Sem
querer ser chato, mas já sendo, até acho o assunto esgotado, mas não para de
escorrer chorume na imprensa televisiva. Sendo assim, dou mais uma volta no
quarteirão dos acontecimentos para ver o que andam falando. A única coisa que
vejo é a falta de novidade, de criatividade e, até, falta de humanidade. O caso
do menino dançarino, apesar de sua família ter recusado encontro com
autoridades, o que foi uma vitória, caiu na malha fina do sensacionalismo, que
é a mesma coisa.
Chorume
é um líquido poluente que causa náuseas, próprio dos lixões abertos no meio
ambiente. Eu sinto náusea com a forma como fazem política, sinto enjoo quando a
elite começa a criar seus mártires instantâneos, suas válvulas de escape
social. Por que esses omissos artistas não assumem posição contra os dejetos
sociais antes que eles virem chorumes?
Não
acredito nas lágrimas da Regina, assim como não acredito na lisura da
investigação policial. Estão fazendo mea-culpa porque o programa está no ar e
fica bem na fita ser contestador do acaso. Essa rede midiática quer emocionar
os telespectadores para eximir a culpa do estado, trabalham nos altos escalões
e nunca fizeram nada para evitar que essas coisas acontecessem, mas aí, né, foi
o “DG”.
Hipócritas
é o que são! E o normal é que isso se repita no Alemão, na Rocinha, no Jacaré,
na Baixada, em Niterói.... E ninguém faz nada, nem estão aí para as violências
diárias, mas quando acontece perto, com algum candidato à mártir, aí esse grupo
de elite surge com suas câmeras, microfones e apresentadores e fazem uma guerra
que só dura um minuto.
A mãe, a Maria de Fátima foi perfeita quando
mandou às favas o encontro no gabinete frio do governador que ia encher a sala
de telejornais, tinha que ter marcado um encontro na comunidade, mas mesmo
assim ela não resistiu, não podia ter cedido às garras quentes de um programa
de televisão que, na essência, quer dizer a mesma coisa, servem ao mesmo patrão.
No Palácio Guanabara todos estão bebendo wisky, comemoram mais uma vitória
contra um “quase” levante popular.
Ricardo
Mezavila.
Nenhum comentário:
Postar um comentário