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sexta-feira, 24 de junho de 2016

O nacionalismo ufanista da Anta



O modernismo literário no Brasil, em 1926, sofreu uma reação conservadora por parte de quem considerava a corrente estética Pau-Brasil, muito 'afrancesada'. Foi criado um manifesto denominado - Nhengaçu verde-amarelo - que defendia um estado forte e centralizador.


Adotaram uma literatura nacionalista, ufanista e primitivista para opor ao manifesto da poesia Pau-Brasil, que tinha tom de festa e paródia nas prosas poéticas que produziam, sob influência do Futurismo e do Cubismo.


O ideal do manifesto Pau-Brasil era conciliar as culturas nativa e intelectual, a vanguarda; o uso da língua sem o preconceito e o resgate de todas as manifestações culturais, sem exceção.


Os integrantes do Verde-Amarelismo adotaram postura radical e passaram a pregar ideias reacionárias, agregaram-se ao integralismo e viraram uma versão brasileira do fascismo.


Noventa anos se passaram e a analogia com os dias atuais é inevitável. Lamento que a semelhança não seja no campo literário, mas no front político. Os Verde-Amarelistas de hoje também são fascistas, e agora golpistas.


Outra curiosidade fica por conta do símbolo adotado pelos 'golpistas do manifesto de 1926', uma Anta. A anta foi escolhida como símbolo por ser um totem Tupi se fosse hoje vestiria uma camiseta da CBF.


Ricardo Mezavila.


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