A
Rio 2016 segue tranquilamente, graças à ação dos agentes federais que prenderam
nossos ‘terroristas’ antes que eles roubassem umas galinhas. Tudo favorável
dentro da organização desde o início, quando tiveram a habilidade e o bom senso
de não anunciar o nome do presidente Golpista, o que não evitou vaias quando o
provisório leu o texto de abertura.
Dentro
das arenas tudo corre às mil maravilhas, fora também. O brasileiro é
hospitaleiro e ‘bonzinho’. Aqui prevalece a máxima de que ‘tá tudo ruim, mas
temos que respeitar as olimpíadas’. Foi assim em 1936 na Alemanha. Respeitaram
demais os jogos olímpicos e, por uns dias, esqueceram o golpe nazista. Às favas
o espírito olímpico.
Quando
os jogos terminarem a gente volta a gritar ‘Fora Temer’, porque agora está
proibido. A força de segurança está prendendo quem se manifestar contra os
Golpistas. O estado de exceção e a
censura estão disputando medalhas.
Michael
Phelps desliza na água como Gisele na passarela do Maracanã. Seus braços
parecem dois remos e suas mãos duas pás, é um mito olímpico, quase imbatível.
Usain Bolt é uma estrela, mas não um mito. Falta a Bolt a desarrumação de sua
constelação e seu realinhamento de forma natural. A impressão é de que as
estrelas brilham, mas se caírem, não voltam mais.
No
mais, nossos atletas não possuem a menor chance frente aos ‘gigantes’ olímpicos,
são atletas de comunidades contra atletas de universidades. São competidores
avulsos que só recebem apoio quando entram nas arenas para perderem. E os
cubanos? Onde estão os cubanos? Que saudade daqueles heróis comunistas da
pequena ilha que afrontavam as potencias ocidentais e eriçavam a barba de Fidel
Castro.
No
esporte mais popular somos, como sempre, um fracasso. Um despretensioso craque
ensina seus seguidores a serem como ele, um fanfarrão que ostenta dribles
improdutivos, dispersos e descompromissados.
Terminando
a olimpíada começa a paralimpíada, que é muito mais emocionante, com atletas
brasileiros competitivos que se entregam com raça e disposição. Enquanto isso
vamos fugindo da polícia, porque em tempo de olimpíada quem encanta é a Anita.
Ricardo
Mezavila
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