Na
escala hierárquica da nobreza estão os títulos de Duque, Marques, Conde,
Visconde e Barão. Na idade média esses fidalgos eram a elite, e recebiam do rei
um pedaço de terra onde faziam o que bem entendessem. Com o passar do tempo outros
títulos nobres foram surgindo, alguns nem tanto elite assim. Como o rei
‘disso’, a rainha ‘daquilo’, os príncipes, os mestres e os menestréis.
O
Brasil é um país repleto de monarcas, de imperadores e de Cartolas. A música
brasileira é muito fértil, gera gênios, poetas, malucos e boêmios. Um
representante autêntico da maior escala da nobreza brasileira, não só na
música, mas em tudo o que diz respeito à corte e aos súditos, é sem dúvida o
senhor Chico Buarque de Holanda.
Chico
Buarque está para o Brasil, assim como Paul McCartney está para o Reino Unido.
É literalmente um ‘Sir’, que se vivesse em terras britânicas já teria sido
honrado pela Rainha. O protagonismo político de Chico é notório, todos sabem de
que lado ele está, o que pensa sobre o momento político atual.
Chico
Buarque me representa desde sempre, mesmo quando brincava de ‘Julinho’, aliás,
acredito que, mais do que despistar a censura, Chico criou esse personagem
popular para ficar mais perto da gente, como se não bastasse sua presença nas letras
de suas músicas.
Se
tem alguém no país que tenha unanimidade, mesmo com o carimbo da burrice como
disse Nelson Rodrigues, esse alguém é o ‘Guri’ da ‘Construção’.
Ricardo
Mezavila.
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