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sábado, 20 de abril de 2019

Nos tempos da poesia







Nos tempos da poesia as letras se juntavam e formavam palavras, que rastejavam como lagartas em caravana, até se transformarem em coloridas borboletas voando em um céu de poesia.

Naquele tempo as mulheres e os homens, de todas as idades, acordavam, calçavam seus sapatos e tinham para onde ir. O futuro brilhava na ponta do lápis, nas pautas do caderno, no conteúdo dos livros, no riso, no abraço, no salário e no lazer.


O poeta escreveu um livro sobre amor, família, amizade, saudade e relacionamentos. Não havia espaço para qualquer outro sentimento que não a esperança e otimismo. Acho que aquela 'camponesa boliviana' está reunida com 'Du-Rei' e Erenice nas usinas de cana-de-açucar, juntos tentam animar e fortalecer o poeta.

Não havia holofotes para ministros e procuradores, ninguém escalava nominalmente as turmas do STF, procuradoria geral, tribunal da quarta região. Eram todos como árbitros de futebol, quanto menos aparece, mais se joga.

A tempestade lava-jateira chegou e inundou o país de lama, arrancou as flores dos jardins, destituiu a estadista guerreira para empossar o traidor covarde; acordou o fascismo e envenenou a democracia; tirou do mastro o verde e amarelo e hasteou a flâmula imperialista.

A incapacidade de governar se aliou aos interesses dos grandes abutres tóxicos, que se divertem com a carniça de um povo ingênuo politicamente, infantilizado pela mídia com doses diárias de alienação e notícias tendenciosas.

Contudo, há fortes indícios de que o céu da poesia vai voltar, nenhuma tempestade dura eternamente. A lama que cobriu a terra vai enterrar a maldade. A voz de um dos nossos vai trazer cor e brilho aos dias de escuridão, e com dignidade retomaremos as conversas que tivemos ontem.

Ricardo Mezavila.

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