As
coisas estão se desmontando, as panelas adormecem nos armários, os que aderiram
ao impeachment estão desmoralizados, os domingos cariocas estão sem os
‘coxinhas’ uniformizados passeando nas praias, a FIESP não serve mais filé mignon aos patos na avenida Paulista.. A conta do GOLPE está chegando e
não vai ficar barato.
Muitos
deputados que votaram veementemente pelo SIM no Congresso, naquele circo dos
horrores, quando dedicaram seus votos às causas mais estapafúrdias, estão
escondidos da vida pública.
Como
o deputado de Minas Gerais, Caio Nárcio, do PSDB, que justificou seu voto
dizendo, enrolado em uma bandeira brasileira: "Por um Brasil onde meu PAI
diz que decência é obrigação...". O pai do deputado, que é ex-deputado,
foi preso nessa manhã por corrupção.
Quinze dias passados e o novo governo, o que iria salvar a pátria passa todo o seu
tempo tentando salvar seus párias. O cerco está fechando em torno dos
GOLPISTAS, após a divulgação das gravações do ex-presidente da Transpetro,
Sérgio Machado.
Um
ministro caiu em uma semana e, agora, um outro, o ministro da transparência,
Fabiano Silveira, também está pendurado depois que aconselhou o presidente do
senado, senador Renan Calheiros, a escapar das investigações e desestabilizar a
operação lava jato.
Sem
falar que o governo GOLPISTA acabou com os subsídios para programas sociais
como o Minha Casa, Minha Vida, para a primeira faixa, aquelas famílias com
renda até mil e oitocentos reais. Decretou o fim do Ministério da Cultura,
tornando-o um ‘puxadinho’ do Ministério da Educação.
O
Congresso aprovou a meta de déficit primário de cento e setenta bilhões, economia
que o governo tem que fazer para pagar os juros da dívida, mas negou o mesmo
benefício ao governo da Presidenta Dilma, mesmo com o déficit de oitenta
bilhões, que representa menos da metade do atual aprovado, para provocar o
aumento da crise econômica e a consequente impopularidade da Presidenta.
O
governo fantasma avança na lama que se alimenta, criou a bravata da luta contra
a corrupção e montou uma organização para acabar com os processos de investigações
vigentes, ‘estancar a sangria’, como eles mesmos disseram, e agora são reféns
de seus crimes parlamentares.
Em
tempo: o estupro coletivo sofrido pela menor no Rio desnudou o machismo da
nossa sociedade e a banalização da vida. O excesso de exposição virou obsessão,
quanto mais hediondos forem os vídeos e as fotos, mais orgulhosos ficam seus
autores.
Ricardo
Mezavila.
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