Uma prática muita utilizada nos meios de comunicação, a patrulha
ideológica, esteve rondando os acontecimentos nas últimas semanas. Essa
nova temporada teve início uns meses atrás quando artistas se posicionaram
contra as biografias não autorizadas. Logo apareceram os “patrulheiros”
barulhentos, ligaram o liquidificador e fizeram uma sopa de entulho, triturando
frases retiradas dos contextos.
Recentemente um baiano tropicalista
saiu em defesa de um deputado acusado de financiar um grupo xiita. Quase que
imediatamente uma “patrulheira”, também deputada, tratou de questionar o “Menino
do Rio”, como se ele não tivesse o direito, ela também tem, de expressar a
sua opinião.
Agora o rei da música vem sendo
patrulhado pelos caçadores de opinião, pelos urubus da liberdade de expressão,
que lhe cobram coerência, ética e fidelidade. Oh, o rei está nu, ele come
carne! Ninguém nasce vegetariano, existe a tentativa de ser vegetariano, a
proteína animal é inerente à alimentação humana. Se não fosse a patrulha
ideológica, os vegetarianos iam poder mastigar tranqüilos um churrasco de vez
em quando, isso evitaria o constrangimento de serem vistos na fila do açougue.
Sem querer patrulhar, mas já
patrulhando, o reino sempre viveu o silêncio dos resignados, a monarquia
festiva locupletou mais do que retribuiu. Vejo coerência nas atitudes da classe
artística, ela nunca foi politizada em função do coletivo, sempre foi individualista
e voltada aos seus interesses, trata o povo como se fosse simples platéia. Contrariando os versos da oração de São
Francisco, recebem mais do que dão. São nuvens levadas pelo vento das
oportunidades.
E por falar em contrariar, os ministros
do supremo contrariaram o país e absolveram os mensaleiros do crime de formação
de quadrilha.
Toda a corte artística da Terra Brasilis, desde o rei, passando
pelo príncipe, até chegar ao bobo, nunca se manifestou quando as coisas e o
tempo precisaram de sua voz; omitiu dizer ao povo aquilo o que realmente
interessava; ficou muda enquanto outros, mais corajosos, saíram às ruas e não
voltaram mais. Claro que há exceções,
vou citar duas, na minha opinião, e não vou omitir seus nomes: Taiguara e
Gonzaguinha.Uma prática muita utilizada nos meios de comunicação, a patrulha
ideológica, esteve rondando os acontecimentos nas últimas semanas. Essa
nova temporada teve início uns meses atrás quando artistas se posicionaram
contra as biografias não autorizadas. Logo apareceram os “patrulheiros”
barulhentos, ligaram o liquidificador e fizeram uma sopa de entulho, triturando
frases retiradas dos contextos.
Recentemente um baiano tropicalista
saiu em defesa de um deputado acusado de financiar um grupo xiita. Quase que
imediatamente uma “patrulheira”, também deputada, tratou de questionar o “Menino
do Rio”, como se ele não tivesse o direito, ela também tem, de expressar a
sua opinião.
Agora o rei da música vem sendo
patrulhado pelos caçadores de opinião, pelos urubus da liberdade de expressão,
que lhe cobram coerência, ética e fidelidade. Oh, o rei está nu, ele come
carne! Ninguém nasce vegetariano, existe a tentativa de ser vegetariano, a
proteína animal é inerente à alimentação humana. Se não fosse a patrulha
ideológica, os vegetarianos iam poder mastigar tranqüilos um churrasco de vez
em quando, isso evitaria o constrangimento de serem vistos na fila do açougue.
Sem querer patrulhar, mas já
patrulhando, o reino sempre viveu o silêncio dos resignados, a monarquia
festiva locupletou mais do que retribuiu. Vejo coerência nas atitudes da classe
artística, ela nunca foi politizada em função do coletivo, sempre foi individualista
e voltada aos seus interesses, trata o povo como se fosse simples platéia. Contrariando os versos da oração de São
Francisco, recebem mais do que dão. São nuvens levadas pelo vento das
oportunidades.
E por falar em contrariar, os ministros
do supremo contrariaram o país e absolveram os mensaleiros do crime de formação
de quadrilha.
Toda a corte artística da Terra Brasilis, desde o rei, passando
pelo príncipe, até chegar ao bobo, nunca se manifestou quando as coisas e o
tempo precisaram de sua voz; omitiu dizer ao povo aquilo o que realmente
interessava; ficou muda enquanto outros, mais corajosos, saíram às ruas e não
voltaram mais. Claro que há exceções,
vou citar duas, na minha opinião, e não vou omitir seus nomes: Taiguara e
Gonzaguinha.
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