A chacina da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, São Paulo, vai ter que deixar de ser tratada como caso isolado, agora que a liderança do país foi dada a um armamentista financiado pela indústria das armas, que faz apologia ao extermínio e que usou durante a campanha a 'arminha' feita com a mão.
O caso de Suzano não tem nada a ver com o presidente, embora um dos assassinos o apoiasse nas redes sociais, não há nenhum envolvimento, mas abre uma discussão interessante que deve ser levada em consideração: A presidência da república não faz nenhum movimento no sentido da PAZ, de pacificar um país contaminado pelo ódio.
Não estamos atravessando um momento de LUZ espiritual, o país está carregado por um sentimento ruim, uma aura opaca, sem brilho, as pessoas estão se agredindo por motivos torpes. Num momento assim, as lideranças devem ter a sensibilidade e perceber que o campo está minado, e não espalhar mais minas como têm feito.
A sociedade precisa pensar mais e ecoar menos. A raiz do ódio foi plantada em 2014, após as eleições, e vem crescendo desde então. Notadamente, aqueles que nunca se interessaram pela política, serviram de eco para que a árvore da intolerância crescesse e frutificasse.
A direita precisa de esquerda e vice-e-versa, um sistema só funciona se houver diversidade de ideias, quando há o debate dentro de uma racionalidade mínima e de competência sobre os temas. O que vemos hoje, são pessoas defendendo um sistema sem conhecimento de causas e efeitos, sem análise crítica.
Foram programadas para odiar um lado e enaltecer o outro, mesmo que esse outro não o represente. A internet deu a elas o valor do empoderamento e, a partir disso, se desarvoram aleatoriamente nas redes sociais sem fundamentação alguma, repetindo a voz de quem as manipula.
Ricardo Mezavila.
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