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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

G.R.E.S. Manifestantes de Rua






Eles desfilam pelas ruas do centro da cidade e dividem-se em alas: mascarados, black bloc, vândalos, pixadores, baderneiros, anônimos e liberais. Fiéis ao enredo, repetem sempre o último desfile. Por onde passam as vidraças quebram de emoção, o patrimônio público é exaltado com palavras de ordem escritas nas paredes, serpentinas de pedras cobrem bancos e lojas, confetes de concreto e metal voam pelas esquinas em cima dos foliões fardados. Abrem o desfile as categorias de trabalhadores, passam pela avenida iluminada cantando refrões, carregam cartazes alegóricos com frases de efeito. São eles que não deixam o samba morrer, são os autênticos donos da festa. Há quem sinta saudade dos antigos carnavais, daquele tempo que não volta mais. A sensação é de que as coisas eram mais organizadas, a comunidade prevalecia, turistas eram minoria. Hoje o que vemos são estrangeiros infiltrados atravessando o ritmo. Não conhecem o samba e ficam abrindo a boca para disfarçar ou gritam em um idioma desconhecido. A escola não evolui porque a bateria não ensaia, cada um toca o que quer e quando quer. A harmonia do desfile é lenda urbana, todo mundo sabe que existe, mas nunca alguém viu. O que não muda é o perfume que vem dos camarotes. A elite governamental assiste a tudo do alto do seu desgoverno, influenciam nas notas dos quesitos, favorecendo os jurados com um benefício aqui e outro ali, e eles votam na escola preferida do contraventor oficial. Tem muito gringo nesse samba! A verdadeira raiz das manifestações precisa tomar, definitivamente, a bandeira da mão dos falsos passistas. O povo, como sempre, se aglomera nos lugares mais baratos ou assiste de casa pela televisão, que capta o que interessa para esvaziar ainda mais o nosso já tão desmanchado carnaval. Chegou a hora, não podemos mais aceitar o argumento, nem deixar que o samba seja alterado tanto assim. A nossa rapaziada está sentindo a falta de um cavaco, de um pandeiro e de um tamborim.

Ricardo Mezavila.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A mão do anjo

internet



Segure na mão desse anjo que está aí do seu lado. Ele é invisível somente aos olhos, fique certo de que você é capaz de enxergar de outra maneira. Acredite naquilo que você sente mesmo que não esteja vendo. Se ele está aí é porque quer te dizer alguma coisa, ouça-o dentro do silêncio dos seus ouvidos, intelectualize sem perder a pureza e tente seguir a sua descoberta. Agora vá lá e mostre que o teu trabalho é necessário e que todos precisam da tua coragem. 

Quando estiver indo não hesite, mas também não foque somente na chegada. As entrelinhas, assim como as margens, tem muito a dizer quando se está caminhando. Vá por onde veio, siga o mesmo caminho que te trouxe até aqui. Não ignore as mensagens que saltarão à sua frente, perceba que as marcas dos teus passos ainda estão no chão e elas podem ser o guia, a palavra que você está querendo ouvir dentro daquele livro que você está precisando ler.

Continue firme no teu caminho e não acredite em quem não se acredita; não valorize quem não se valoriza; não alimente quem não se alimenta; não sustente quem não se sustenta; não ame quem não se ama. Isso são pedras ilusórias que não podem estar presentes quando se busca viver a realidade. Se tropeçar em alguma, aperte “aquele” botão e siga com determinação que nada será capaz de fazer com que você caia ou desista.

Se acontecer a fraqueza, um instante que seja, é bom pensar nas coisas que te fizeram e ainda te fazem bem. Pense na alegria que você sentiu quando seu filho nasceu; na surpresa que foi a festa do seu aniversário; no orgulho que seus pais sentiram quando você se formou; na ansiedade do primeiro beijo; na música que te acalma porque faz com que você viaje para uma época da sua vida; mas pense, principalmente, que tudo isso está vivo ainda nos seus dias, que é só saber buscar.

Quando a tempestade não passar de um copo d’agua, beba-a com vontade e voe com as asas que acabaram de se abrir junto com o teu sorriso. As coisas mais simples são as mais difíceis quando buscamos beleza e realização fora delas. Tudo o que você precisa é conviver melhor consigo mesmo. Divirta-se com tudo e aproveite enquanto puder, queremos lembrar de você sempre sorrindo, contagiando de luz os corações que vivem ao seu lado.


Ricardo Mezavila