Havard University
“Quid est veritas?” significa “O
que é a verdade?” em latim. É a pergunta de Pôncio Pilatos a Jesus quando este
era interrogado e disse que aquele que o escutava, escutava a verdade.
Acostumamos ouvir o seguinte clichê: “essa
é a minha verdade”. Isso é um equívoco porque ninguém detém para si a
verdade. A verdade existe por si só, sem que haja interferência ou
exclusividade. Esse erro deve-se ao fato de ainda não sabermos compreender o
outro, respeitá-lo como gostaríamos que nos respeitassem.
Essa é uma das definições da
verdade dada pelo senso comum: “É uma
ilusão entre aquilo que acreditamos ser a nossa verdade e a verdade que nos é
apresentada”.Uma definição bastante confusa de quem não sabe o que está
dizendo. Garimpei essa outra: “A minha
verdade é aquilo em que eu acredito, mas também sei que aquilo em que acredito
pode não ser verdade”. Olhem o tamanho da confusão!
Tudo o que não for verdade não
existe. A mentira, que usamos como sendo seu antônimo é uma ilusão, uma falsa
ideia de que pode haver algo contrário à verdade. É algo parecido como a “peleja do diabo contra o dono do céu”;
Deus existe e é a Verdade. O diabo é a ilusão de que pode alguém ou coisa se
opor ao criador. Tanto o diabo quanto a mentira não existem. Quem quiser
acreditar que sim, terá razão suficiente para discordar de mim porque, se eles
existem na ilusão, é preciso que alguém os invente para que possam parecer
verdadeiros, e aí ficam tão fortes, para quem acredita que os vê, quanto o que
é real.
A resposta que Jesus não deu com
palavras sempre foi e será tema de debates e estudos para filósofos, religiosos
e cientistas de todas as épocas. Ali, diante do governador, Jesus se calou, eu
penso, porque a verdade é o real, não precisa de mais nada para ser compreendida.
Vê quem quer.
Ricardo Mezavila
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