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terça-feira, 9 de agosto de 2016

Comunidade x Universidade






A Rio 2016 segue tranquilamente, graças à ação dos agentes federais que prenderam nossos ‘terroristas’ antes que eles roubassem umas galinhas. Tudo favorável dentro da organização desde o início, quando tiveram a habilidade e o bom senso de não anunciar o nome do presidente Golpista, o que não evitou vaias quando o provisório leu o texto de abertura.

Dentro das arenas tudo corre às mil maravilhas, fora também. O brasileiro é hospitaleiro e ‘bonzinho’. Aqui prevalece a máxima de que ‘tá tudo ruim, mas temos que respeitar as olimpíadas’. Foi assim em 1936 na Alemanha. Respeitaram demais os jogos olímpicos e, por uns dias, esqueceram o golpe nazista. Às favas o espírito olímpico.

Quando os jogos terminarem a gente volta a gritar ‘Fora Temer’, porque agora está proibido. A força de segurança está prendendo quem se manifestar contra os Golpistas.  O estado de exceção e a censura estão disputando medalhas.

Michael Phelps desliza na água como Gisele na passarela do Maracanã. Seus braços parecem dois remos e suas mãos duas pás, é um mito olímpico, quase imbatível. Usain Bolt é uma estrela, mas não um mito. Falta a Bolt a desarrumação de sua constelação e seu realinhamento de forma natural. A impressão é de que as estrelas brilham, mas se caírem, não voltam mais.

No mais, nossos atletas não possuem a menor chance frente aos ‘gigantes’ olímpicos, são atletas de comunidades contra atletas de universidades. São competidores avulsos que só recebem apoio quando entram nas arenas para perderem. E os cubanos? Onde estão os cubanos? Que saudade daqueles heróis comunistas da pequena ilha que afrontavam as potencias ocidentais e eriçavam a barba de Fidel Castro.

No esporte mais popular somos, como sempre, um fracasso. Um despretensioso craque ensina seus seguidores a serem como ele, um fanfarrão que ostenta dribles improdutivos, dispersos e descompromissados.

Terminando a olimpíada começa a paralimpíada, que é muito mais emocionante, com atletas brasileiros competitivos que se entregam com raça e disposição. Enquanto isso vamos fugindo da polícia, porque em tempo de olimpíada quem encanta é a Anita.


Ricardo Mezavila

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