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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Colação de grau (no lugar de uma “beca”)



As eleições estão se aproximando e não vejo muita diferença entre o eleitorado de 1960, quando Jânio foi eleito, e o de hoje, quando Dilma tenta a reeleição. Em cinquenta e quatro anos vivemos período conturbado politicamente e fomentado culturalmente como foram os anos que antecederam a segunda metade do século XX. Em toda história tiveram os oposicionistas e aqueles da situação, os insatisfeitos e os comprometidos, os apolitizados e os militantes, os que falam o que pensam e os que reproduzem o que ouvem.

Estamos dentro de um tempo que não tem fim, somos parte desse momento do universo, quis alguém que estivéssemos vivendo esse mesmo período, então seria do agrado de quem é responsável por nos colocar como protagonistas dessa época, que não fiquemos apenas como observadores dos fatos, principalmente daqueles que nos dizem respeito. Pare agora para pensar quantas pessoas já estiveram aqui e não estão mais, e que você está hoje e não estará amanhã. Com a consciência sobre isso instalada na sua percepção, tudo vai começar a fazer sentido.

Pensamos cronologicamente a partir de quando nascemos, mas o mundo já existia e continuará existindo na nossa ausência, portanto temos de valorizar o nosso mandato aqui na vida atual, na tribuna que temos para conferir nossas opiniões com a sublimidade de quem sabe que não foi o inventor do tempo e muito menos da razão.

Ninguém é mais ou menos, melhor ou pior, somos tudo isso e mais um pouco. Valorizar o que somos é mais sábio do que contar anéis e diplomas; amar o que temos é o ingrediente principal para os sentimentos agradáveis. Pensar em progredir profissionalmente e financeiramente não podem estar na frente do progresso pessoal e da solidariedade. Nós apenas nos levantamos das cadeiras que outros sentarão, como sentamos quando outros se levantaram. De agora em diante tudo continua igual, mas com predisposição de acrescentarmos valores que nos tornem ainda mais aquilo o que somos.

Ricardo Mezavila.


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