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sábado, 17 de fevereiro de 2018

Intervenção militar não é bom nem pro Rio e nem para o Brasil



A intervenção militar no Rio soa, dentro do atual caos político, como um golpe de estado em curso. Sabemos que a origem da violência vem da incapacidade da criação de um modelo de educação eficiente que seja, ao mesmo tempo, preventivo e pedagógico.

No atual estágio não há solução a médio prazo, só a longo. A culpabilidade pela edificação da violência está nos frequentes desmontes de programas educativos e sociais de um governo por outro, atendendo a interesses de uma classe em detrimento de outra.


Quando a sociedade experimentou, pela primeira vez, como seria um país com mais oportunidades na educação para aqueles que nunca estiveram no radar social e acessos a bens de consumo pela classe assalariada, os privilegiados sentiram-se inconformados e arrastaram a classe média pelos caminhos obscuros do impeachment.

A segurança do Rio de Janeiro está nas mãos de um general e isso vai fazer crescer a sensação de que o Brasil precisa mesmo disso, de uma intervenção militar. As viúvas e viúvos do regime autoritário, do AI-5, dos tanques nas ruas, das torturas, estufarão seus peitos e voltarão às ruas triunfantes.

O risco de que isso sirva de modelo para o país todo é iminente, e ainda seria uma solução para a exclusão definitiva de Lula, pois não haveria eleição em outubro, e colocaria os Partidos com programas progressistas à margem do processo político.

O momento é muito delicado, a violência realmente é intensa, medidas devem ser tomadas, mas precisamos ficar alertas para que isso, a intervenção militar, não comece como um expediente para tratar da segurança pública e se torne uma solução para todas as questões do país.

Ricardo Mezavila.

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