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quinta-feira, 25 de abril de 2019

Omnia tempus habent






O homem é o arquiteto de sua própria fortuna, o idealizador de seus direitos, é aquele que controla a natureza. O homem necessita estar protegido do mal para ter poder sobre o bem, e dele se apropriar e distribuir conforme seus interesses.

A purgação civilizatória está de sobrevoo no planeta, está expurgando o que é estranho à essência, o que corrompe o estado natural entre espírito e corpo, que derruba a prudencia e ergue a tragédia.


Tudo tem o seu tempo, há tempo para tudo. Na transição, o excremento é servido no prato, e os anfitriões recebem seus convidados para a ceia. No cardápio: neoliberalismo, fascismo, autoritarismo, guerras. Na sobremesa eles servem racismo, homofobia, machismo, milícia, xenofobia.

Uma orquestra de seres subterrâneos vomitam e evacuam no picadeiro, fazem a festa para os 'dentes amarelos', homens ricos e desafortunados ao mesmo tempo; fortes e derrotados, indubitavelmente, porque o cheiro de seus intestinos não vão permitir que caminhem impunes.

O trauma desse tempo vai provocar tsunamis de arrependimentos naqueles que penetraram na orgia, que pensam que estão se divertindo, mas que só estão ali para servirem de tapete, de privada, de veneno, de lixeira.

Quando a luz acender e todos se virem despidos, as ruas estarão tomadas de esperança. Os canalhas tentarão sair de seus purgatórios e serão engolidos e digeridos pelos seus demônios. E, então, uma gargalhada soará eternamente em seus ouvidos.

Ricardo Mezavila.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

O tapete de Marielle




Com o fascismo sentado no poder, assistimos cenas de violência contra qualquer coisa que represente a possibilidade de a população esclarecida se manifestar contra os abusos do atual governo.

Pode ser uma placa de rua, um cartaz, uma faixa, uma bandeira, um grito, um texto e até um tapete. Em Ouro Preto, uma das comemorações da Páscoa, são os tapetes artesanais feitos com casca de ovo, sal grosso, serragem.


Um grupo decidiu escrever o nome de Marielle em um tapete feito com serragem. Isso incomodou os fascistas da cidade, eleitores de Bolsonaro, a ponto de a polícia local desmanchar o tapete com as botas.

No Rio, durante a campanha para governador, o candidato Wilson Witzel, que foi eleito, estava ao lado de dois homens em cima de um palanque quando estes quebraram uma placa de rua com o nome 'Marielle Franco', Witzel gritou depois do ato de vandalismo :"É Bolsonaro, porra!".

É essa gente que está governando o Brasil, gente obscura que tem ódio da cultura, do povo, do país. Muitos dos que os elegeram se arrependeram, alguns sabiamente admitem que erraram, outros ainda relutam.

Tínhamos duas opções no segundo turno das eleições presidenciais, um professor e um miliciano, e a maioria de quem votou optou pelo segundo. Dá para entender o motivo da decisão, o professor e seu partido foram eleitos inimigos pelos inimigos do povo, já que trabalharam durante treze anos pelo bem-estar social da população.

Hoje o Brasil é uma vergonha mundial, o presidente tem graves problemas neurológicos e é controlado por seus três filhos, igualmente perigosos e nocivos à sociedade. É inacreditável que haja quem acredite que dessa cartola ainda vai sair um coelho.

Eles vão continuar a desmanchar tapetes, perseguir nossos símbolos, calar nossos representantes, é inevitável, mas não por muito tempo. #MariellePresente #LulaLivre

Ricardo Mezavila.

sábado, 20 de abril de 2019

Nos tempos da poesia







Nos tempos da poesia as letras se juntavam e formavam palavras, que rastejavam como lagartas em caravana, até se transformarem em coloridas borboletas voando em um céu de poesia.

Naquele tempo as mulheres e os homens, de todas as idades, acordavam, calçavam seus sapatos e tinham para onde ir. O futuro brilhava na ponta do lápis, nas pautas do caderno, no conteúdo dos livros, no riso, no abraço, no salário e no lazer.


O poeta escreveu um livro sobre amor, família, amizade, saudade e relacionamentos. Não havia espaço para qualquer outro sentimento que não a esperança e otimismo. Acho que aquela 'camponesa boliviana' está reunida com 'Du-Rei' e Erenice nas usinas de cana-de-açucar, juntos tentam animar e fortalecer o poeta.

Não havia holofotes para ministros e procuradores, ninguém escalava nominalmente as turmas do STF, procuradoria geral, tribunal da quarta região. Eram todos como árbitros de futebol, quanto menos aparece, mais se joga.

A tempestade lava-jateira chegou e inundou o país de lama, arrancou as flores dos jardins, destituiu a estadista guerreira para empossar o traidor covarde; acordou o fascismo e envenenou a democracia; tirou do mastro o verde e amarelo e hasteou a flâmula imperialista.

A incapacidade de governar se aliou aos interesses dos grandes abutres tóxicos, que se divertem com a carniça de um povo ingênuo politicamente, infantilizado pela mídia com doses diárias de alienação e notícias tendenciosas.

Contudo, há fortes indícios de que o céu da poesia vai voltar, nenhuma tempestade dura eternamente. A lama que cobriu a terra vai enterrar a maldade. A voz de um dos nossos vai trazer cor e brilho aos dias de escuridão, e com dignidade retomaremos as conversas que tivemos ontem.

Ricardo Mezavila.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

No bico do sapato





Uma mentira contada é semente para que outras venham a ser contadas para manter a versão da primeira. Esse é o diagnóstico do Brasil atual. Um país que vive no olho de um furacão de mentiras, fakes news e chantagens.

O Supremo Tribunal Federal, aquele acovardado que lavou as mãos no golpe parlamentar-jurídico-midiático, agora está nas cordas e tenta se defender do mesmo adversário que ajudou a treinar para que levasse à lona a democracia.


Enquanto isso o executivo vai cultivando vergonha por todo o planeta. Depois de ser recusada no Museu Americano de Histórias Naturais a pedido do prefeito de New York, que disse que Bolsonaro é racista, homofóbico e um risco ao planeta, a homenagem que a Câmara de Comércio pretendia, também foi rejeitada por um restaurante novaiorquino.

Antes, no Chile, senadores e deputados se recusaram a participar de almoço com a presença do presidente brasileiro. Até mesmo em Israel, onde nosso chefe de governo pratica o servilismo, sua presença e discurso receberam críticas de judeus e muçulmanos. Um fiasco diplomático.

Nesse planeta não há lugar para Bolsonaro, a Terra é redonda e não tem um canto onde possa se esconder. Talvez na Terra plana onde os conspiracionistas vivem, possa encontrar um cantinho para receber a tal 'homenagem', livre dos bicos dos sapatos.

Os rebentos do eleito fazem o carnaval da ignorância, violência e mau-caratismo. Tentam levantar 'tags' a favor do papai e contra os 'comunistas'. Um deles afirmou que o guru dos burros, Olavo de Carvalho, tem mais representatividade do que o Patrono da Educação Brasileira, o educador Paulo Freire. Às vezes eles também são humoristas.

Apesar de toda a desordem causada por um governo inepto e desprovido de boas intenções, ainda encontramos uma manada que segue em direção ao atraso, caminhando para o precipício com ódio nos olhos e correntes nos pés.

São os bolsominions, divididos em seguidores fascistas e eleitores simplórios que não aceitam a ideia de um país livre e soberano. Preferem perder direitos, ver o Brasil ser entregue ao capital estrangeiro, a juventude sem perspectivas, os idosos sem aposentadoria, a ver um partido progressista de volta ao poder.

Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

De juiz à besta





As expressões populares são sábias, colocam no imaginário comum aquilo que a psicologia e filosofia não conseguem. Um desses ditos é a de que 'calado ele é um gênio, falando é uma besta.'

Enquanto juiz de primeira instância de Curitiba, Sérgio Moro mantinha-se nos holofotes, mas não falava com a imprensa. Participava do jogo dentro de seu espaço de atuação na Lava Jato: a de juiz parcial e partidário.


Fez gravações ilegais da Presidenta Dilma, autorizou conduções coercitivas sem necessidade, perseguiu, interrogou e condenou sem provas, sob a luz do picadeiro dos tribunais.

Como juiz partidário, colaborou com a campanha da direita prendendo o Presidente Lula que venceria em primeiro turno e daria fim ao golpe de 2016. Na possibilidade de vitória de Fernando Haddad, requentou delação de Palocci para prejudicar o petista e assim entregou a vitória ao candidato fascista, Jair Bolsonaro.

Como prêmio pelos serviços prestados, por ter tirado Lula do pleito e ter prejudicado Haddad, Sérgio Moro foi nomeado Ministro da Justiça revelando seu caráter ao país.

Ministro, Moro não pode mais ficar calado e fugir dos microfones e isso nos mostrou alguém despreparado, já se sabia pelas atitudes, mas agora evidenciou-se na sua voz tacanha e sorrateira, própria dos traidores.

RM

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Cem dias de incompetência





Esperamos cem dias e a única voz lúcida de alguém do governo foi dita em março. O ministro da economia Paulo Guedes disse durante reunião com presidentes de Tribunais de Contas estaduais que: "Estamos convencidos de que Lula não roubou nenhum tostão. E seu patrimônio prova isso."

De positivo não há nada, nenhum movimento no sentido de geração de emprego, tomada da economia, nada se faz. Enrolado na língua e sem cognição, Bolsonaro é uma tragédia, um imbecil, uma farsa.


Todos os índices apurados pelos institutos de pesquisa são na direção de que seu governo está em queda livre e tem a pior avaliação em primeiro mandato, justamente quando a população joga todas as fichas e dão crédito ao governo que se inicia.

Bolsonaro é uma catástrofe ambulante, um seminarista que virou Papa, um recruta que virou General. Office-boy de Trump, envergonha o país mundo afora. Onde quer que pise seu nome está estampado em faixas de protestos antifascistas. No Chile, deputados e senadores se recusaram a almoçar com ele, a imprensa local ficou chocada com a sua inabilidade política e apologia às ditaduras latinas.

Surpreendente é que ainda existam lunáticos aqui no Brasil que o apoiam. Após cem dias de desgoverno, recuos e entreguismo, ainda há quem repita clichês da campanha, repliquem teorias anticomunistas, marxismo cultural, kit gay, escola sem partido.

Entra e sai ministro e a sensação é que estão no fundo do poço e ainda continuam cavando para ver se conseguem atingir níveis maiores de incompetência. Eles se superam na incapacidade de produzir um mínimo na agenda positiva, são ratazanas roendo nosso patrimônio, democracia e a garantia de continuarmos como nação.

Ricardo Mezavila.

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Quebranto, mau-olhado, espinhela caída





É uma covardia o que os homens brancos e ricos estão querendo fazer com a aposentadoria. Com a falsa estatística sobre o déficit da previdência, pretendem criar o sistema de capitalização que deu errado em todo os países que o adotou.

A reforma vai aumentar o tempo de contribuição, a idade mínima, inclusive para o trabalhador rural, além de obrigar o trabalhador a ter uma poupança em um banco privado e depositar mensalmente seu futuro benefício.


No Chile esse sistema tem levado ao suicídio e ao abandono social centenas de idosos que não conseguiram sobreviver mais de cinco anos com o que conseguiram capitalizar.

Em meio a esse clima de desmonte protagonizado pelo governo que não trabalha, não tem organização interna e patina em cima da vergonha que passou a ser cidadão brasileiro, são gastos 183 Mi em publicidade para fazer você acreditar que a reforma é boa e necessária. Desse montante, 154 Mi a máquina do Estado usou para pagar um site que está fora do ar desde 2018.

Dizem que economizarão 1 Tri, o mesmo valor que deixaram de arrecadar com a renúncia fiscal , as famigeradas isenções às petroleiras. A conta cairá nos ombros de quem não tem nada com isso, com a exceção de quem ingenuamente elegeu isso aí.

Não entendo sobre astrologia, esoterismo e afins, mas estou fortemente inclinado em acreditar que o Brasil está sob a influência de um agente pernicioso, mal-intencionado que vestiu a faixa de presidente da república e nos faz cada dia menos otimistas. Pero no mucho!

Ricardo Mezavila.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

O paradoxo de Pinóquio

Paradoxos são declarações aparentemente verdadeiras que, apesar disso, contêm uma contradição lógica. O chamado paradoxo de Pinóquio, especificamente, é uma variante de um mais geral, o do mentiroso, que leva os filósofos à loucura há mais de 2 mil anos. Se a declaração “eu minto” é verdadeira, quem a disse mente. Se é mentirosa, o sujeito quer dizer que fala a verdade, oque também contraria a frase.

O filósofo francês Jean Buridan, escreveu esse diálogo hipotético: "Platão guarda uma ponte e diz a Sócrates: “Se você disser uma verdade, eu o deixo passar. Se disser uma mentira, eu o atiro da ponte”. Então Sócrates diz: “Você vai me atirar da ponte”. Se é verdade, Platão tem que deixá-lo passar e atirá-lo ao mesmo tempo. Se for mentira, Platão tem que atirá-lo, tornando a frase verdadeira."

Há o paradoxo de Bozo, uma versão menos clássica onde todo o governo é acometido por recuos, como o presidente que disse que ia levar a Embaixada brasileira para Jerusalém, o ministro que enviou ofício às Escolas para que os aluno cantassem o hino e gritassem o slogan de campanha do presidente. Todos recuaram de suas 'decisões'.

Outro tipo de paradoxo tem no ministro da justiça Sergio Moro um representante também governamental. Sergio Moro, já disse que foi "à Câmera dos deputados",depois de ter feito uma "colheita de provas" e que a "conge não pode VIM a ser condenada. Esse paradoxo existe entre o que o ator fala e o cargo que ocupa, é o paradoxo da Lava Jato, a que lava só por fora.

Outro paradoxo, o de ausência Constitucional, é o que acomete os filhos de Bolsonaro. Carlos é vereador, mas assume a vice-presidência interinamente; Eduardo é deputado federal, mas assume a posição de Chanceler nas viagens oficiais do presidente e. mais recentemente, Flávio postou no twitter acima da foto de um membro do Hamas "Quero que vocês se EXPLODAM", isso logo após Bolsonaro ter divulgado foto apontando uma metralhadora em território de conflitos e guerras. Mas, como todo 'paradoxo' que se preze, apagou o post minutos depois e Bolsonaro disse que a foto 'foi só uma brincadeira"

Só para lembrar, o Hamas é um grupo islâmico que se divide em 'brigadas' - braço armado - partido político e possui uma estrutura filantrópica. Lutam contra Israel pelo território da Palestina. Eles ficam ali, na conhecida Faixa de Gaza. O Brasil, depois da infeliz visita a Israel, em que o presidente Bolsonaro 'brincou' com quem amarra dinamites ao corpo, pode vir a entrar na rota do terrorismo.

Ricado Mezavila