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sábado, 31 de outubro de 2015

Crônica de um sábado qualquer


Up


Ouvindo uma música de Gilberto Gil, tive aquela sensação que todos sentimos quando o vento da lembrança balança as folhas no jardim do tempo. Ele cantava ♫ o melhor lugar do mundo é aqui e agora ♫. E é isso aí mesmo, as melhores coisas nas nossas vidas estão acontecendo exatamente agora e aqui, mas só vamos nos dar conta disso daqui a um tempo, quando o agora for o “antes” e o aqui for o “naquele lugar”.

Se você não consegue enxergar beleza nas coisas simples que faz hoje, então tente lembrar das coisas simples que você fazia antes. Com certeza vai surgir uma ponta de saudade e de melancolia boa. No mínimo você vai lembrar que estava com a saúde mais regular, tinha menos problemas que agora, sentia mais graça nas coisas, vivia mais presente nas vidas das pessoas que estão mais distante agora, algumas para sempre.

Mesmo com a sensação de que fomos mais felizes no passado, não sentíamos isso, porque no passado também achávamos que no passado tínhamos sido mais felizes. A verdade é que a gente só consegue dar valor à vida quando ela passa; só sentimos felicidade quando o hoje  vira ontem; só vemos o valor daquilo que foi para o lixo.

Antes de acreditar que no futuro tudo será diferente, saiba que no presente tudo já está sendo assim, mas só vamos saber disso amanhã. Valorizar o que se vive aqui e agora é ter a certeza de que o tempo está sendo aproveitado da melhor forma, que estamos em pleno desenvolvimento.

Respire e sinta-se feliz porque é isso o que você é, uma pessoa feliz. Tente imaginar o que você faz hoje sendo relembrado no futuro, sua saúde, sua família, seus amigos, seu emprego, sua faculdade, a oportunidade de estar vivo e perceba que o melhor lugar do mundo, concretamente, é aqui e agora. Depois sinta o vento balançando as folhas no jardim do tempo.

Ricardo Mezavila.





Um comentário:

  1. Caro Ricardo gostei muito de sua crônica, e lhe digo há diferença entre lembrar e recordar... Diria que recordar é saudoso e melancólico por vezes, mas também traz uma saudade alegre... Lembrar é coisa que pode ir do passageiro para o obscesivo.

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