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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Cobertor curto






Com a saída dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos, o ministério da saúde abriu edital para a contratação de médicos brasileiros para preencherem as mais de oito mil vagas.

Poucos dias após o edital a imprensa fez alarde noticiando que as inscrições foram quase todas preenchidas.Lembrando que inscrição não é efetivação, os médicos podem recusar o trabalho em regiões ribeirinhas., por exemplo.


Ouvi de alguns bolsonaristas que o Brasil não precisa dos médicos cubanos, que 'já foram tarde', essas idiotices que os idiotas gostam de dizer. Com certeza eles desconhecem que os médicos que estão se inscrevendo, na verdade estão migrando de um programa para outro.

A maioria dos médicos pertencem a programas ligados às secretarias municipais de saúde como o 'Estratégia saúde da família'. A estabilidade e o salário são os atrativos para a migração.

Com a saída dos médicos que trabalham nas Unidades Básicas de Saúde, os postos de saúde terão déficits nas equipes de atendimento médico. Essa trapalhada do futuro governo cobriu os pés, mas deixou as orelhas de fora.

Ricardo Mezavila.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

"Bolsonaro, com amor e coragem



O lema do futuro ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo, mostra bem o nível desse governo. Todo apoiado em clichês e na 'divina providência'. Ernesto pertence ao terceiro escalão do Itamaraty, e foi com muita surpresa que seu nome foi recebido entre os funcionários do órgão.

O 'amor e a coragem' de Bolsonaro já está surtindo efeito. O tradicional Colégio Santo Agostinho em Belo Horizonte está sofrendo ação de pais bolsonaristas que acusam o Colégio de estar ensinando educação sexual aos alunos. Às vezes acredito que a função da Escola é salvar as crianças de seus pais.


O Ministério Público Federal está apurando denúncia contra professores de filosofia da Universidade Estadual do Ceará, que estariam em uma frente anti-fascista. Se fosse uma organização pró fascismo,talvez não houvesse a denúncia.

Com a chegada do 'Trumpismo' ao Brasil, corremos todos os riscos possíveis e imagináveis de nosso presidente pertencer a casta mais repugnante do planeta: Os lambe-botas!

Bolsoanaro é um Grand Canyon de estupidez, é incapaz de governar qualquer coisa, não tem cognição, controle, compromisso com o país. É um analfabeto sem conhecimento de vida, não tem nenhum requisito que o defina como chefe de estado, mas tem o principal, tem voto.

Os votos que o elegeram são os responsáveis pelo desequilíbrio econômico, social, por todo o desastre anunciado.

Ricardo Mezavila.

É boi, é bala, é uma bíblia na mão





Os evangélicos, a pedido de Bolsonaro, indicaram o deputado e pastor homofóbico Marcos Feliciano e mais dois deputados da bancada da bíblia para o Ministério da Cidadania.

O presidente eleito falava em trabalhar apenas com dez ministérios, depois passou para quinze e agora já são vinte. O falastrão aproveitou o analfabetismo de seu eleitorado para blefar.


A bancada da bala está representada, por enquanto, em cinco ministérios, além do próprio presidente e seu vice, general Mourão. Os militares estão no STF, o assessor do presidente Dias Tofolli, é um general que faz a ponte entre o supremo e a caserna.

Os ruralistas, que representam a bancada do boi em Brasília, serão contemplados com a decisão arbitrária e neonazista do presidente eleito, em enquadrar o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra na lei antiterrorismo.

Bolsonaro disse que não faria como os políticos tradicionais, não usaria o 'toma-lá-dá-cá', mas como é um político vagabundo e improdutivo para a sociedade, só fez promover seus filhos, enganou seu eleitorado 'orelhudo'.

RIcardo Mezavila.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A 'ditadura' cubana



Quando assisto o presidente eleito falando sobre a 'ditadura' cubana, imagino quantos lunáticos ignorantes como ele acreditam que, realmente, existe uma ditadura em Cuba.

É inacreditável como esse discurso velho de deslegitimar tudo o que deu certo em Cuba ainda acha ouvidos e bocas. O presidente tem que se preocupar em governar seu país.


Esses clichês anticomunistas só servem para encobrir as deficiências de um futuro governante incompetente, inábil e submisso E, se acredita que tem uma ditadura em Cuba, o que ele tem com isso?

Um país que rasgou a página recente de uma história de conquistas, não tem gabarito para falar de Cuba, não tem competência para criticar o que não consegue realizar.

De gigante das Américas, o Brasil passa a ser um pária mundial, um país minúsculo na diplomacia, uma colônia irrisória e irrelevante para seus habitantes.

Tudo o que o presidente eleito disse durante a campanha está realizando, é um homem de palavra, pena que suas palavras não alcancem além das solas dos sapatos dos EUA.

Ricardo Mezavila

sábado, 24 de novembro de 2018

Antes e depois (sem desenhar)







Quando a hipnose coletiva terminar e quem votou pela destruição do Brasil acordar, vai se dar conta do mal que fez por ignorância e estupidez. Ignorância por desconhecer os avanços sociais, econômicos e os projetos futuros para a educação e a saúde, conquistados nos governos Lula e Dilma.

Tenho críticas, defendo que o PT devia ser mais contundente na comunicação sobre seus acertos, devia ter feito mais propaganda sobre seu governo. Em doze anos, o Brasil saiu de uma crise interna e colocou jovens e adultos pobres nas Universidades; a Petrobrás valia U$15 bi no governo FHC, no governo Lula passou a valer U$215 bi.


Toda a evolução econômica e social dos governos Lula e Dilma, como o aumento do PIB; a menor taxa de desemprego da história; o protagonismo do Brasil como uma nação forte no exterior; a criação participativa no BRICS,;a exaltação e os prêmios pela capacidade de ter tirado o país do mapa da fome e da miséria; a criação de dezenas de Universidades e Campis universitários Brasil afora, nas mais distantes regiões, e tantos outros avanços, não foram suficientes para mostrar ao eleitor pobre e assalariado de que a Rede Globo mentiu.

Faltou comunicação aos governos petistas para mostrar ao povo que as viagens de avião, o financiamento da casa, o acesso à universidade, o carro na garagem, as idas aos restaurantes e shoppings, a aquisição de modernos equipamentos eletrônicos, o título de 'o povo mais otimista do mundo', foram conquistas realizadas pelo Partido dos Trabalhadores.

Sem essa aproximação o eleitor comprou as mentiras de Sergio Moro e da Lava Jato, criminalizou o PT e serviu aos interesses de quem o oprime e o quer como fantoche, como personagem principal do seu infortúnio.

Não tenho dúvida, se o eleitor soubesse que a Presidenta Dilma sancionou, em 2013, a Lei que garantia 75% do valor dos royalties do Pré-Sal para a Educação e 25% para a Saúde, e que agora vão 100% para as empresas estrangeiras, não apoiaria o golpe e não elegeria quem elegeu.

Ricardo Mezavila.

Médico cubano não, ministro colombiano sim!



Para assumir o ministério da educação foi nomeado o colombiano Ricardo Vélez Rodrigues, formado em filosofia nos anos 1970, como bolsista da OEA - Organização dos Estados Americanos. A mesma organização que, segundo membros do futuro governo, "tem zero credibilidade".

A principal tarefa do futuro ministro será viabilizar a 'escola sem partido', aquele projeto que visa transformar alunos da rede pública e particulares que atendem a classe 'C', em robôs. Na rede particular de alto padrão, os alunos continuarão a estudar filosofia, Paulo Freire, Maquiavel, Marx e Rousseau.


Assim agem os autoritários fascistas: deixam a população sem acesso à educação de qualidade, o que rende mão-de-obra somente técnica e barata, diminui a concorrência acadêmica e mantém a manutenção de seu status quo. Esse é o objetivo da 'escola sem partido'.

Como ator do meu tempo, não consigo dissociar o que penso daquilo que defendo, quer dizer, se eu defendo uma posição é porque eu penso de acordo, Nesse caso, cobro daqueles que elegeram esse projeto que se manifestem em defesa dele, que argumentem minimamente e apontem onde está o benefício para essa juventude que vai aprender a calcular e assinar o nome.

Alguns midiotas dizem que estudar sociologia é ideologizar o aluno. Não sabem os infelizes, que estão sendo usados como massa para que o professor seja declarado inimigo do estado. Quem pensa assim sentava na primeira cadeira nas aulas de moral e cívica, matéria estúpida que ensina como abaixar a cabeça diante do opressor.

Se, quem defende a 'escola sem partido', tivesse senso crítico; estudado mais; tivesse diversidade cultural; prestasse atenção nos movimentos estudantis; abrisse e lesse, no mínimo, quatro livros ao ano, não teria eleito esse grupo que veio para tirar o país das nossas mãos.

Ricardo Mezavila.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

O submundo de Bolsonaro



Com a eleição de um político desqualificado, em todos os sentidos, para assumir o cargo máximo da república, traz à cena o submundo do baixo clero da política e sua forma desumana, vil, arbitrária e ignorante.

O presidente eleito é um poço de incompetência administrativa e inabilidade no uso da palavra. Analisando mais de perto, ele é uma besta ao quadrado, que se serviu da tecnologia para disseminar mentiras contra seus adversários e que se ampara em um discurso messiânico emprestado do fundamentalismo evangélico.


Desde o primeiro dia após a confirmação de sua eleição, tudo o que vem do presidente eleito e sua equipe, apesar de ter feito campanha contra as 'ideologias, tem viés ideológico e violento.

Em campanha, tramaram um atentado tosco para comover os indecisos. Estranhamente ninguém fala sobre o autor do 'atentado', foi uma 'esfakeada' muito bem armada. O presidente eleito anda de colete à prova de balas e diz que recebe ameaças de morte.

O provável assassino de Bolsonaro frequenta os mesmos lugares que ele, participa de decisões, mancha ao seu lado. As patentes superiores não vão se curvar ante a alguém psicologicamente degenerado e estúpido como Bolsonaro.

No submundo desse governo que está prestes a assumir, tem uma bomba pronta para ser detonada. As muralhas da sociedade vão ruir e todos estarão expostos: as forças armadas, os latifundiários, os comerciantes da fé, os empresários escravocratas, a mídia apodrecida, todos liderados pelo capital externo.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Consciência negra, branca ou amarela...



A frase atribuída ao ator Morgan Freeman, argumentando que só existe racismo porque nos preocupamos com a consciência negra, e que se nos preocupássemos com a consciência humana o racismo não existiria, não é razoável no sentido étnico-histórico-racial, só filosófico.

A utópica 'consciência humana' é uma invenção que jaz nos sonhos, na quimera, com direito a cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente. Por preconceito, nunca ensinamos a história da África nas escolas, do ponto de vista africano, sua ancestralidade, religiosidade, a história de um povo sequestrado.


Falar sobre o não cumprimento da Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", é ter Consciência Negra.

É preciso falar da força dos Quilombos, as organizações de resistência e as relações socais que lá eram criadas. Discutir em sala de aula sobre quem era o negro que veio acorrentado para o Brasil, sua origem e cultura.

A frase recorrente: "Eu não sou racista, tenho vários amigos negros", é uma frase racista. As pessoas têm amigos, não amigos 'negros', 'brancos', 'amarelos', apenas amigos e isso não se justifica. Perceber onde está a segregação na política e combatê-la nas urnas, é ter Consciência Negra.

Não levando a discussão para a sala de aula sob esse aspecto, perdemos a oportunidade de tratar de forma pedagógica sobre a origem do racismo e, com esse conhecimento, viés e olhar, identificá-lo e combatê-lo dentro da nossa sociedade racista.

Ricardo Mezavila.

domingo, 18 de novembro de 2018

Estratégia e ignorância







Não se pode esperar nada desse governo que já assumiu antes mesmo da diplomação. A antecipação vem do acordo com Michel Temer e da necessidade de mostrar aos patrocinadores que já estão trabalhando na agenda de repassar o Brasil às suas mãos.

Ao anunciar cada nome que comporá seu governo, Bolsonaro dá sinais efetivos de que caminhamos para trás, para o retrocesso econômico e social. Quando chegar dia primeiro de janeiro, em sua posse, muitos de seus eleitores já terão saído do estado hipnótico e terão a dimensão do erro que cometeram.


Essa semana, foi anunciado Ernesto Araújo como ministro das relações exteriores. Ernesto não acredita em mudança climática, como se isso fosse algo tipo 'saci' ou "ET", em que se acredita ou não. Ele diz que mudança climática é 'climatismo' criado pela esquerda. Ele escreveu em seu blog: "A tática da esquerda consiste essencialmente em sequestrar causas legítimas e pervertê-las para servir ao seu projeto de dominação total."

Esse ideologismo que vive na cabeça de Bolsonaro, sua equipe e seguidores é fruto da ignorância, e também é uma estratégia para manter as causas autênticas em plano menor, longe do olhar crítico da sociedade. Enquanto isso a Amazônia vai saindo do nosso mapa geopolítico e toda aquela riqueza vai deixar de ser nossa. Somos espectadores da nossa própria tragédia.

Só para lembrar, o ministro das Relações Exteriores do Brasil no Governo Lula, Celso Amorim, foi apontado pela revista norte-americana “Foreign Policy” como o sexto “pensador global” mais importante do ano de 2010, em uma lista com 100 nomes, com o mérito de “transformar o Brasil em ator global."

Ricardo Mezavila.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Bolsonaro é Temer


Enquanto Bolsonaro articula com Temer cortes nos direitos da população, como a reforma da previdência, o PRB, partido do Bispo Macedo, que tutela Crivella e toda a horda de corruptos evangélicos, recebe benefícios para distribuir entre os pastores que atuaram como cabos eleitorais.

A transição está em curso frenético também no Acampamento Novo Pindaré, no Maranhão, onde duzentos e cinquenta famílias foram despejadas de terras onde produziam. A ordem de despejo favorece um grileiro local que é réu por uso de terras públicas no Piauí.


A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão, informou que um dos trabalhadores rurais foi ferido pelos militares. Os agricultores cultivam a área a mais de dois anos, e agora se veem ameaçados de forma desumana pelo capital, em detrimento à produção daquela população rural.

Na Comunidade de Maracajás, na Ilha do Governador, famílias estão sendo despejadas de suas casas a força pela polícia e por soldados da Aeronáutica, que alega que o terreno é da União. No entanto, as famílias estão alojadas ali há décadas. Já são três gerações que cresceram no local.
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Enquanto Temer articula com Bolsonario a sua nomeação para a Embaixada brasileira na Itália e o consequente foro privilegiado que o afastará da cadeia, o Ministério da Educação e Cultura, autoriza a criação de Faculdades da Igreja Universal.

Ricardo Mezavila

Os 'Patriotários'






Por definição, patriotismo é o sentimento de orgulho, amor e devoção à pátria, aos seus símbolos como a bandeira, hino, brasão, mitos, riquezas naturais e patrimônios material e imaterial, e ao seu povo.

É considerado patriota aquele que ama sua pátria e a ela presta serviços. Os movimentos políticos e sociais dos últimos anos têm criado uma nova definição para quem se dedica à pátria brasileira: O 'Patriotário'.


Esse adjetivo define o servidor público que votou em uma agenda que vai lhe tirar a estabilidade e, para muitos, o emprego, mas claro, sua 'bandeira jamais será vermelha'; define o professor que elegeu um presidente que menospreza a educação, que incita a violência do aluno contra a classe, mas tudo bem, pelo menos 'tiraram o PT.'

Serve também para o militar que apoia invadir a Venezuela e se esquece que quem vai morrer na guerra é ele, mas vale o esforço, 'chega de comunismo'; o policial militar que bate no peito e diz que todos devem ter uma arma, mas falta cognição para perceber que, armando a população, quem vai ter mais trabalho é ele, mas vale o sacrifício, 'Brasil acima de tudo'.

O 'patriotário' cai bem no empresário que apostou no Estado mínimo, que vai extinguir empregos, mas ele não concatena que desempregado não consome e o mercado desaquece, mas estamos aí, 'é o mito'. O ícone do 'patriotário' é o trabalhador pobre que votou em Bolsonaro e vai perder direitos, ficar sem emprego e aposentadoria, mas tá ok, 'Deus acima de todos.'

Ricardo Mezavila.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

A arma da propaganda




A repercussão da propaganda doutrinária é um dos instrumentos mais eficazes de um regime autoritário. Foi assim na Alemanha nazista e está sendo aplicada aqui, no Brasil fascista.

Não à toa, Joseph Goebbels,ministro da propaganda de Hitler, tem seus métodos copiados por essa turma que vai governar o país em 2019.


Para a implantação de uma ditadura é preciso impor a marginalização à imprensa. O presidente eleito vem cumprindo essa meta desde a campanha e continua na transição.

Bolsonaro publicou em sua conta no twitter uma lista de canais do youtube que, segundo ele, são excelentes opções de informação. Todos canais doutrinários, sectários e intolerantes, que fazem apologia à violência e ao fascismo.

A equipe de propaganda de Bolsonaro trabalha para o descrédito das informações contrárias ao que pregam. Precisamos ficar atentos, pois a tática é meticulosa e quase imperceptível.

Eles plantam uma notícia polêmica, a imprensa repercute, os cientistas políticos comentam, depois aparece alguém ligado ao futuro governo, ou o próprio Bolsonaro e desmente, levando o reprodutor da notícia ao descrédito.

Os meios de informação cresceram muito nos últimos tempos. Os jornalões tradicionais e comerciais perderam espaço para a mídia chamada alternativa.

Bem, a minha lista é: TV 247, Blog da Cidadania, Ópera Mundi, Carta Capital, Jornalistas Livres e DCM.

Tenho dito!

Ricardo

Se você é mulher...




Cuidado que os homens brancos querem retomar a hegemonia perdida nas reformas sociais dos governos populares. Eles, que não suportam a ascensão de negros, gays e mulheres, que não aceitam que minorias sejam respeitadas, querem recuperar o espaço que tiveram que dividir.

O presidente eleito, sua equipe e apoiadores estão dando todos os sinais de que assim será. O filho do presidente eleito fala em prender cem mil 'comunistas', o vice presidente eleito disse que negro é preguiçoso e índio indolente. O ator pornô Alexandre Frota se reuniu com o atual ministro da educação para tratar sobre 'escola sem partido'.


O próprio presidente eleito disse que "se as minorias não se adequarem serão extintas". Apoiadores, como o apresentador Silvio Santos assediou sexualmente a cantora Claudia Leite ao vivo, em um programa assistido por milhões de crianças; a atriz Maitê Proença, convidada para o Ministério do Meio Ambiente, fez um vídeo ridículo, inacreditável por tamanha ignorância sobre o momento atual.

O futuro ministro da economia e guru de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, foi sabatinado e mostrou sua incompetência ao desconhecer sobre o assunto mais importantes da pasta: Orçamento público.

Eles não sabem nada, militares dão palpite a todo momento, o futuro super ministro e juiz Sérgio Moro entendeu que um pedido de desculpas do futuro ministro da casa civil Onyx Lorenzoni que confessou recebimento de caixa 2, foi o suficiente para não condená-lo.

Se você é mulher, cuidado; se você é mulher negra, mais cuidado ainda; se você é mulher negra e professora, sua sobrevivência pacífica e seus direitos estão ameaçados. só que sob muito combate, muita luta, informação e conhecimento de dentro de nossas trincheiras. Estamos juntos! Ninguém solta a mão de ninguém!

Ricardo Mezavila.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Vamos estudar!





Recomendo para esses dias de escuridão que vivemos e que tende a piorar, que dediquemos um tempo para os estudos. Uma grande nuvem de ignorância ameaça desabar sobre esse triste país, a qualquer momento.

Na obra Leviatã, o filósofo inglês Thomas Hobbes, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de um governo e de uma sociedade fortes." No estado natural, embora alguns homens possam ser mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos demais de forma a estar isento do medo de que outro homem lhe possa fazer mal. "


Por isso," cada um de nós tem direito a tudo e, uma vez que todas as coisas são escassas, existe uma constante guerra de todos contra todos. No entanto, os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra e, por isso, formam sociedades através de um contrato social."

Segundo Hobbes, o ser humano não nasce livre, pois "somente podemos nos considerar realmente livres quando somos capazes de avaliar as consequências, boas ou más, das nossas ações. "

A afirmativa de 'quem detém o conhecimento detém o poder', é rasa, porque o poder está com quem detém a informação que filtra o conhecimento. Acredito que quem detém o conhecimento tem menos probabilidade de ser enganado pela informação tendenciosa.

Vamos estudar, abrir os livros, a cabeça e a caixa do tempo; refazer equações, reescrever redações, avaliar teses, trabalhos de conclusão de cursos, monografias. Esse tempo que se anuncia não tem guardado nenhuma celebração à educação, pelo contrário, seu jazigo está sendo preparado para que o cérebro seja uma máquina de cálculos simples e de doutrinas.

Ricardo Mezavila.

sábado, 10 de novembro de 2018

A 'burrificação' de um povo





O brasileiro ignorante está orgulhoso de sua ignorância. Fez barulho durante a campanha em apoio a outro ignorante, que assumidamente burro, festeja com sua equipe igualmente burra, a vitória com os votos de um eleitorado 'burrificado'.

Prova dessa incultura é o arrependimento de alguns eleitores. Eles podem reclamar de tudo, menos de terem sido enganados. O candidato, agora presidente eleito, em nenhum momento fez questão de esconder a sua boçalidade


O eleitor não está arrependido, está com vergonha de ter a sua estupidez exposta nas redes, sente vergonha de não conseguir contestar esses argumentos com palavras, sente vergonha de olhar no espelho e saber que é o responsável pelo fim dos seus próprios direitos.

Apesar de todo o mal que o eleitor fez ao país, resta a ele o consolo de sua própria ignorância e alienação. Ele não quer mais saber de política, só queria tirar o PT, ele não sabe o perigo que seu candidato, agora presidente eleito, representa para o Brasil e, como tem saído em editorias dos jornais mais importantes do planeta, o mal que ele pode causar ao mundo com a política de subserviência aos interesses estadudinenses.

O fato está consumado e nos resta a resistência. Aos outros ainda resta um suspiro de sobrevivência com clichês do tipo, "aceita que dói menos" e "melhor jair acostumando." Assim como o FEBEAPÁ de Sergio Porto, vamos peitar a ditadura, que está por vir, com inteligência.

Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Homens brancos de ternos pretos





A eleição ainda não acabou para a equipe de campanha de Jair Bolsonaro. Sem conteúdo e programa de governo, mas tendo que passar pela transição, fazem cortina de fumaça com fake news e a mídia está embarcando.

Cada minuto tem um fato novo: Ministério do Meio Ambiente que vai ser agregado ao da Agricultura; extinção do Ministério do Trabalho; transferência da embaixada em Tel Aviv para Jerusalém; saída da ONU, do Mercosul, do BRICS.


Estão como baratas tontas com o problema que arrumaram 'vencendo' as eleições. Não sai nada que se apresente da boca de nenhum deles, do capitão ao general, do ator pornô ao príncipe, do astronauta ao preso em regime semiaberto.

São homens brancos de ternos pretos sem nenhuma credibilidade e competência, uma quadrilha de entreguistas que se borram de medo de que alguma coisa saia errado e tenham que se debruçar sobre a complexidade de governar o país.

São esses os homens que estão fazendo a transição, aliados ao usurpador e golpista Michel Temer. São eles, com o apoio de alienados e ignorantes políticos, que farão com que o Brasil se torne uma minúscula nação.

A subordinação aos EUA é tanta, que o presidente eleito vem repetindo as medidas tomadas pelo seu chefe, Donald Trump. As semelhanças estão no marqueteiro, nos modos, nos inimigos, no baixo nível da linguagem, estão até parecidos fisicamente e, acima de tudo e de todos, pelo AMOR e dedicação que eles têm pelo EUA e seu povo.

Ricardo Mezavila

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

"Seus aliados cairão um após o outro"



Como no roteiro do filme "Matou a família e foi ao cinema" dirigido por Júlio Bressane, onde um rapaz mata os pais e vai assistir a um um filme, os eleitores de Bolsonaro foram às urnas e 'mataram' o Partido dos Trabalhadores, e foram comemorar o seu próprio azar, sem ressentimento e culpa.

Como eleição é mais séria do que um filme, os 'assassinos' do PT não sabem que o Brasil se jogou às feras quando se ajoelhou diante de Donald Trump. Os EUA são acusados de ocupar as terras do islã no lugar mais sagrado de todos, a península Arábica, saqueando suas riquezas, impondo-se a seus líderes, humilhando seus povos.


O presidente eleito anunciou que vai transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, como fez Trump. Isso significa desrespeito e provocação aos muçulmanos da região. Em suas diretrizes gerais para a Jihad, guerra santa armada contra os infiéis e inimigos do Islã, Ayman Al-Zawahiri, líder da Al Qaeda, disse :"O objetivo de atacar a América é fazê-la sangrar até a morte para que desabe sobre seu próprio peso, e seus aliados cairão um após o outro".

Corremos o risco de aparecer nos noticiários como sendo o país aliado que levou soldados para combater na Síria. Espero que essa teoria conspiratória seja realmente conspiratória, que nosso presidente eleito seja levado a refletir sobre o perigo de acender uma guerra com sua língua, para que não entremos na mira de grupos xiitas que estão acostumados a defender o que é bom e a corrigir o errado pela 'espada', praticando a guerra física.

Ricardo Mezavila

Fé 'demais' na política







Por mais que as evidências apontem o sentido contrário, que apresentem o rascunho de tempos obscuros, que coloquem na mesa o retorno da fome; apesar das portas da crise anunciada estarem escancaradas para nos receber, ainda tem quem acredite nas palavras e nas explicações do presidente eleito.

Em ciência política estudamos sobre o conhecimento teológico que consiste na aceitação, sem explicações, de alguém que diga ter desvendado um mistério. Isso implica em uma atitude de fé e resignação diante de um conhecimento revelado.


Muitos estão sendo enganados pela religião, que está 'unha e carne' com Jair Bolsonaro e sua equipe de entreguistas. Não é difícil manter essa parte da população crédula diante do fundamento do conhecimento religioso através da fé. Não é preciso ver para acreditar, a crença está acima das evidências.

Em assim sendo, trabalhadores votaram no desemprego, negros votaram no racismo, gays votaram na homofobia, mulheres votaram na misoginia, idosos na não-aposentadoria, jovens na extinção da universidade pública, ou seja, brasileiros votaram contra a soberania e pela volta do Brasil colônia e escravocrata.

Essas 'verdades' são quase definitivas e incontestáveis, não permitem revisões imediatas. Assentam-se como estátuas em templos sagrados e permanecem intactas por um tempo, mas que depois, no derreter da tinta, são desmascaradas e expostas.

Ricardo Mezavila.

domingo, 4 de novembro de 2018

Você não é antipetista, é racista!



O presidente eleito só tomará posse oficialmente em primeiro de janeiro, mas já governa desde o dia seguinte ao resultado do segundo turno. O Brasil tem dois presidentes sentados na mesma cadeira que não valem um. Estão juntos para aprovarem a reforma da previdência que vai ser a munição que o idoso vai usar para o suicídio, como vem acontecendo no Chile.

Em sete dias como presidente eleito, Bolsonaro conseguiu criar mal estar com os países árabes e com a Venezuela, com os blocos econômicos Mercosul e BRICS. Os jornais mais importantes do mundo estão perplexos e anunciam o perigo que a sua falta de diplomacia, bajulação e submissão a Trump representam para o mundo.


A divulgação da equipe de governo tem feito com que muitos eleitores se arrependessem. Para um candidato que se dizia contrário ao 'toma lá dá cá', combatia a corrupção e governaria com os 'melhores', nomes como Ony Lorenzoni, Magno Malta, Alberto Fraga, esse em prisão semiaberta, não poderiam estar na sua lista.

O convite feito a Sérgio Moro para o Ministério da Justiça e Segurança Pública é um horror. Moro já havia aceitado o convite muito antes, prendeu Lula para que não ganhasse no primeiro turno,vazou delação contra o PT na semana da eleição. Como um juiz da Lava Jato, que dizia que caixa 2 é pior do que corrupção, vai ter como colega de governo réu confesso de caixa 2 ?

Se em uma semana esse governo fez esses estragos, o que esperar para os próximos meses? Para a população enganada, aquela que pensa que programa de governo é falar do órgão sexual do outro, vai ser penoso ter suas pernas quebradas e andar no escuro sem muletas.

Falta cognição, percepção e raciocínio ao eleitor que votou contra tudo o que tínhamos conquistado., ou então estavam esperando para serem empoderados. Quando a face do fascismo estiver visível a todos, seremos um pária e não uma pátria; uma colônia e não uma nação.

Outa geração virá e a história vai contar que aqui era uma terra de racistas, homofóbicos, xenófobos e misóginos que se escondiam atrás do antipetismo.

Ricardo Mezavila.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

A guerra que te mostrarei





Segundo uma interpretação da bíblia, Deus dá instruções a Abraão para que leve seu povo até a Terra Prometida, que viria a ser o lar do povo judeu. Abraão peregrinou com sua esposa, escravos e rebanhos para uma longa jornada e chegam a Canaã.

Deus também disse que Abraão teria filhos e estes herdariam a Terra Prometida. Como Sarah, sua mulher, não engravidava, Abraão teve um filho com Agar, sua escrava. A esse filho chamou Ismael. Depois disso Sara engravidou e nasceu Isaque. Abraão teve mais filhos com outra mulher.


A disputa pelas terras entre judeus e muçulmanos é muito extensa, mas faço uma interpretação livre e sem compromisso, e entendo que a base dessa disputa consiste em: Judeus seguem Isaque, filho de Abraão com Sara; Muçulmanos a Ismael, filho de Abraão com a escrava.

Como o território árabe, onde vivem os muçulmanos, é rico em petróleo, as forças internacionais comandadas pelos Estados Unidos da América, fomentam a guerra entre árabes e judeus dando apoio militar à Israel. Com isso, os EUA e os países aliados, como França e Inglaterra, são odiados e viraram alvos de terrorismo por parte de grupos extremistas árabes.

O Brasil, quando era governado por Lula, sofreu pressão por parte do presidente George Bush. Lula conta que em uma reunião particular, George Bush disse que precisava da ajuda do Brasil para derrotar Saddam Hussein. Lula respondeu: "Companheiro, Bush, eu não conheço Saddam Hussein, o Brasil não tem nada a ver com essa guerra. Eu estou preocupado é em tirar o povo da miséria."

Agora, o presidente eleito Jair Bolsonaro, declarou guerra ao Islã e o Oriente Médio, dizendo que apoia Israel. Inclusive vai mudar a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. Donald Trump disse que Bolsonaro é seu aliado, e isso coloca o Brasil e os brasileiros na mira da Al-Qaeda e de outros grupos extremistas do Estado Islâmico.

Não temos nada com essa guerra, mas o presidente eleito, que bate continência para a bandeira americana, não presidirá o Brasil e sim uma colônia cuja metrópole fica na América do Norte.

Não merecíamos um presidente tão fraco, capacho, borra botas, um lambe saco e ignorante como esse que foi eleito. Lamento muito ver o Brasil desfigurado, visto como um pária. Só falam em guerra, em invadir a Venezuela. Não sei até onde vocês se identificam com isso: "O vosso sangue vai encher o relvado” - Grupo terrorista Daesh.

Ricardo Mezavila.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Um elefante no meio da sala



Para quem votou em Jair Bolsonaro pensando que andaria em paz pelas ruas, rodeado por pardais e borboletas; que teria a tranquilidade de frequentar restaurantes, shoppings, teatros e cinemas sem medo de assalto; que seus filhos poderiam sair à noite e ficar conversando alegres nas esquinas, deve colocar as 'barbas de molho', o paraíso não está próximo.

O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse em entrevista ao 'Estadão' que a polícia, a partir de janeiro, vai atirar para matar: "A polícia vai mirar na cabecinha e...fogo!". Em nenhum lugar do mundo a polícia é treinada para isso. A 'guerra' ao tráfico, na minha opinião, é uma guerra contra a população que fica no meio do tiroteio servindo de alvo. Outros métodos precisam ser estudados para que a violência não se alastre ainda mais e se torne mais banalizada do que já é.


A confirmação dessa tragédia anunciada, se concretiza no convite prêmio a Sergio Moro para um Super Ministério que agrega a Justiça e a Segurança Pública. A aceitação do convite expôs a intenção da Lava Jato para quem ainda tinha dúvida; confirma o lawfare, a guerra jurídica que perseguiu e prendeu Lula.

E o que podemos esperar do Moro ministro? Uma caçada generalizada ao Partido dos Trabalhadores ? Agora como vidraça e com sua 'cultura' exposta, talvez o 'xerife' não possa chegar tão longe. O seu Ministério é complexo e demanda uma pauta não só política, não só regional, mas de técnica e competência. Periga o juiz ficar como um elefante no meio da sala.

Ainda sobre os Ministérios, o da Indústria e Comércio vão ser extintos. O futuro ministro e guru Paulo Guedes disse que "a indústria precisa se libertar dos industriais", numa clara alusão de que o capital brasileiro vai se render ao estrangeiro e ao rentismo. Com a redução do Estado, a reforma trabalhista e a da previdência, as conquistas da população vão ser reduzidas e quase extintas.

Começo a entender a lógica do 'armar o homem de bem'. Com visão futurista, o presidente eleito sabe que acabar com as indústrias é investir no desemprego em massa; dificultar a aposentadoria é jogar milhões de velhos na miséria. Então, ele dá uma arma para cada um, todo mundo atira e mata todo mundo, e o problema está resolvido. O Estado vai poder cuidar dos sobreviventes.

Ricardo Mezavila.

Trump, Israel e o MST


Que esse governo já é um desastre, só alguns ainda não arrependidos é que não sabem. Não está sendo preciso vestir a faixa, antes mesmo do natal e reveillon, antes da posse o presidente eleito já fez com que metade de seus eleitores se arrependessem do 17.

Alguns ainda o defendem por orgulho, outros sumiram e nem falam mais sobre política, aliás, esses só falam em época de eleição, por isso não têm argumentos e votam por manipulação e na total ignorância sobre a realidade econômica e social. São os 'pitaqueiros' de poltrona.


Um dos motivos pelo imediatismo do arrependimento, quarenta e oito horas apenas, foi a nomeação de seu ministério. Os quatro primeiros ministeriáveis estão sendo processados e um, pasmem, Alberto Fraga, está em prisão semiaberta. Quem votou por conta da 'limpeza' na política e contra a corrupção está rasgando o título.

A transição do governo Temer para o próximo já está sendo feita nos porões. A reforma da previdência é a prioridade dos dois. Sendo aprovada a reforma, o trabalhador terá que cumprir mais anos de contribuição, vai se aposentar mais velho e com menos salário. É um tabuleiro de maldades onde o sadismo dessa elite movimenta as peças de acordo aos seus interesses.

Além das atrocidades internas que estão por vir, como o enquadramento dos movimentos sociais como o MST, na lei anti-terrorismo, o presidente eleito já está sentado no colo de Donald Trump e do governo de Israel, causando mal estar com a comunidade árabe e grupos extremistas. Parece que Bolsonaro quer mostrar aos seus eleitores quem são os terroristas de verdade.

Ricardo Mezavila