Fazendo
uma rápida busca na Internet, encontrei essas opiniões simplistas sobre “esse
pessoal dos direitos humanos” que reproduzo aqui: “Direitos humanos só existe
para vagabundo. Para trabalhador não existe. Por isso que apoio em parte uma
intervenção militar”. / “Esses esquerdistas de merda só sabem é defender
direitos humanos pra bandidos, passar a mão na cabeça de bandido” /“O pessoal
dos direitos humanos culpa o "sistema" pela violência e isentam
assassinos e criminosos de suas culpas, atribuindo tudo à desigualdade
social"
Afinal:
quem é esse “pessoal dos direitos humanos” que tanta gente fala? Será lenda
urbana? Não. As pessoas se habituaram a utilizar esse clichê para desabafar
contra um estado social falido em que todos somos responsáveis. Com pouca ou
nenhuma leitura sobre quem atua na área dos Direitos Humanos, as pessoas vão
desfiando a colcha e atirando fiapos para todos os lados.
Vou
citar um exemplo clássico: Existe uma ONG aqui no Brasil, fundada por artistas
que se intitulam “Humanos Direitos”, que se aproveitam da notoriedade para
aparecer na mídia. Como vivem da imagem, alguns artistas manifestam-se em temas
polêmicos como: o massacre no Carandiru, na Candelária, em Vigário Geral, para
citar alguns. Surgem como defensores dos direitos humanos, contrariando boa
parcela da sociedade que é de opinião de que quem morreu foi bandido. Talvez
isso deixe uma marca negativa e explique a razão da descrença da população.
Os
Direitos Humanos são assegurados pela Constituição Federal e por diversos
tratados internacionais em que o Brasil é parte. No âmbito governamental
existem diversos órgãos como: Secretaria Especial de Direitos Humanos da
Presidência da República; Conselhos Nacionais e Estaduais; Comissões de Direitos
Humanos da Câmara dos Deputados; das Assembléias Legislativas; Câmaras
Municipais; Defensoria Pública e Ministério Público. Todos esses órgãos estão à
disposição do cidadão que sentir seus direitos ameaçados ou feridos.
Em
um campo ainda maior, eu acredito que garantir e proteger os Direitos Humanos é
um dever de todos nós. “Esse pessoal dos direitos humanos” é uma expressão
idiomática desgastada, cansativa e não cria nenhum efeito positivo. É uma
reação pronta para eximirmos a culpa de sermos apolíticos e passivos, além de
se tornar uma peça de marketing para quem quer a intervenção militar utilizando
um outro velho chavão: “Isso é coisa de subversivos.”
Ricardo
Mezavila
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