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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Olha a banana, olha o bananeiro



Na escola aprendi que 'a justiça tarda, mas não falha' e que 'a justiça é cega'. Entendia que isso norteava nossas decisões, servia para que respeitássemos os direitos individuais e coletivos. As leis são feitas para que nosso comportamento e atitudes sejam compatíveis com a forma que nos relacionamos com pessoas e instituições.

Meus pais sempre foram trabalhadores e honestos, cumpridores dos deveres tributários estabelecidos. Cidadãos conscientes de suas obrigações e atentos com a nossa criação, para que fôssemos justos e corretos.

Aqui nesse país esses valores se perderam, a justiça é falha e cega quando convém. Estamos vivendo a pior das ditaduras, a do judiciário. O cidadão não tem mais a quem recorrer, está sozinho. Aquela 'última instância' que servia de alento e esperança foi violentada e apodrece nos tribunais.

Se juízes, procuradores e desembargadores, cargos respeitadíssimos no passado, são capazes de condenar uma personalidade como Luis Inácio sem nenhuma prova, imaginem o que podem fazer depois disso...

Esses bandidos togados são instrumentos perversos que homologam a retirada de nossos direitos. Esse país que era considerado e admirado no mundo, que atravessou a crise de 2008 como marola, que pagou a dívida externa, que emprestou dinheiro para o FMI, que viu aumentar o número de escolas técnicas e universidades, que levou para a sala, e fez com que milhares de jovens trocassem a enxada pelo lápis; esse país agora é uma republiqueta.

Como sustentar um país sem produção? A falta de produção gera desemprego, o desemprego gera a falta de consumo, a falta de consumo gera défict na arrecadação. As empresas lucrativas como a Petrobrás e a Eletrobrás foram repartidas com o capital estrangeiro e ainda vem mais por aí.

O neoliberalismo vai chegar a um ponto que a república bananeira vai falir, então vão meter a mão na sua aposentadoria. Não há limites para as rapinas. O pior é que todo mundo já devia ter percebido que entregamos o país para uma quadrilha esfomeada e subserviente aos interesses das grandes nações.

Esse país, que um dia teve nome, não vai passar de um mero celeiro reprodutor de terceirizados, não trabalhadores, porque trabalhador era aquele cidadão como o meu pai.

RIcardo Mezavila.

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