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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Fazendo Aniversário (fique bem com tudo)




Hoje não pode ser um dia como os outros trezentos e sessenta e quatro. Não pode ser uma manhã de só acordar e escovar os dentes, tomar café, pentear os ralos cabelos (enquanto ainda os tem), vestir a roupa passada e ir trabalhar. Não pode ser uma tarde de só almoçar, tomar cafezinho e atender ao telefone, esperar o sinal abrir e entrar na fila de um banco. Não pode ser uma noite de só voltar para casa com alguma compra, acenar para os amigos na rua e dar boa noite ao porteiro, jantar e assistir alguma coisa na televisão.

Hoje é especial, é o seu aniversário, o dia em que voce foi brindado, de fato, pela vida. Foi o dia em que muitas pessoas que ainda estão ao seu lado olharam pela primeira vez em que fez sua aparição. É o dia mais importante da sua vida, mesmo que voce não o considere, mas se não fosse ele, nada depois teria acontecido: sua formatura, seu primeiro milhão, as viagens, ou o nascimento de seus filhos.

Há formas de se passar este dia: uns preferem a solidão e o retiro, outros fingem que é um dia como outro qualquer, há os que fazem festa e querem estar com a família e com os amigos, tem aqueles que tiram o dia para refletir. Mas, de qualquer forma, seja de que jeito for, não pode ser um dia comum.

O fato de algumas pessoas não gostarem de anunciar que estão aniversariando, é a questão da idade. Porque a longa sequencia dela desemboca na velhice, trazendo privações inerentes ao corpo em exposição por muito tempo à vida.

Para quem pensa assim eu lembro que o viço das coisas está na célula, na raiz e na alegria. A exuberância de um poema deixa de ser ele próprio quando acabado; a exuberância de um poema está em fazer o poema, a sua concepção, a inspiração que precede tudo de belo que se tornou o poema.

Se hoje for o seu aniversário, aquele dia especial em que todos lhe desejam felicidades e querem comer o “seu bolo”, aproveite para abençoá-los porque voce tem a capacidade para isso, hoje voce é mais especial do que os outros dias e quem convive com voce sente isso. Deixe que a inspiração da qual voce foi criado fique perceptível para todos, como uma luz sobre sua cabeça e fique bem com tudo.

Ricardo Mezavila

sábado, 14 de julho de 2012

"Mentes" Infantis



Uma pesquisadora da Universidade de Oxford disse em entrevistas à mídia britânica que navegar muito por redes sociais, como o Facebook, Twitter, Orkut e afins, pode fazer o cérebro regredir. A neurocientista Susan Greenfield disse que a exposição repetida a flashes de imagens em programas de TV, jogos de videogame ou redes sociais pode infantilizar o cérebro, equiparando-o ao de uma criança pequena, que é atraída por barulhos e luzes.

Não vejo a coisa com tanto alarme, mas as crianças nascidas nesta época onde a Internet domina e as relações são rápidas, podem subestimar os sentimentos, ou super valorizar as escassas amizades fora da virtualidade. Precisamos estimular a imaginação até que encontrem o “livro-árvore” de suas vidas.

Estou escrevendo e ao meu lado o meu neto, 5 anos, está jogando na Internet. Eu, como faço todos os dias, li os jornais eletrônicos, conferi o saldo bancário, abri os e-mails, dei “bom dia” no Facebook, entrei na comunidade dos torcedores botafoguenses no Orkut para saber das “últimas” e isso pode estar fazendo mal ao meu cérebro. Acredito que essa pesquisa tenha fundamento, e tem mesmo, mas cabe aos pais controlar e organizar as atividades de seus filhos.

Meu neto é da geração dos eletrônicos, mas também sobe em árvores, anda de bicicleta, joga bola, tem seus amiguinhos e às vezes, senta comigo e meus amigos no bar e bebe água, ele nunca pede refrigerante, e fica ali participando, ouvindo nossas conversas descompromissadas. Acho que o mundo anda precisando de cérebros infantilizados, a história tem mostrado que quanto mais culto e adulto fica o homem, mais ele distancia de coisas básicas como respeitar o outro e cuidar das plantas e dos animais, se todos fossem infantis o bastante para continuar a fazer essas coisas, o planeta nunca ia se esgotar.

Para acrescentar ao rodapé da pesquisa, refleti e achei isso: Os seres que sobrevivem são aqueles que se adequam, se "modificam" e se tornam resistentes e aptos à "nova vida".

Ricardo Mezavila