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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Impizzament

internet


Nunca entendi bem o que foi o “Junho de 2013”. As ruas tomadas por uma geração apartidária, que parecia cansada do “tudo do mesmo”, e decidida a mudar as estruturas do poder. Não eram representados por ninguém, eram índios e estudantes; professores e black blocs cativando as pessoas, convencendo-as a saírem do conforto de suas casas e lutarem por seus direitos.  O que foi aquilo? Com certeza não regrediram e se tornaram essa gentalha da classe média que foi às ruas gritar “fora Dilma.”

Não tenho dúvidas de que, se o movimento tivesse crescido com responsabilidade, que se fosse construtivo e carregado de propostas positivas e concretas, o governo federal, através de seus representantes nas casas legislativas, teria acolhido suas reivindicações populares. Porém, parece que houve infiltração de grupos opositores, reacionários e conservadores, que preferem o país dos ignorantes e despolitizados.

E, de repente, não mais que de repente, as coisas vão retornando aos seus lugares. A Lamborghini e a Ferrari voltaram, sem arranhões, à garagem da Dinda; as portas da Papuda reabriram para receber Pizzolatto, o italiano paraguaio; os dólares das contas suíças de Cunha estão retornando pelo esgoto de onde saíram; a oposição, cansada de destilar ódio, começa a aceitar que as eleições terminaram; os inocentes úteis que faziam selfies nas manifestações e os paneleiros de plantão foram descartados, não lembram de nada, estão no silêncio de seus mundos individuais.

O pessoal do “impizzament” sucumbiu ao fato de que no governo tem uma mulher forte, que sofre discriminação e a rejeição por usar saias em um cargo que, até então, só vestia calças; que venceu um câncer em pleno mandato; que foi torturada fisicamente quando lutava pela liberdade que temos hoje, que mantém ilibada sua figura pública, e que, apesar de todas as manobras, não vai desistir de cumprir a legitimidade de seu mandato até o fim.



Ricardo Mezavila

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