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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

“Esse pessoal dos Direitos Humanos”

internet



Fazendo uma rápida busca na Internet, encontrei essas opiniões simplistas sobre “esse pessoal dos direitos humanos” que reproduzo aqui: “Direitos humanos só existe para vagabundo. Para trabalhador não existe. Por isso que apoio em parte uma intervenção militar”. / “Esses esquerdistas de merda só sabem é defender direitos humanos pra bandidos, passar a mão na cabeça de bandido” /“O pessoal dos direitos humanos culpa o "sistema" pela violência e isentam assassinos e criminosos de suas culpas, atribuindo tudo à desigualdade social"

Afinal: quem é esse “pessoal dos direitos humanos” que tanta gente fala? Será lenda urbana? Não. As pessoas se habituaram a utilizar esse clichê para desabafar contra um estado social falido em que todos somos responsáveis. Com pouca ou nenhuma leitura sobre quem atua na área dos Direitos Humanos, as pessoas vão desfiando a colcha e atirando fiapos para todos os lados.

Vou citar um exemplo clássico: Existe uma ONG aqui no Brasil, fundada por artistas que se intitulam “Humanos Direitos”, que se aproveitam da notoriedade para aparecer na mídia. Como vivem da imagem, alguns artistas manifestam-se em temas polêmicos como: o massacre no Carandiru, na Candelária, em Vigário Geral, para citar alguns. Surgem como defensores dos direitos humanos, contrariando boa parcela da sociedade que é de opinião de que quem morreu foi bandido. Talvez isso deixe uma marca negativa e explique a razão da descrença da população.

Os Direitos Humanos são assegurados pela Constituição Federal e por diversos tratados internacionais em que o Brasil é parte. No âmbito governamental existem diversos órgãos como: Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República; Conselhos Nacionais e Estaduais; Comissões de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados; das Assembléias Legislativas; Câmaras Municipais; Defensoria Pública e Ministério Público. Todos esses órgãos estão à disposição do cidadão que sentir seus direitos ameaçados ou feridos.

Em um campo ainda maior, eu acredito que garantir e proteger os Direitos Humanos é um dever de todos nós. “Esse pessoal dos direitos humanos” é uma expressão idiomática desgastada, cansativa e não cria nenhum efeito positivo. É uma reação pronta para eximirmos a culpa de sermos apolíticos e passivos, além de se tornar uma peça de marketing para quem quer a intervenção militar utilizando um outro velho chavão: “Isso é coisa de  subversivos.”


Ricardo Mezavila

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