O
prefeito Dudu Paes, um de seus apelidos, disse que não mergulharia na Baía de
Guanabara e que passará vergonha nas olimpíadas. Ele não disse, mas nem precisa
dizer que também não matricularia seus filhos na escola pública, ou internaria
seus pais em algum hospital também público. E ele é o “cara” que governa esses
aparelhos, o responsável pelo funcionamento de um pouco mais de mil escolas
municipais, e de “sei lá quantos” hospitais e unidades de
atendimento médico público.
O
governador Pezão, o pé grande, disse durante a desocupação do imóvel no Jacaré,
que quem atira pedra e faz manifestação não precisa de casa. Como assim, big
foot? Se quem atira pedra não tem direito a moradia, o que dizer de quem, com
farda e brasão do estado, atira projétil de fogo contra inocentes? Nada contra
o programa das UPP’s, mas como convencer a mãe do Douglas, aliás, conhecida de
alguém muitíssimo próximo a mim, de que a morte do dançarino não será mais um
“caso” Amarildo.
Na
esfera federal o delírio político-histórico é ainda mais latente, parece coisa
de literatura, mas quem imaginaria que, vinte e dois anos depois do
impeachment, o ex-presidente, o irmão do Pedro, seria absolvido pelo Supremo
Tribunal Federal e seus inimigos daquela época estariam presos? Os peitos
estufados que Genoíno e Dirceu exibiam em 1992 murcharam, e a frieza do rosto
de Collor descendo a rampa está vingada.
Sem
querer ser chato, respeito, mas não aceito que ainda haja quem perca tempo e
dinheiro em completar álbum de figurinha da copa. Parece o país do
“faz-de-conta”, ainda mais em ano eleitoral, com político de mão estendida
pelas esquinas, torcendo para que o time de “estrangeiros”, com a camisa da
seleção brasileira seja campeão e coloque mais “tarjas pretas” na tão explorada
hipnose coletiva.
Ricardo
Mezavila.
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