Uma pesquisadora da Universidade de Oxford disse
em entrevistas à mídia britânica que navegar muito por redes sociais, como o Facebook,
Twitter, Orkut e afins, pode fazer o cérebro regredir. A neurocientista Susan
Greenfield disse que a exposição repetida a flashes de imagens em programas de
TV, jogos de videogame ou redes sociais pode infantilizar o cérebro,
equiparando-o ao de uma criança pequena, que é atraída por barulhos e luzes.
Não vejo a coisa com tanto alarme, mas as
crianças nascidas nesta época onde a Internet domina e as relações são rápidas,
podem subestimar os sentimentos, ou super valorizar as escassas amizades fora
da virtualidade. Precisamos estimular a imaginação até que
encontrem o “livro-árvore” de suas vidas.
Estou escrevendo e ao meu lado o meu neto, 5
anos, está jogando na Internet. Eu, como faço todos os dias, li os jornais
eletrônicos, conferi o saldo bancário, abri os e-mails, dei “bom dia” no
Facebook, entrei na comunidade dos torcedores botafoguenses no Orkut para saber
das “últimas” e isso pode estar fazendo mal ao meu cérebro. Acredito que essa
pesquisa tenha fundamento, e tem mesmo, mas cabe aos pais controlar e organizar
as atividades de seus filhos.
Meu neto é da geração dos eletrônicos, mas também
sobe em árvores, anda de bicicleta, joga bola, tem seus amiguinhos e às vezes, senta
comigo e meus amigos no bar e bebe água, ele nunca pede refrigerante, e fica ali
participando, ouvindo nossas conversas descompromissadas. Acho que o mundo anda
precisando de cérebros infantilizados, a história tem mostrado que quanto mais
culto e adulto fica o homem, mais ele distancia de coisas básicas como respeitar
o outro e cuidar das plantas e dos animais, se todos fossem infantis o bastante
para continuar a fazer essas coisas, o planeta nunca ia se esgotar.
Para acrescentar ao rodapé da
pesquisa, refleti e achei isso: Os seres que sobrevivem são aqueles que se
adequam, se "modificam" e se tornam resistentes e aptos à "nova
vida".
Ricardo Mezavila
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