Infelizmente estamos chegando ao início da previsão feita em 1995, por um funcionário de
FURNAS, em palestra na Casa do Menor Trabalhador, ONG onde eu lecionava informática;
ele disse que em alguns anos faltaria água no planeta. Disse que o elemento com
a fórmula química H2O, composta por um átomo de oxigênio e dois de hidrogênio, seria
disputado pelos continentes mais até do que é o petróleo e foi o ouro no
passado.
A
falta de chuva tem colaborado, mas a causa pela falta da chuva não é natural, é
antrópica, é resultado da atuação humana, que pensa que os recursos naturais
são infinitos. Especialistas dizem que a
falta de água é inevitável, que era cenário anunciado. Li que Noé foi alertado
por Deus para que construísse uma arca e salvasse as espécies das consequências
do dilúvio.
Muitos
escritores de auto-ajuda têm o mote certeiro de que o presente, o dia de hoje,
deve ser vivido como se fosse o último, aquele dia que a gente tem para fazer
tudo o que não fez. Eu acho que ainda dá tempo de verificar se tem alguma
torneira aberta inutilmente, se há desperdício de água pela vizinhança, se estamos
no controle do consumo exacerbado de água. Assim não precisamos adotar essa
literatura para manter a espécie viva.
A
carência, ou a total inexistência de água potável é motivo para o fim da raça
humana. Mas, eis que surge uma dúvida no botequim e que ainda não tenho a
resposta: “Se faltar água vai faltar cerveja também?” Sinceramente não sei
responder. Até onde eu sei a cerveja tem a água como ingrediente indispensável.
Não consigo imaginar alguém com o cotovelo no balcão do bar pedindo um pedaço
de cerveja para mastigar como se fosse rapadura.
Ainda
sobre a luta pela sobrevivência, assisti ao filme “Gigantes de Aço”, que parece
um filme sobre vídeo games, robôs e lutas futuristas e decadentes. A sinopse
não me levaria até ele, mas Dindi, minha irmã, assistiu e disse que eu deveria
dar uma chance, mesmo sabendo que não era o tipo de filme que me atrai. Comecei
a assistir por educação, mas no final acabei emocionado.
Obrigado
Dindi, bela película! Charles, o boxeador fracassado no ringue e na vida, que
já tinha desistido de tudo, encontrou apoio em quem acreditava que ele seria
capaz e venceu o “poderoso” Zeus, o imbatível robô lutador. Isso me remete ao
incrível Fernando Pamplona e às metáforas de Joãosinho Trinta. Sugiro,
carnavalescamente falando, que nesse carnaval, o enredo de Momo seja um remaker
da Mocidade de 1991 para que, quem sabe, tudo volte ao normal e Paulinho Mocidade
volte a cantar: ”É no chuê chuê/ é no chuê chuá/ não quero nem saber/ as águas
vão rolar.”
Ricardo
Mezavila
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