem manobrando para que os projetos de interesse do governo sejam rejeitados na Câmara, quer dizer, estão fomentando e alimentando a crise para gerar um cenário de caos que contribua para a queda da aprovação da Presidenta Dilma Rousseff.

Assisti a um vídeo postado em uma mídia social, onde uma senhora rasga seu título de eleitor em protesto contra a decisão do STF, que indicou o rito que se deve dar ao pedido de impedimento da Presidenta. Além de rasgar o título, a senhora pediu a intervenção militar, talvez por ser contra o voto e a democracia.

Infelizmente o ódio tem sido o tom que as pessoas têm dado ao delicado momento político. Muitas pessoas, como a senhora revoltada do vídeo, não fazem uma leitura isenta do contexto, não leem o que os golpistas dizem, na maior cara de pau, quando são entrevistados. Tramam à luz do dia e em frente às câmeras a forma de como fragilizar a economia, como piorar a crise para saírem beneficiados com a nossa revolta.

As ruas são o termômtero, ora esquenta, ora esfria. No Rio, no dia 13 de dezembro, data em que o AI-5 completava quarenta e sete anos, os manifestantes, quase todos brancos, entraram em confronto com um grupo de skatistas da Baixada Fluminense, quase todos pretos, que estavam na Avenida Atlântica confraternizando, como fazem em todos os finais de ano. Essa atitude é temerária e pode acirrar um conflito de classes sem construção ideológica, edificada em cima do ódio gratuito.

A mídia, através de seus bem articulados comentaristas políticos, de seus gabaritados e respeitados articulistas, introduzem de maneira massificante a ideia de que a corrupção é coisa de agora, do governo do PT. Não escrevem uma linha sobre as investigações e as prisões só estarem acontecendo agora, justamente no período em que o partido demonizado por eles governa. O objetivo principal das manobras para derrubar a Presidenta é o fim das investigações, só não vê e não entende quem não quer.

A política nunca foi tema recorrente no nosso cotidiano, nos locais de trabalho, escolas e, de uma hora para outra, vemos muita gente reproduzindo opiniões sem analisa-las criticamente, apenas copiam as frases de interesse de um grupo e as compartilham. A estratégia "problema-reação-solução" vem sendo aplicada de forma exaustiva. Divulgam o tempo todo que o "problema" é o PT, esperando a "reação" das ruas e a "solução" é o impeachment.

No natal da "crise" criada pelos que têm medo da polícia federal e do ministério público, não se deixe contaminar pelo vírus da intolerância, não rasgue seu título porque o STF agiu de forma democrática e dentro da legalidade, para suturar uma ferida que se alastra no Congresso, que cresce soturnamente nos gabinetes dessa gente que prega e age em função da falência da economia, para depois colocar palavras em sua boca.


Ricardo Mezavila.

Todo mundo queria ter um dia de Novos Baianos



Quem nunca quis ficar em um sítio rodeado de árvores, de riachos e de amigos? O sol urbano é um desmaio súbito, um colapso inevitável; o sol camponês é a morte planejada, uma doença doce que escorre pela boca como pudim de leite.

A lua urbana é uma noiva em dúvida, uma menina menstruada e cheia de culpa; a lua camponesa é uma boliviana cantante, a musa das montanhas e a brisa da madrugada.
Todo mundo um dia queria, ou devia, ter o espírito dos Novos Baianos. Ver a menina no fundo do olho dançando, mesmo com tudo virado e já no tempo regulamentar.

A noite urbana é uma tela grandona com pessoas feias, festa estranha, gente esquisita; a noite camponesa é um violão com seis cordas, ou duas cordas, uma bicicleta com rodas, ou uma roda, mas que toca e nos leva pelas estreitas estradas de terra, de palhas e de grilos.

"Eu trocaria a eternidade por essa noite"


Ricardo Mezavila.

‘Sir’ Chico Buarque



Na escala hierárquica da nobreza estão os títulos de Duque, Marques, Conde, Visconde e Barão. Na idade média esses fidalgos eram a elite, e recebiam do rei um pedaço de terra onde faziam o que bem entendessem. Com o passar do tempo outros títulos nobres foram surgindo, alguns nem tanto elite assim. Como o rei ‘disso’, a rainha ‘daquilo’, os príncipes, os mestres e os menestréis.

O Brasil é um país repleto de monarcas, de imperadores e de Cartolas. A música brasileira é muito fértil, gera gênios, poetas, malucos e boêmios. Um representante autêntico da maior escala da nobreza brasileira, não só na música, mas em tudo o que diz respeito à corte e aos súditos, é sem dúvida o senhor Chico Buarque de Holanda.

Chico Buarque está para o Brasil, assim como Paul McCartney está para o Reino Unido. É literalmente um ‘Sir’, que se vivesse em terras britânicas já teria sido honrado pela Rainha. O protagonismo político de Chico é notório, todos sabem de que lado ele está, o que pensa sobre o momento político atual.

Chico Buarque me representa desde sempre, mesmo quando brincava de ‘Julinho’, aliás, acredito que, mais do que despistar a censura, Chico criou esse personagem popular para ficar mais perto da gente, como se não bastasse sua presença nas letras de suas músicas.

Se tem alguém no país que tenha unanimidade, mesmo com o carimbo da burrice como disse Nelson Rodrigues, esse alguém é o ‘Guri’ da ‘Construção’.


Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Os estudantes e os ratos



É reconfortante, politicamente, as atitudes dos estudantes que ocupam as escolas contra a reorganização iniciada, arbitrariamente, pelo governo tucano, em São Paulo. Um estudante disse: "Minha relação com a escola mudou. A gente agora se sente dono dela e não tem mais volta." É a educação sendo transformada de baixo para cima. Isso que eu chamo "Reforma de Base".

Enquanto isso, a lama do Congresso vai se espalhando a cada dia, a cada sessão no plenário, ou no Conselho de Ética. Homens com mandatos sufragados pelas urnas para representarem com dignidade a sociedade, praticam as mais absurdas manobras, ferem a Constituição sem o menor pudor. Criaram um cinturão de proteção ao seu líder que interfere nos processos em que é acusado. Uma vergonha!

Homens bem sucedidos em suas áreas como o deputado Júlio Lopes (PP-RJ), Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), articulam e desarticulam, sem nenhum constrangimento, em favor do golpe contra a democracia. Vale lembrar que o impeachment está previsto na constituição, mas os ritos precisam ser rigorosamente seguidos, o que não está acontecendo, por isso há evidencia irrefutável de golpe.

O vice-presidente Michel Temer, homem importante na hierarquia do PMDB e do país, submete-se ao ridículo quando encaminha uma carta chantageando a Presidenta Dilma Rousseff. Michel é homem sem caráter, sem personalidade, covarde, desonesto e traidor. Aliás, esses adjetivos fazem parte da cartilha dos partidos que estão na oposição.

A mesa da presidência da Câmara parece mais um ninho onde cobras e ratos convivem em perfeito pacto antidemocrático, fedem a lixo orgânico represado. Numa atitude idiota e desrespeitosa com o eleitor e com a Casa, empunham bonequinhos de papelão em alusão ao ex-presidente Lula, que esmaga todos eles só com a primeira linha de seu currículo político, de reconhecimento mundial.

A sociedade sabe que com democracia não se brinca, foram muitos anos para chegarmos até aqui, muitas vidas interrompidas, muitos sonhos em meio a muita luta. Não podemos entrar nesse bloco e gritar suas palavras de ódio, fomos educados para sermos alegres e livres. Os deputados e senadores que lá estão, em sua maioria, representam grupos financiadores de campanhas, o corporativismo, os interesses do capital estrangeiro e a cultura da corrupção.

A ocupação dos estudantes deve servir de exemplo a ser seguido. Eles sentiram que, unidos são resistentes e agora querem mudar a escola. Isso nos traz a certeza de que a luta vale a pena, e que as pedras do caminho são sinais de que a travessia não é fácil, mas é consagradora.


Ricardo Mezavila.

ChikunCUNHA, uma infecção endêmica





No início do século XX, o Rio de Janeiro sofria com a falta de higiene. Doenças como a febre amarela, peste bubônica e a varíola, tinham campo bastante fértil para a proliferação. O governo federal deu ao sanitarista Oswaldo Cruz, carta branca para combater o hoje indestrutível mosquito aedes aegypit, e outros transmissores de outras doenças.

Oswaldo Cruz criou brigadas que invadiu casas e levou vacinadores para as ruas. O combate ao mosquito era sistemático, e não apenas quando havia epidemia. Oswaldo Cruz conseguiu erradicar a doença e ganhou medalha de ouro em uma feira internacional, transformando-se em herói nacional.

Desde então, nunca houve um combate permanente e informação suficiente à população para evitar a volta da dengue. O Rio de Janeiro continua sendo o berço preferido do mosquito, tanto que se desenvolveu e se apresenta com outros nomes como: zica e Chikungunya.

Outra espécie de praga evoluiu, pegando carona em Darwin, e se instalou no Congresso Nacional. O Rio, mantendo a tradição, jogou suas larvas em Brasília e lá cresceram: Eduardo Cunha, Jair Bolsonaro, Julio Lopes e Rodrigo Maia. Lá eles proliferam a doença do oportunismo, casuísmo e golpismo. Como mutantes, ás vezes eles picam como os insetos, em outras, roem como os roedores.

À frente do Departamento Nacional de Saúde Pública, Oswaldo Cruz incitou a população a capturar ratos.

Onde estão os sanitaristas desse país?

Ricardo Mezavila.