Fazendo
uma comparação sem compromisso entre a ficção das telenovelas e a realidade,
utilizando a lógica da família e dos bons costumes, sem ser piegas e careta,
chega-se a conclusão que a arte paga o crime, a imoralidade e a corrupção com a
ausência do amor, do respeito e da honestidade. Sendo mais específico, sobre o
primeiro capítulo de “Império” que assisti ontem para ter base para
criticar.
As
cenas se passam entre quatro personagens, um operário mora com a esposa e a
cunhada. Seu irmão, não se viam há tempos, chega e pede abrigo. Duas semanas se
passam e a esposa trai o marido com o irmão e planeja fugir com ele. Sua irmã,
percebendo tudo, resolve intervir para que não haja uma desgraça e consegue,
através de uma trama, que o ingrato vá embora sozinho, evitando coisa pior para
sua irmã que está grávida.
No
folhetim a esposa não ama o marido, mas vive com ele por acomodação e
necessidade. É uma mulher covarde, sem disposição para ir à luta, largar o
casamento e viver dignamente para conquistar seus objetivos.
Quando se vê diante de um outro homem, o seu cunhado, que se mostrou sem
caráter, de personalidade duvidosa e de ambição desmedida, acredita que ali
está a chave para a sua liberdade e decide viver uma aventura irresponsável ao
seu lado. Eles são os mocinhos e a irmã é a vilã (?).
Não
é de hoje que temas polêmicos vêm sendo expostos pelos autores de telenovelas,
principalmente na caricata relação entre homossexuais, é muita bizarrice para
uma classe com nomes consagrados como Dias Gomes, Benedito Ruy Barbosa, Janete Clair e
Cassiano Gabus Mendes. A renovação fica impossível porque quanto mais lixo
melhor para a audiência, pelo menos é o que mostram os indicadores comerciais.
A relação entre a arte e o artista, em se tratando de telenovela, se resume ao
subproduto e a beleza estética.
Não
é um discurso moral e vago em defesa da família, FORA O CONSERVADORISMO, mas é
uma constatação crítica de que em tempos de muita violência, analfabetismo e
desrespeito, existe um veículo que incita, divulga e estimula o oportunismo
casual, a posse pela inconseqüência, o êxito pela trama, o sexo pelo dinheiro e
muito mais do que isso ao quadrado.
Ricardo
Mezavila.
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