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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Todo mundo queria ter um dia de Novos Baianos



Quem nunca quis ficar em um sítio rodeado de árvores, de riachos e de amigos? O sol urbano é um desmaio súbito, um colapso inevitável; o sol camponês é a morte planejada, uma doença doce que escorre pela boca como pudim de leite.

A lua urbana é uma noiva em dúvida, uma menina menstruada e cheia de culpa; a lua camponesa é uma boliviana cantante, a musa das montanhas e a brisa da madrugada.
Todo mundo um dia queria, ou devia, ter o espírito dos Novos Baianos. Ver a menina no fundo do olho dançando, mesmo com tudo virado e já no tempo regulamentar.

A noite urbana é uma tela grandona com pessoas feias, festa estranha, gente esquisita; a noite camponesa é um violão com seis cordas, ou duas cordas, uma bicicleta com rodas, ou uma roda, mas que toca e nos leva pelas estreitas estradas de terra, de palhas e de grilos.

"Eu trocaria a eternidade por essa noite"


Ricardo Mezavila.

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