É reconfortante, politicamente, as atitudes dos estudantes que ocupam as escolas contra a reorganização iniciada, arbitrariamente, pelo governo tucano, em São Paulo. Um estudante disse: "Minha relação com a escola mudou. A gente agora se sente dono dela e não tem mais volta." É a educação sendo transformada de baixo para cima. Isso que eu chamo "Reforma de Base".
Enquanto
isso, a lama do Congresso vai se espalhando a cada dia, a cada sessão no
plenário, ou no Conselho de Ética. Homens com mandatos sufragados pelas urnas
para representarem com dignidade a sociedade, praticam as mais absurdas
manobras, ferem a Constituição sem o menor pudor. Criaram um cinturão de
proteção ao seu líder que interfere nos processos em que é acusado. Uma
vergonha!
Homens
bem sucedidos em suas áreas como o deputado Júlio Lopes (PP-RJ), Jair Bolsonaro
(PP-RJ) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), articulam e desarticulam, sem nenhum
constrangimento, em favor do golpe contra a democracia. Vale lembrar que o
impeachment está previsto na constituição, mas os ritos precisam ser
rigorosamente seguidos, o que não está acontecendo, por isso há evidencia
irrefutável de golpe.
O
vice-presidente Michel Temer, homem importante na hierarquia do PMDB e do país,
submete-se ao ridículo quando encaminha uma carta chantageando a Presidenta
Dilma Rousseff. Michel é homem sem caráter, sem personalidade, covarde,
desonesto e traidor. Aliás, esses adjetivos fazem parte da cartilha dos
partidos que estão na oposição.
A
mesa da presidência da Câmara parece mais um ninho onde cobras e ratos convivem
em perfeito pacto antidemocrático, fedem a lixo orgânico represado. Numa
atitude idiota e desrespeitosa com o eleitor e com a Casa, empunham bonequinhos
de papelão em alusão ao ex-presidente Lula, que esmaga todos eles só com a
primeira linha de seu currículo político, de reconhecimento mundial.
A
sociedade sabe que com democracia não se brinca, foram muitos anos para
chegarmos até aqui, muitas vidas interrompidas, muitos sonhos em meio a muita luta.
Não podemos entrar nesse bloco e gritar suas palavras de ódio, fomos educados
para sermos alegres e livres. Os deputados e senadores que lá estão, em sua
maioria, representam grupos financiadores de campanhas, o corporativismo, os
interesses do capital estrangeiro e a cultura da corrupção.
A
ocupação dos estudantes deve servir de exemplo a ser seguido. Eles sentiram
que, unidos são resistentes e agora querem mudar a escola. Isso nos traz a
certeza de que a luta vale a pena, e que as pedras do caminho são sinais de que
a travessia não é fácil, mas é consagradora.
Ricardo
Mezavila.
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