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domingo, 13 de julho de 2014

Sem surpresas na caixinha

internet


Uma das máximas do folclore futebolístico, a frase: “futebol é uma caixinha e surpresas”, parece que nesta copa está por ser desmistificada com a justa colocação da seleção brasileira e sucessivas humilhações e, se acontecer, com a seleção alemã levantando a taça no Maracanã. Apesar de ter empatado com Gana e vencido apertado a Argélia, a seleção de Joachim Low exibiu um futebol convincente e digno de campeão.

A Argentina pode surpreender a lógica, mesmo tendo chegado com um futebol menos vistoso e dependente do “Messias”, a celeste e branca tem a seu favor a famosa garra sul americana que nós, apesar da geografia ajudar, não temos, infelizmente. Ficamos no caminho como um cachorro morto, abrimos os cofres para financiar a festa dos vizinhos, derramamos lágrimas por jogadores que nem sangue pareciam ter, confiamos em uma comissão técnica que pode ser tudo, até animadores de torcidas, mas não sabem nada sobre o futebol que se joga atualmente.

Quem olha os jogadores brasileiros os confunde com rappers, usam medalhões, bonés estereotipados que se aproxima mais dos artistas que surgiram das comunidades negras dos Estados Unidos do que de atletas, de onde se espera alto nível profissional correspondente aos astronômicos salários que recebem. Quando a seleção venceu o primeiro jogo, no seguinte vimos jogadores com cabelos descoloridos, penteados exóticos e bigode. Essa foi uma clara demonstração de que estavam ali, não para jogar, mas aparecer. Se ao menos jogassem alguma coisa estariam perdoados.

Hoje é o dia do velho e bom rock’in roll, o dia está lindo, o céu azul e a temperatura agradável, o nosso futebol não estará representado na final, a presidente vai comparecer, se ela pudesse me ouvir eu diria para assistir pela televisão, mas de qualquer forma alguém vai estar sorrindo mais tarde. Os alemães dentro da seriedade pertinente aguardam a hora da partida, parecem caçadores esperando a hora de atirar, enquanto a caça não chega aproveitam para ler Johann Goethe; assim como os argentinos, esses mais parecidos com a gente, cantam músicas ironizando a nossa incapacidade sem vergonha, aguardam a hora da partida sacaneando brasileiro, enquanto não passa ninguém com a “amarelinha”, aproveitam para ler Jorge Luis Borges.

Aproveitando o dia do rock estou ouvindo “Razamanaz” do Nazareth, se os alemães vencerem vou ouvir Kraftwerk, mas se os argentinos vencerem vou fazer uma forcinha e ouvir Fito Paez. Pela música sou Alemanha, mas pelo futebol sou Argentina.

Obs.: Quando eu ia assinar a crônica a Alemanha fez mais um gol no J.Chester.



Ricardo Mezavila.

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