Tudo
começou na tumultuada passagem da faixa presidencial do sociólogo e professor,
representante da elite, que lecionou na Europa e EUA, para o presidente eleito;
o metalúrgico e nordestino, formado na vida, oriundo da classe trabalhadora. Houve
ali, na transmissão da faixa, o simbolismo da negação dos direitos de justiça,
da inconformação do resultado das urnas, da insuportabilidade de admitir um
estranho ao sistema assumir o cargo máximo da República.
Um
dia isso tinha que acontecer, mas não imaginavam que o “peão” iria se
transformar no político mais respeitado da América Latina e uma das maiores
lideranças do planeta. Quem disse isso? Muitos disseram isso, mas os títulos
que o torneiro mecânico recebeu mundo afora falam muito mais. Foi homenageado
com uma estátua nos jardins das Organizações dos Estados Americanos – OEA.
“Vocês
pensam que Lula é um tesouro de vocês, mas é um tesouro Global”. Esse
pensamento de Bono Vox (ele mantém uma organização - ONE - que luta por
igualdade), qualifica a importância do ex-presidente para o mundo.
Muito
contrariada, a elite brasileira, ainda teve de engolir uma mulher suceder o
operário, e sentar na cadeira que foi dela por mais de meio milênio.
A
política gosta de celebrar a ignorância, as excrescências de ideias, mas, por
outro lado, algumas vozes, como a de Marieta Severo, amenizam e indicam
direções, como na resposta a uma tentativa de manipulação: “Eu sou, sempre,
otimista. Não acho que nós sejamos o país da desesperança. Para mim, tem uma coisa
que é muito importante, a inclusão social”.
Ricardo
Mezavila.
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