Pode entrar,o Blog é seu! Welcome to Blog! Since 30 july 2011

terça-feira, 28 de junho de 2016

Sociedade doente, senado forte.



Diante do impasse se há crime de responsabilidade ou não, a comissão do impeachment solicitou perícia de técnicos do senado para encerrar a discussão. Por mais incrível que possa parecer, o laudo disse que sim, mas também disse que não. O espetáculo político ficou evidente, porque se a perícia apontasse para o crime, os senadores que negociam seus votos a favor do impeachment estariam soltando fogos.

Como não teve crime, os peritos entregaram um laudo com duplo entendimento para confundir a defesa, a sociedade, e municiar a mídia e os senadores Golpistas com a tese do ‘crime’.

Para deixar o cenário ainda mais dantesco, a grande maioria dos senadores luta pelo afastamento definitivo da Presidenta, para que escapem da operação lava jato, como eles mesmos disseram na gravação de Sérgio Machado. O capítulo mais inacreditável é que tudo isso acontece às claras, com todo mundo tomando conhecimento.

Em qualquer país alfabetizado politicamente esses senadores perderiam seus mandatos, mas aqui são protegidos por um vírus midiático que consome a capacidade crítica de analisar um contexto. Muitos abraçaram a lógica simplista de que tem que ‘tirar a Dilma e depois tirar o Temer, para acabar com a corrupção’.

Conseguiram afastar a Dilma e empossaram Temer, mas a corrupção só cresceu e a indignação sumiu. São dominados pela notícia unilateral dos meios conservadores do jornalismo, foram usados e descartados, estão quietos porque ainda não foram convocados a saírem ás ruas travestidos de brasileiros.

Na hipótese das pedaladas configurarem crime, mesmo assim, as verbas foram utilizadas em programas sociais e na agricultura, não foram enviadas para a Suiça, não foram dormir na conta de um ‘laranja’, não patrocinaram viagens e nem a compra de sapatos e roupas de grife, não serviram para a compra de casas e carros de luxo.

Não bastassem os vírus transmitidos pelos mosquitos que causam graves doenças, a sociedade também está vulnerável a um outro tipo de enfermidade, a que tem seus sintomas ligados à falta de credibilidade nas instituições.

Ricardo Mezavila.









‘burriçe ou burrisse?’



Vivemos a era do espetáculo da ‘burrice’, com todo respeito ao quadrúpede, mas nos transformamos, pejorativamente, em palhaços de nós mesmos, algozes de nossas línguas, patifes de nossas sombras. Aconselho aos pais que corram, o mais rápido que puderem, e controlem o tempo que seus filhos se debruçam sobre a Internet. É temerário o conteúdo exposto, é como admirar um museu de crimes, uma exposição de ossos.

A fanfarra de desconexões linguísticas e semânticas ultrapassa o limite seguro da confusão contextual.  O que um padre diz no Brasil, por exemplo, pode ser atribuído a uma eminência parda de uma religião xiita no Oriente Médio. Os laços estão misturados em nós, em emendas grosseiras e cortantes, como lâminas.

No circo dos absurdos o picadeiro é palanque para gente de todas as espécies, discursos aleatórios, alienígenas, recheados de ódio e preconceito. Estamos prestes a substituir a liberdade das asas do conhecimento, pela corda da forca da massificação ‘midiota’.

A invasão da fatuidade está em ascensão preocupante e é uma ameaça ao bom senso, a inocência e ao direito de justiça. A capacidade de raciocínio esta cedendo espaço para a simples reprodução visual e sonora; o sentido amplo engoliu o restrito como semente de tomate; as tribos estão todas com o mesmo corte de cabelo e usam as mesmas gírias.

No espetáculo da (burriçe ou burrissse?), os espaços são ocupados por quem consegue chegar primeiro, ser mais esperto e colocar mais armadilhas. O conceito fundamental de matéria permanece isento, se um corpo estiver ocupando um lugar, o lugar é dele de direito, mas nem sempre de fato.

A matéria é inerte até que uma força aja sobre ela. Como era a bola na marca do pênalti, antes que Lionel Messi a chutasse por sobre o travessão do goleiro chileno. Por mais compacta que pareça, toda matéria é descontínua, existem espaços entre uma molécula e outra, esses espaços podem ser maiores ou menores, tornando a matéria mais ou menos dura.

Chequem seus cintos, amarrem seus cadarços, testem os freios, porque vai ser preciso uma freada nessa corrida destrambelhada que se tornou a informação instantânea.

Ricardo Mezavila









sábado, 25 de junho de 2016

Plateia de tolos



Tudo que era ruim e criticado no governo Dilma, como num passe de mágica, começa a parecer viável, bom e necessário. Os porta-vozes do governo, a mídia golpista, aos poucos pincelam um tom do programa mais médicos aqui, outra pincelada do funcionamento da diplomacia médica de Cuba ali, e até citam Che Guevara como tendo sido o idealizador de ter levado a medicina  para as comunidades. Os médicos cubanos de vilões, vão virar heróis brasileiros.

Apascentada em seus apartamentos e carros, a sociedade alienada assiste de óculos e com interesse a volta do espetáculo midiático. A lógica é a seguinte: ‘a gente pede a prisão dos peemedebistas Cunha, Renan, Sarney e Jucá, quando todos estiverem na expectativa das prisões, a gente prende o petista Paulo Bernardo e a plateia de tolos aplaude’.

Por falar em espetáculo, estudando literatura, li um trecho de ‘Sociedade do Espetáculo’ de Guy Debord. Para ele ‘o espetáculo consiste na multiplicação de ícones e imagens, principalmente através dos meios de comunicação de massa, mas também pelos rituais políticos, religiosos e hábitos de consumo, de tudo aquilo que falta à vida real do homem comum.’

Mais do pensamento de Debord: ‘O espetáculo é a aparência que confere integridade e sentido a uma sociedade esfacelada e dividida. Os meios de comunicação de massa são apenas a manifestação superficial mais esmagadora da sociedade do espetáculo, que faz do indivíduo um ser infeliz.’

Na incansável tarefa de extinguir o único partido político que tem compromisso com aqueles ideais de Guevara, a mídia e a justiça estão aliadas para desmoralizar qualquer um que se opuser ao seu espetáculo.

Segundo Guy Debord, a maior consequência disso é a total desinformação da sociedade. Não a desinformação, mas a informação deturpada, que contém uma certa parte da verdade que será usada de forma manipulatória.


Ricardo Mezavila.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

O nacionalismo ufanista da Anta



O modernismo literário no Brasil, em 1926, sofreu uma reação conservadora por parte de quem considerava a corrente estética Pau-Brasil, muito 'afrancesada'. Foi criado um manifesto denominado - Nhengaçu verde-amarelo - que defendia um estado forte e centralizador.


Adotaram uma literatura nacionalista, ufanista e primitivista para opor ao manifesto da poesia Pau-Brasil, que tinha tom de festa e paródia nas prosas poéticas que produziam, sob influência do Futurismo e do Cubismo.


O ideal do manifesto Pau-Brasil era conciliar as culturas nativa e intelectual, a vanguarda; o uso da língua sem o preconceito e o resgate de todas as manifestações culturais, sem exceção.


Os integrantes do Verde-Amarelismo adotaram postura radical e passaram a pregar ideias reacionárias, agregaram-se ao integralismo e viraram uma versão brasileira do fascismo.


Noventa anos se passaram e a analogia com os dias atuais é inevitável. Lamento que a semelhança não seja no campo literário, mas no front político. Os Verde-Amarelistas de hoje também são fascistas, e agora golpistas.


Outra curiosidade fica por conta do símbolo adotado pelos 'golpistas do manifesto de 1926', uma Anta. A anta foi escolhida como símbolo por ser um totem Tupi se fosse hoje vestiria uma camiseta da CBF.


Ricardo Mezavila.


quinta-feira, 23 de junho de 2016

A crise nas asas do urubu


Agora a crise está sendo atribuída a problemas internacionais, como disse a urubóloga da mídia GOLPISTA, Mirian Leitão. Antes a crise era interna, era culpa do Governo Dilma e seus Ministros.

Também, o que podemos esperar de um Congresso amordaçado, algemado e sob ameaça da língua de um deputado corrupto e mafioso como Eduardo Cunha.

Cunha fala o que quer, dá bofetadas em toda a sociedade e nada acontece. O presidente vampiro e GOLPISTA Michel Temer, não passa de um mero capataz de Eduardo.

Enquanto isso, os brasileiros que apoiaram o GOLPE nas ruas, e que agora apoiam debaixo da cama, ruminam o ódio contra o PT e correm o risco de morrerem envenenados pela saliva.

Os esqueletos do GOLPE estão expostos, como está a face macabra do deputado estuprador Jair Bolsonaro, faltam os fascistas saírem de uma vez do armário.

E a crise internacional chegou finalmente ao Brasil.



Ricardo Mezavila

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Pastor, que doutrina é essa?



O deputado federal e pastor de uma igreja neopentecostal ligada à assembléia de deus, Marco Feliciano, da bancada evangélica da Câmara, declarou na comissão pública que trata da violência sexual contra a mulher, que ‘a cultura do estupro não existe’. Tendo sido vaiado pelas mulheres ligadas aos movimentos sociais presentes.

Uma participante que falaria depois de Feliciano, bastante constrangida pelo discurso machista de quem ela se referiu como ‘um homem branco’, não conseguiu completar seu pensamento e desabafou: ‘nunca imaginei que viria aqui para ouvir esse absurdo’.

O pastor evangélico é conhecido mais pelas polêmicas do que por projetos apresentados. Ele reflete o pensamento que essas igrejas disseminam entre seus fiéis, que fortalece a tese de que só vale o que está escrito na bíblia. Acontece que a tal ‘bíblia’ traz revelações que só levam em consideração aquilo que for conveniente para a igreja.

A igreja de Feliciano, de acordo com o pensamento de seu pastor, prega o preconceito, a perseguição a transexuais, travestis, homossexuais, negros e mulheres violentadas. Faz piada sobre o estupro e apoia políticas públicas contra os direitos das mulheres, como a PEC 5069, que é um retrocesso no atendimento às vítimas de crimes sexuais.

A ignorância desses pastores e suas igrejas nefastas, infelizmente, encontram eco em pessoas fracas, perdidas nos desvios da vida, que passam por problemas familiares e não conseguem resolver dialogando racionalmente.

A cultura do estupro não existe para o pastor Feliciano, mas sim o livro bíblico ‘Levítico’, aquele que abomina ‘homem deitando com homem como se fosse mulher’, mas que aprova a escravidão para os não-cristãos; que diz que a mulher que der luz a um menino fica impura por sete dias, mas se for menina, duas semanas; o livro santo que não fala sobre normas sobre o comportamento sexual das mulheres, exceto a que proíbe que copulem com bichos e que proíbe o homem dormir na mesma cama de uma mulher menstruada.

Nenhuma nação merece uma igreja de portas fechadas para a compreensão, o respeito e a diversidade. Os pastores evangélicos fazem das igrejas colônias escuras, onde desesperados vagam atrás da luz de um  falso farol moral. Que doutrina é essa que evangeliza e hostiliza ao mesmo tempo?



Ricardo Mezavila.

Romário e o japonês




O 'japonês da federal' como o policial Newton Ishii é conhecido e idolatrado pelos analfabetos políticos e pelos criadores de heróis da mídia fascista, foi preso. Não há nenhuma novidade nessa prisão, pois o 'japa' tinha uma extensa lista de delitos anteriores amplamente divulgados, mas que a alienação não permitia a leitura.

Aqui no Brasil, no país do esporte bretão, tudo vira oba-oba, balacobaco e telecoteco. Basta a imprensa convocar e a manada festiva fica logo assanhada, compra camiseta da CBF e segue em fila pelas avenidas, cantando e 'selfieando' no palco apagado do 'vem pra rua'.

Para ser político basta ser popular, não importa a qualificação para o cargo, o cara é conhecido e isso o capacita para as eleições. Romário é um grave exemplo de como não devemos votar.

O ex-jogador e agora senador, foi até o presidente gambiarra, Michel Temer, e pediu cargos na diretoria de Furnas para votar a favor do impeachment. Negociou vergonhosamente os votos de seus eleitores por cargos, sem o menor constrangimento de passar para história como GOLPISTA.

Se Romário, que é recente na política fez isso, dá para imaginar o que rola nos bastidores dessa comissão do impeachment.

Ainda sobre jogador de futebol. Neymar se declarou a favor do impeachment porque estava 'cansado de tanta corrupção'. O jogador do Barcelona está sendo acusado no Brasil e na Espanha de sonegação fiscal.

Vai vendo aí...!


Ricardo Mezavila.


quarta-feira, 8 de junho de 2016

Janot e os factóides das prisões





A cúpula do PMDB está sob pedido de prisão para inglês ver, porque não vai acontecer. A PGR está articulando plano para pender quem realmente interessa que esteja fora de combate nos próximos capítulos.

O PIG noticia os mandados de prisão de Renan, Sarney, Jucá e Cunha para que a estrada esteja pavimentada quando for expedido o de Lula.

No caso de José Sarney, ele não pode ser preso por causa da idade, no máximo usaria uma tornozeleira.

Caso o mandado de prisão do ex-Presidente Lula acontecesse antes da farsa montada pelos GOLPISTAS, o país viveria uma convulsão porque, queiram ou não, Lula é a maior liderança popular em atividade.

Vimos recentemente uma amostra no caso da condução coercitiva abusiva. Os movimentos sociais se opuseram à arbitrariedade da justiça e o GOLPE foi desmontado.

Rodrigo Janot, o fraco, está seguindo a estratégia de que, colocando todos no mesmo ‘saco’, fica mais fácil prender o ex-Presidente. Montaram um circo para municiar a mídia e os palhaços bufos desse espetáculo antidemocrático e triste.






Ricardo Mezavila.













O presidente não pode ir às ruas





Michel Temer, o breve, através da casa civil, proibiu que a Presidenta Dilma utilize os aviões da FAB para viagens que não sejam para Porto Alegre, onde vivem os familiares da Presidenta.

O presidente gambiarra e ilegítimo não pode viajar pelo país porque é um GOLPISTA e, como tal, não tem apoio popular. Só que Temer, o breve, não contava que a Presidenta viajaria assim mesmo para cumprir seus compromissos, tendo anunciado que voará em aviões de carreira e em voos fretados.

Dilma Rousseff tem recebido diversos convites, principalmente de dirigentes de Movimentos Sociais, de Mulheres, de Universidades, enfim, da sociedade Civil Organizada, para participar de Congressos, Comícios e Eventos.

Se Temer queria intimidar e tirar de cena a Presidenta, acabou por acender ainda mais sua presença no seio da militância e na parcela da população que percebeu que vivemos um estado de GOLPE parlamentar.



Ricardo Mezavila.

sábado, 4 de junho de 2016

Avesso, ou aversão à cultura?


luiz melodia




Inacreditável, mas tem gente que se ‘descobriu’ contra a cultura depois que o governo de Temer, o breve, extinguiu o MinC. Para justificar os protestos de artistas, intelectuais e estudantes contra a medida, os apascentados da nova ordem conservadora dessa república, se apegaram na deturpação e  falta de informação de uma Lei de incentivo à cultura que virou vilã para os incultos.

A mistura que a mídia fez na massa deixou muita sobra espalhada que acabou virando ‘bolinhos’ sem recheio, como coxinhas sem carne, por exemplo. As vitrines se abarrotaram de salgadinhos e docinhos sem ingredientes e valor nutritivo que, se consumidos em série, podem trazer efeitos colaterais desagradáveis ao organismo social.

Os arautos do GOLPE ainda respiram através dos aparelhos do Senado e do Supremo, não morreram, mas estão com os dias contados. O ilegítimo e impostor presidente Temer, o passageiro, querendo limpar a lama do machismo que sujou seu governo, nomeou para a secretaria de política para as mulheres a ex-deputada pelo PSDB, Fátima Pelaes.

Assessores de Temer querem que ela seja exonerada, pois foi apontada pelo Ministério Público como integrante de uma ‘articulação criminosa’ que desviou verbas de suas emendas parlamentares, conhecida como ‘Operação Voucher’.

Outra da tropa de choque do GOLPE, a senadora Simone Tebet, do PMDB, que parece não ter passado, foi prefeita de Três Lagoas e seus bens foram bloqueados pelo Ministério Público Federal por desvios de recursos públicos na construção de um balneário no município.

As mulheres de Michel Temer são tão boas em corrupção como os homens de Eduardo Cunha. Isso não entra na pauta dos mensageiros de uma ‘pequena vila de pescadores perdida em algum canto solitário no litoral brasileiro’: Merval, Leilane, Cristiana, Mirian, Jabor, Conti, Mainard e etc.

E os errados, os ‘aproveitadores das verbas públicas’ são aqueles que vivem na história de nossas vidas, nos momentos felizes e na saudade: Chico, Caetano, Gil, Bethânia, Djavan, Jobim, Gonzaguinha, Taiguara, Luiz Melodia e ‘Todo amor que houver nessa vida’


Ricardo Mezavila.