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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

A voz dos imbecis





O presidente fala que o INPE "mente sobre o desmata mento"; que a "FIOCRUZ não tem nenhum dado confiável sobre as drogas", que o "IBGE não sabe nada sobre desemprego".


Ele fala que "somente veganos se preocupam com o meio-ambiente"; que o "nazismo é de esquerda"; que o "exército não matou ninguém".


Enquanto fala, a Amazônia é agredida, não se faz pesquisa científica de tratamento contra as drogas e o desemprego atinge patamares históricos.


Enquanto fala, afasta ONGs voltadas para a defesa do meio-ambiente, tripudia em cima das ideologias e transfere a culpa da besta nazista, ignora os oitenta tiros militares contra uma família.


O presidente fala que "não houve tortura no regime militar"; diz que "perdoou o holocausto"; que vai fechar a Ancine porque "não pode filme com prostituta" e nem propaganda com transsexuais.


Ele fala que vai "presentear o filho com uma embaixada"; que sua família "pode viajar em helicóptero da FAB", que o "Brasil não pode ser rota de turismo gay".


Enquanto fala, centenas de famílias ainda choram seus desaparecidos, ofende a dor dos judeus e faz ameaças à cultura nacional.


Enquanto fala, comete nepotismo, privilegia parentes e, ao mesmo tempo em que se coloca contra o turismo gay, diz no mesmo contexto que "quem quiser fazer sexo com nossas mulheres, fique à vontade".


O presidente faz piada com o pinto do japonês; com a cabeça do nordestino; minimiza o trabalho infantil, diz que não há fome no Brasil, que jornalista tem que "pegar cana", que é "balela os documentos oficiais sobre a ditadura militar".


Enquanto o presidente, o "Johnny Bravo, porra", extravasa seus pensamentos tóxicos contra toda a sociedade, o Brasil vai saindo, definitivamente, das mãos dos brasileiros.


A serventia de Bolsonaro é falar o que seus eleitores pensam, é dar voz aos imbecis, é um falastrão trabalhando para desviar a atenção do país, enquanto o caminhão de mudança sai pelos fundos levando tudo.


Ricardo Mezavila.

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