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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Figueroa Alcorta 3415






Dezoito de julho é feriado no Uruguay, é o Dia do Juramento à Constituição. Aqui a 'jura de la Constitución' tem a importância de uma data pela independência. Difícil não pensar no Brasil da Constituição ferida pelo golpe de dois mil e dezesseis.

Sem malas embarcamos no Buquebus com destino a Buenos Aires, cidade de beleza caótica, principalmente com chuva, trânsito pessado, câmbio negro, Uber clandestino e 'lasanha' de ovo.


Sem nada nas mãos fica fácil percorrer as ruas com agilidade, assim pegamos o ônibus 130 até o MALBA - 'Museo de Artes Latinoamericana de Buenos Aires'. Sem pesquisa prévia, viagem 'bate e volta', não pesquisamos nada sobre a cidade.

Entramos no ônibus e tentei pagar a passagem com uma nota de cem pesos, o conductor não pegou o dinheiro e com as mãos indicou que entrássemos.

No MALBA curtimos um dos quadros mais importantes das Artes Plásticas brasileira: O Abaporu, de Tarsila do Amaral. O museu tem um acervo de fotografias da época da ditadura militar, com a repressão nas ruas e no campo. Os quadros de artistas cubanos e panamenhos também são destaques.

Do MALBA fomos para a Plaza de Mayo. A chuva inibia que as pessoas se concentrassem por ali, mas as faixas, bandeiras, assim como um pequeno acampamento resistiam ao frio e mantinham acesa a luta histórica por justiça.

Fotos básicas da Casa Rosada voltamos ao Puerto Madero, depois do insucesso de entrar no 'Café Tortoni' por conta de uma fila enorme, embarcamos de volta, viagem de uma hora e quinze pelo Rio de la Plata até Colônia del Sacramento. O Buquebus parece um shopping com Duty Free, cafeteria e bar.

De turista no Uruguay, passar pela imigração para ser turista na Argentina, causou um fato insólito: No bolso esquerdo da calça, pesos argentinos; no direito, pesos uruguayos e no de trás, reais brasileiros. A tríplice aliança.

Ainda no 130, notamos que os passageiros pagavam a passagem com cartão, não se aceita dinheiro. Quando a porta abriu em frente ao MALBA, não quis incomodar o conductor, mesmo porque tem uma placa pedindo para não 'molestá-lo', descemos com a sensação de, ou demos um calote na Avenida Dr. Figueroa Alcorta, ou o hermano é muito gente boa e não quis cobrar a passagem.

Ricardo Mezavila.

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