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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Em cartaz: 'Obsessão'






O nome é lava jato, mas o filme podia se chamar 'Obsessão', porque foi feito em cima da obsessão que o judiciário, a extrema direita e milhões de midiotas têm por Lula e pelo PT.

Na pré-estreia para convidados, a plateia 'morreu' de rir da cena que mostra o grampo criminoso da conversa entre Dilma e Lula. Entre os comensais estava a estrela do filme: Sérgio Moro.

A que ponto essa manada escrota chegou. Conscientes de que o filme não é uma peça de arte, que só foi realizado para perseguir Lula e o PT e agradar aos 'suínos', esconderam o nome do patrocinador.

Isso aí, o filme não dá crédito a quem financiou. O realizador da bosta não aparece porque o recurso, provavelmente, vem de algum órgão público.

O elenco é composto por aquela parcela tosca que frequentou os palanques da extrema direita no episódio do GOLPE.

Enquanto eles riem da nossa cara, Lula e o PT vão firmes e fortes na Caravana pelo Nordeste com momentos incríveis de emoção, recebendo carinho, apoio e a certeza de que essa obsessão é fugaz.



Ricardo Mezavila.



terça-feira, 29 de agosto de 2017

Branca de neve e a princesa negra




É comum, em uma discussão étnica, alguém usar da literatura e das artes em geral, para fazer comparações sobre os espaços ocupados por negros e brancos e os papéis que desempenham.

Está em cartaz a comédia "Deu a louca na Branca", com Cacau Protásio protagonizando uma Branca de Neve negra. O texto fala dos problemas da sociedade brasileira por meio de uma personagem fora dos padrões estabelecidos.

É uma estratégia muito batida que utiliza do senso comum de que toda princesa é branca, para contrariar a regra e 'pichar' nos velhos muros dos clichês.

A crítica é interessante, mas frágil. O estigma da princesa branca, loira e com os olhos azuis dos contos, deve-se à origem de seus criadores, na maioria europeus que, privilegiados, podiam estudar e escrever.

Para lá do 'Era uma vez...', princesas de verdade vivem em países menos cobiçados pela estética ocidental, como a princesa nigeriana Arewa Folashade Adeyemi, da família real de Oyo, região no sudoeste do país africano, que recebeu, recentemente, a medalha Pedro Ernesto da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Quantas princesas e príncipes africanos foram capturados e trazidos para cá e aqui escravizados? Quem pode garantir que um de nós não seja descendente da realiza africana?

Caso interessante, mas longe de ter sido um conto de fadas, foi o de Sarah Culberson que vivia com a sua família adotiva em West Virginia, até descobrir que seu pai biológico era membro da família real da tribo Mende na província do sul de Serra Leoa. Ela era na verdade uma princesa e foi convidada a conhecer sua família na África, criando lá uma Fundação para ajudar a reconstruir escolas destruídas na guerra civil.

De princesas e de príncipes o Brasil está cheio, só que longe dos roteiros fictícios, do radar social e do portão do palácio.

Ricardo Mezavila.


domingo, 6 de agosto de 2017

O Brasil de Temer






O Brasil de Michel Temer é, de saída, um país triste. A alegria saiu de cena, a esperança foi sepultada. As mãos dos ladrões embalam o berço esplêndido, açoitam o corpo do gigante que sonha com o fim da fraude.


A foice, símbolo do trabalhador camponês e o martelo, símbolo do trabalhador operário, foram feridos pelas reformas patronais na CLT e com a da Previdencia que estar por vir.


O Brasil de Michel Temer é sombrio, gelado, soturno, calado, sorrateiro, mocozado e careta. Muitos de nós, do povo, que tiramos a eleita Rousseff, somos assim também.


Trocamos a democracia tão valiosa, que nos custou tantas vidas, por uma sociedade sinistra de homens machistas, preconceituosos e que se comunicam através de sinais ocultos.


O Brasil de Michel Temer é rico para o rico e pobre para o pobre. Não tem meio termo, isso é isso e aquilo é aquilo. Homem é da rua, provedor e mulher é da casa, submissa, não há espaço para a discussão de gênero.


Apeamos da cadeira uma mulher e sua equipe democrática e colocamos um homem autoritário e sua equipe de estelionatários.


O Brasil de Temer não tem música, poesia, artes plásticas, dança e todo o tipo de cultura. É um governo de párias, vendidos e entreguistas.


O Brasil de Michel Temer não é o meu Brasil - preservado em toda a sua exuberânica estética e criativa - e o de milhões de brasileiros, que não navegam nessas águas sujas de dejetos políticos, onde pescadores de ocasião atiram seus anzóis para fisgar inocentes úteis.


Ricardo Mezavila.