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domingo, 18 de setembro de 2016

Na paz do senhor...



Originalmente, segundo as especulações religiosas, a frase ‘na paz do senhor’, significa um desejo de que a pessoa esteja na ‘companhia de Jesus.’ Tudo bem, mas estar na ‘companhia de Jesus’, também contém a mensagem subliminar de não estar na companhia do outro, daquele que a maioria das religiões alimenta para submeter os fiéis ao medo, a impotência intelectual e a inanição política.

As igrejas ensinam e pregam que existe alguma coisa nas trevas pronta para entrar e invadir a nossa casa. As portas devem estar fechadas e protegidas para que a ‘coisa’ fique do lado de fora e não perturbe a paz e a harmonia. No caso em questão a casa é a consciência crítica, esta não pode ficar livre e desimpedida para analisar fatos, deve sempre estar subordinada aos interesses dominantes. As portas dessas ‘casas’ possuem a proteção da subserviência de seus moradores obedientes e doutrinados pela cartilha maniqueísta, opressora e homofóbica.

Os ministérios eclesiais não diferem muito dos ministérios políticos no que diz respeito aos impedimentos do crescimento da massa do bolo. O ministro da educação do governo Temer  estuda fundir filosofia, sociologia, geografia e história no ensino médio, em uma ou duas matérias. Qual a finalidade disso? Seria a criação anticonspiratória da ‘escola sem partido’?

Os falsos profetas desse governo golpista querem mandar para o fuzilamento qualquer possibilidade de surgimento de uma geração de jovens conscientes e politizados. Querem que a juventude fique perdida em mundos alternativos longe das citações de filósofos como Karl Marx e Antonio Gramsci; educadores como Anísio Teixeira e Paulo Freire; longe de revolucionários poetas como José Martí e Vladimir Maiakovski; de líderes de esquerda como Fidel Castro e Luís Inácio Lula da Silva e de artistas engajados como Chico Buarque e Bob Marley.

Ateísmo à parte, mesmo porque Deus existe por convicção e não por provas, desejo que todos estejam na sublime paz do senhor, não aquele senhor que escraviza, manipula, exclui, pune  e cega, mas o senhor da liberdade de pensamento, comportamento e da diversidade.

Ricardo Mezavila



quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Deixe que eu responda, Dilma!



Quando a gente se posicionava contra o impeachment, que na verdade foi um Golpe, era porque não aceitaríamos o que já vem por aí: movimento conservador de ‘caça às bruxas’, de censura nas escolas públicas, restringindo a liberdade de expressão,  policiando professores e os acusando por doutrinação ideológica;

Perdas e o fim dos direitos históricos dos trabalhadores que atingirão a CLT e os aposentados; loteamento das áreas do pré-sal e perda da soberania sobre a produção de petróleo; judiciário, polícia federal e ministério público nas rédeas do executivo como antes;

Fim das investigações e perseguição seletiva contra os partidos e lideranças de esquerda; ascensão dos meios de comunicação e grandes contratos publicitários privilegiando uma única emissora;

Rompimento moral com os países emergentes do BRICS e a saída, ou extinção, do Mercosul; retorno ao FMI de pernas abertas para que nossas riquezas sejam postas em vitrines; subserviência aos EUA e as outras potencias, além da obediência aos interesses deles na América Latina, falando grosso com a Bolívia e fino com os EUA;

Vergonha mundial pelo fato de notórios corruptos, indiciados em vários crimes, impedirem o mandato de uma Presidenta democraticamente eleita sem que ela tivesse desviado um centavo para  sua conta.

O crime da Presidenta Dilma Rousseff foi não ter roubado, não ter evitado as investigações e, como eles mesmos disseram: “temos que botar o Temer para parar a sangria”.

Estamos todos derrotados e de cabeça erguida e, aos ‘vencedores’, um carimbo na testa para todo o sempre. GOLPISTAS!


Ricardo Mezavila é escritor