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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Marina e o paintbrush



Quando fiz uma cara de tigre “aparecer” no início de um programa de bando de dados “IACEI” (inclusão, alteração, consulta, exclusão, imprimir), para os alunos do curso de programação de um cursinho, há mais de vinte anos, me senti como se tivesse realizado uma mágica, a receita de uma poção qualquer que trouxe para a tela a cara do tigre. Ooohhhh! Foi o que ouvimos na sala de aula naquela tarde de um sábado ensolarado, e ainda não havia Harry Potter.

Não vou conseguir reproduzir, mas lembro que usávamos DO WHILE ; ; [EXIT]; [LOOP]; ENDDO. Depois compilávamos o arquivo executável .exe que, quando rodado, dava início ao programa. As coisas mudaram, evoluíram, atualmente os procedimentos tecnológicos são necessários e acabamos nos tornando dependentes de teclados, telas e mídias. Não ficamos mais admirados com as ilusões que, sem perceber, ainda continuam acontecendo, mas no mundo real.

A cara da candidata Marina, por exemplo, não chega a assustar, nem é novidade no meio político, como a cara do tigre lá do cursinho, mas representa uma mudança de atitude, alguma coisa de velho em um modelo pintado com as tintas do novo, alaranjada, diferente das cores naturais do felino, mas com  presas mais ferozes e famintas. 

A cara da candidata parece uma aquarela borrada. Do Xapuri ao inferno, ela tenta pintar uma tela, mas cada traço é um desafio que deixa o futuro ácido e pesado, como as árvores que um dia foram suas amigas e, que agora, não são convidadas para o batizado da “nova’ dama da república Natura, e dos agronegócios, cada vez mais negócios. Tem muito pavio na relação do fósforo (capital) com a pólvora (floresta), o que faz com que os animais fiquem longe da natureza, com medo de um incêndio.

Na disputa entre as cores, a vermelha ainda é a mais consistente, a que trouxe a discussão política para os assuntos cotidianos e que nos fez ler os manifestos políticos e sociais do mundo do lado de lá. O blush do rosto da candidata que chamou Chico Mendes de “elite” e que se virou para a construção da Rede Solidariedade, por oportunismo, vai acabar se concretizando, solidificando em uma máscara quase real, capaz de enganar, mas sem força para permanecer sem que as tintas comecem a derreter.

Ricardo Mezavila.


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