Se a
vaca pode ir para o brejo, Eike Batista pode ir para Irajá. Estiloso bairro da
zona norte do Rio, que serviu de ambiente para a peça realista “Greta Garbo,
quem diria, acabou no Irajá”, escrita por Fernando Mello, que narra a
história de um viciado solitário e cheio de conflitos que sonha ser Greta
Garbo, atriz sueca, eleita pelo instituto americano de cinema como a quinta
maior lenda da sétima arte. Daí, “acabar no Irajá” virou bordão para, “quem
diria”, um dia foi Greta Garbo.
Talvez
parar no Irajá não seja nada se comparado ao fato de o empresário ter feito
empréstimo de US$ 2 bilhões, tudo bem se fosse no BNDES, FMI, mas foi de um
fundo soberano chamado Mubadala, que pertence a alguém, com todo o respeito,
não me queira mal porque sou gente boa,
de nome Abu Dhali, com sede na United Arab Emirates.
Outro
dia um amigo reclamou que vinha sofrendo ameaças de um agiota que cobrava
duzentos paus que ele pegou de empréstimo. “Os “caras” ligam para a minha
sogra ameaçando tomar a casa dela”, disse o amigo temeroso. Se os credores
de Eike tiverem essa prática comum de cobrança aqui no Brasil, imaginem como o
farão. Estamos todos correndo perigo. A ABIN (Agência Brasileira de
Inteligência), isso está nos jornais,
trabalha com a possibilidade de grupos extremistas tentarem impedir a
Copa do mundo. Vai que esse grupo tem alguma coisa a ver com as dívidas do
Eike.
Um
amigo, assalariado como eu, disse que queria estar “pobre” como o empresário,
pois mesmo assim seria rico. É verdade e é mentira. Podemos ser ricos sem
dinheiro também, mas ninguém se importa em ter uma família unida, amigos
AMIGOS, saúde, paz, fé e uma cervejinha
gelada aos domingos, até que percam tudo. Essa riqueza o dinheiro não compra,
porque não tem preço, e nem todos os fundos soberanos do mundo são capazes de
construir igual.
Ao
Eike, mesmo que esteja quebrado, ou quebrando, peço que erga a cabeça, como nós
no subúrbio costumamos fazer quando perdemos o emprego e somos despejados, que
siga em frente com força nos braços, como fazemos quando estamos com nossos
filhos no colo em um corredor de hospital público implorando atendimento, que
tenha pensamentos positivos, como os nossos todas as noites quando vamos dormir
e rezamos para que o amanhã não nos tire mais nada.
Ricardo
Mezavila
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