O
governo Dilma Rousseff pode estar chegando ao fim de maneira insólita porque,
apesar de estar sofrendo impeachment, que é constitucional e decreta a perda
dos direitos políticos do presidente afastado e o seu isolamento, ela goza de
prestígio e apoio popular aqui e no exterior.
Se não
fosse no Brasil, jamais os ‘cafajestes’ estariam derrotando uma mulher com a
história de lutas pela democracia e liberdade da Presidenta Dilma, em um período
onde os cassetetes e as torturas ditavam as regras.
A
democracia não sai só ferida e deformada, ela mostra o quanto ainda é frágil em
um país onde os oprimidos apoiam os opressores; os trabalhadores carregam como
símbolo um pato confeccionado pelo ‘clube’ dos seus patrões; a população maquiada
com as cores da bandeira manifesta-se, inocentemente, como torcedor de cadeira
numerada.
As cartas
no senado estão marcadas, não agora, mas desde sempre, desde a primeira
constituição de um congresso nacional, criada junto com a primeira constituição
imperial brasileira, em 1824, quando já tinham assento e tramavam soturnamente os
‘anastasias’ da vida.
O
crime de responsabilidade a qual se baseiam os Golpistas não se sustenta, não houve
nenhum ato da Presidenta que já não tenha sido feito por seus antecessores. O
Tribunal Internacional, formado por juristas de países isentos, foi unânime em
declarar que a Constituição brasileira está sendo violada juntamente com a Convenção
Interamericana dos Direitos Humanos e o
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos.
A
Presidenta Dilma Rousseff aparentemente sai perdendo, mas na verdade, quem
perde e deixa um legado negativo para a história são os GOLPISTAS. Os que estão
fugindo da justiça, e aqueles que vão trocar seus votos por cargos, não que
isso não seja uma prática, mas o momento é delicado, eles não estão votando pela
aprovação de um projeto parlamentar, estão atentando contra o maior patrimônio que
um povo tem: A Democracia.
Ricardo
Mezavila
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