Comumente
fazemos uso, através de metáfora, para nos posicionarmos frente a algum projeto
de vida. Costumamos criar uma alternativa de emergência caso algo não saia
como previsto. Para isso nos valemos do
notório e cambeta “plano b”. A gente acredita que exista um “plano a” vigente,
por onde caminhamos com segurança e sempre com atenção nas placas para não
pisarmos fora da linha ou “mind the gap”.
O
que acontece é que estamos sempre em um plano inferior àquele que queríamos
estar, ou pelos menos, deveríamos pensar sempre em melhorar. Não acredito que
um dia alguém viva dentro de um plano perfeito, mesmo que assim se sinta, mas a
vida acontece o tempo todo e não há nenhum projeto capaz de chegar ao fim
enquanto estamos com fome de crescimento. Às vezes o que parece seguro não
passa de um abismo sem faixa amarela.
O
meu amigo John dizia que: “a vida é aquilo que acontece enquanto você faz
planos”. É isso aí, John! A gente faz planos e esquece que a vida é o agora
também, viver logo faz parte dos maiores dos projetos que podemos querer. Os
dias depois de hoje serão os mesmos de ontem, com todos os desejos agregados,
com toda a carga emocional, como a que pude perceber nos olhos do casal de
amigos “de idade” quando estavam no altar recebendo as alianças das mãos da
menina.
Façamos
nossos planos como se todos fossem um antes daquele, que ali na frente, vai nos
surpreender com alegria e realização. Não dá para contar com o que sofre
interferência invisível, fora do controle da ciência, da frieza e lógica da
matemática. Então, um passo a frente e todo o seu corpo estará em outro lugar,
e pode ser que ali, naquele pedacinho que você chegou porque teve a coragem de
sair do estático, esteja o início de tudo o que você anda procurando enquanto
perde tempo em só fazer planos.
Ricardo
Mezavila.
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