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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Conspirações, tiros e vinho



Têm pessoas que acham que tudo o que acontece tem um motivo por trás, uma conspiração, nada acontece naturalmente e ao acaso. Quando Mark Chapman atirou em John Lennon, segurava o livro “O apanhador no campo de centeio”, e isso serviu de tese para estudiosos suspeitarem que o livro tinha algo de macabro, alguma informação que fez com que o assassino tivesse se orientado para tirar a vida do astro, uma espécie de gatilho mental para matadores pré-programados. Se ele tivesse segurando o gibi do Cebolinha, seria uma dor de cabeça para o Maurício de Souza explicar o temperamento da Mônica quando atira o coelho.

Muitas coisas simplesmente acontecem porque é assim que algumas coisas funcionam. Por falar em livros, alguns são tão mais verdadeiros do que a própria realidade, é a ficção sobrepondo seus próprios limites, atravessando a parede invisível que nos divide, nos controla e tenta nos enganar. O livro que estava no local do crime em frente ao Dakota, em dezembro de 1980, do escritor americano J.D. Salinger narra os conflitos de um adolescente de dezesseis anos. O livro foi o responsável pela criação da “cultura jovem”, pois na época a adolescência era apenas a passagem da juventude para a vida adulta.

Alguns fatos são planejados, mas não foge das teorias tipo: O presidente Bush sabia do atentado contra as torres gêmeas, mas não evitou para poder invadir o Iraque; Lee Oswald disparou três tiros que mataram o presidente Kennedy, mas depoimentos de testemunhas e gravações provaram que foram quatro , a perícia constatou que do rifle de Lee só saíram três disparos. Quem havia dado o quarto tiro? Foi a CIA para incriminar Cuba.

Elvis Presley não suportando a fama forjou sua própria morte; Jim Morrison, dos The Door, enterrou um sósia em seu lugar e virou um agente secreto; Hendrix também foi morto pela CIA que o afogou em um barril de vinho, foi encontrada grande quantidade em seus pulmões durante a autópsia, o guitarrista era visto como subversivo e apoiava em demasia as causas populares.

No Brasil há a conspiração de que Tancredo Neves foi assassinado durante cerimônia religiosa e, entre tantas pessoas, só Glória Maria viu quando os militares atiraram no presidente e que a seleção brasileira entregou a copa aos franceses em 1998. Esses dois casos são emblemáticos e corroboram a teoria de que há coisas que simplesmente acontecem. Tancredo estava doente e se negou a operar antes da posse, mas não houve tempo e foi levado às pressas para o hospital. A seleção levou um “baile” da França e, nem com Ronaldo cem por cento, resistiria ao talento naquela final, de Zinédine Zidane.

Conspirar não é crime, ninguém me convence que Neil Armstrong foi à lua. Contudo, aconselho a leitura de “O apanhador no campo de centeio”, mas não posso dizer o mesmo de “As conversas que tivemos ontem” porque em uma das crônicas o autor diz “quando você se liberta daquilo que te oprime, o teu espírito corre por entre os verdes campos de algum lugar bonito, rodeado por anjos que brincam com as luzes que se acenderam da tua alegria de estar feliz”, essa frase pode ser considerada um gatilho para que você encontre a felicidade, algum ditador pode não gostar. Aí vai que...


Ricardo Mezavila.

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