Há poucos dias os chineses ficaram apavorados quando viram uma cidade flutuante no
céu, sobre nuvens. Os cientistas tentaram explicar dizendo que a hipótese mais
provável do fenômeno, é que seja uma miragem causada por uma ilusão de ótica
chamada Fata Morgana, quando uma camada da atmosfera é aquecida pelo sol, mas a
camada de baixo permanece fria, e que essa diferença de temperatura gera
diferentes densidades. E que quando o raio de luz solar passa de uma densidade
pra outra ele é refratado, fazendo com que seu ângulo mude.
Alguns
acreditam que a cidade foi vista porque houve uma rachadura na parede invisível
que nos separa de um outro universo. Seria algo parecido com o Nosso Lar, colônia
espiritual, onde espíritos se reúnem para aprender e trabalhar entre uma
encarnação e outra, segundo livro psicografado por Chico Xavier. No Nosso Lar
os espíritos são submetidos à lei de causa e efeito do que viveram na Terra.
Outra
provável especulação sobre o fenômeno é mais tateável, porém absurda. Alguns
conspiradores elaboraram a tese de que a NASA desenvolve um projeto chamado blue
beam, algo como Projeto Feixe Azul, que pretende criar uma nova ordem
mundial. Para isso eles preparam hologramas, que se assemelham à cidade flutuante,
e criarão uma nova religião de onde surgirá o anti-cristo, que governará o
mundo. O que os chineses viram, supostamente, seria um teste do projeto.
O
fato é que estamos caminhando para um universo cada vez mais virtual, do ponto
de vista dos entretenimentos e até das relações. Não acredito em nenhuma dessas
hipóteses, mas também não me admiraria se uma delas fosse real. Vivemos em um
tempo onde tudo pode acontecer, nada pode ser desconsiderado. Desde o surto de
uma ilusão coletiva que enxerga a silhueta de edifícios nas nuvens, à arquitetura
de uma cidade de rios azuis, pássaros brancos e campos verdes, como sugere o clássico
da literatura espírita.
Ricardo
Mezavila
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