A
“copa das copas” termina, antecipadamente, após o apito final do jogo de hoje
para o país sede. Pior do que perder a final é não ter a expectativa do
vice-campeonato. Qualquer que seja o resultado do jogo contra a Alemanha o
conglomerado canarinho terá cumprido o papel a qual foi submetido, porque está
desfalcado. The day after no caso de uma derrota, se estiver na final, é uma
segunda-feira e a carruagem já terá virado abóbora, o encanto terminado, o
patrão estará de olho no relógio e o trem como sempre atrasado.
No
caso de uma vitória, tudo estará como antes, mas a carruagem será abóbora na
prorrogação, ainda veremos descamisados encamisados com as cores da feitiçaria,
o doping se fará presente por um número mais largo de horas, o estampido da
vitória permanecerá nos ouvidos como um besouro, os mandatários estarão em seus
jatos a caminho de seus castelos enquanto candidatos recolherão votos das ruas.
Na
prática os organizadores nadaram em mares de ouro, nunca tiveram tanta facilidade
em levar riqueza para além das divisas, saquearam as minas como no século
dezessete quando as riquezas levadas daqui financiaram a revolução industrial
inglesa. Já li que os oligarcas do nosso país já pensam em uma nova edição da
copa. Além disso, a impunidade e a injustiça não podiam estar fora do evento,
enquanto os comerciantes do entorno dos estádios, que pagam seus impostos não
podem trabalhar durante os dias de jogos, o chefe da máfia da venda de
ingressos foi preso em flagrante e já está solto.
Passando
para as quatro linhas a timidez das pernas brasileiras é visível, o descontrole
emocional e a crendice patriótica da paternalidade tornam as coisas ainda mais
complicadas e desfiguradas. O craque está fora de combate e todos ficaram mais
leves, perderam a noção de responsabilidade, como se todo o peso estivesse nas
costas do menino. Se vier a derrota ela será justificada por sua ausência.
Não
acreditei no que vi ontem, pego de surpresa, em um programa de esportes. O
sucessor do genro ladrão do ladrão eterno da confederação fez um “chamamento” a
todos brasileiros para que cantem o hino junto com os escolhidos quando estes
estiverem representando patriotismo. Esse senhor tem que lavar a boca para se
referir ao hino e não tem moral para se dirigir à nação e muito menos
determinar o que temos que fazer. Essa realmente é a... Whacthamacallit?
Ricardo
Mezavila.
Nenhum comentário:
Postar um comentário