Pode entrar,o Blog é seu! Welcome to Blog! Since 30 july 2011

domingo, 8 de novembro de 2015

Tsunami, dólar falso e a consulesa



gárgula


Mesmo com o mundo desmoronando sobre sua cabeça depois das revelações de suas contas na Suíça e EUA, de ter sido pego em mentira na comissão parlamentar de inquérito, de estar desmoralizado perante a opinião pública e seus pares no Congresso, E.Cunha se mantém impávido como Muhammad Ali. Se a tsunami de lama, provocada pela queda da barragem da mineradora, encontrasse Cunha pelo caminho, provavelmente ele não se desviaria de sua fúria, ficaria tranquilo e infalível como Bruce Lee.

Parece um daqueles bonecos de cera do Madame Tussauds, uma múmia dentro de um sarcófago na pirâmide no Egito, um animal empalhado enfeitando a parede de um colecionador, ou uma gárgula esculpida no Père-Lachaise.

Na visita do príncipe Akishino ao Congresso, madame Cunha estava tão, ou mais constrangida, do que o deputado sem senso crítico que mostrou uma cartolina ao príncipe, pedindo impeachment da Dilma.

Constantemente E.Cunha é alvo de manifestos dentro da câmara. Suas coletivas à imprensa já foram interrompidas sob questionamentos como, “vossa excelência tem conta na Suíça?”, ou, como aconteceu recentemente, um manifestante desejou um balde de notas de dólares falsos sobre sua cabeça.

Como na canção “um índio” de Caetano, E.Cunha queria poder ter sempre estado oculto, mas se esqueceu que os tempos são outros, já não se rouba como antigamente.

À platéia que ainda apoia essas escórias e acredita que o Brasil é o mesmo, aconselho assistir a um vídeo em que a consulesa francesa Alexandra Baldeh, em entrevista ao inexpressivo Jô Soares, reflete dizendo que o sistema de cotas no Brasil é uma humilhação. Logo foi interrompida por aplausos e o entrevistador disse  que o sistema é racista.

Assim que a platéia terminou a manifestação de burrice, a consulesa completou dizendo que o sistema é a única forma, mais de cem anos após a abolição, de se fazer justiça e nivelar a sociedade. Todo mundo que aplaudiu, inclusive o J.S., enfiou a língua naquele lugar.

Ricardo Mezavila.


Nenhum comentário:

Postar um comentário