O
modernismo literário no Brasil, em 1926, sofreu uma reação conservadora por
parte de quem considerava a corrente estética Pau-Brasil, muito 'afrancesada'.
Foi criado um manifesto denominado - Nhengaçu verde-amarelo - que defendia um
estado forte e centralizador.
Adotaram
uma literatura nacionalista, ufanista e primitivista para opor ao manifesto da
poesia Pau-Brasil, que tinha tom de festa e paródia nas prosas poéticas que
produziam, sob influência do Futurismo e do Cubismo.
O
ideal do manifesto Pau-Brasil era conciliar as culturas nativa e intelectual, a
vanguarda; o uso da língua sem o preconceito e o resgate de todas as
manifestações culturais, sem exceção.
Os
integrantes do Verde-Amarelismo adotaram postura radical e passaram a pregar
ideias reacionárias, agregaram-se ao integralismo e viraram uma versão
brasileira do fascismo.
Noventa
anos se passaram e a analogia com os dias atuais é inevitável. Lamento que a
semelhança não seja no campo literário, mas no front político. Os
Verde-Amarelistas de hoje também são fascistas, e agora golpistas.
Outra
curiosidade fica por conta do símbolo adotado pelos 'golpistas do manifesto de
1926', uma Anta. A anta foi escolhida como símbolo por ser um totem Tupi se
fosse hoje vestiria uma camiseta da CBF.
Ricardo
Mezavila.
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