Durante
o pronunciamento do 'novo' governo lembrei de Millôr: 'O Brasil tem um enorme
passado pela frente'. Esse sentimento ficou ainda mais evidente quando foi
anunciado que o 'novo' lema da pátria é o velho slogan 'Ordem e Progresso'.
Depois
o presidente gambiarra 'inovou' dizendo que seu governo seria de salvação
nacional. O velho método patriarcal que acomoda as ovelhas no cativeiro.
Na
posse dos ministros a ‘novidade’ ficou por conta do silêncio da imprensa e dos
'revoltados'. Não ouvi nenhum deles comentar, como fizeram quando Lula foi
nomeado Ministro, que ali estavam sete investigados que passariam a ter foro
privilegiado.
Além
dos investigados, fazem parte do ministério um ex-advogado do PCC, na pasta da
justiça; e o relator da PEC que impede interrupção de obras através de
licenciamento ambiental, que ficou com a pasta da agricultura.
Outra
'novidade' foi o loteamento do poder, tão combatido no governo da Presidenta.
Não vimos técnicos apartidários nos ministérios, mas políticos aliados que
defenderam o GOLPE e, que agora, recebem seus quinhões.
Sem mulheres
nos ministérios, fica evidente que a mulher que esse governo admira não é a
guerreira, a intelectual, aquelas do governo Dilma, mas a acompanhante, como Marcela
Temer, bonita, loira e muda, a mulher ideal, na visão machista desse governo,
para exibir em eventos públicos, ou seja, mulher objeto.
Sinais
dos tempos: O ministro Gilmar Mendes abriu inquérito contra Aécio Neves que está
na lista de recebimento de propinas de Furnas e, logo após a posse do governo
gambiarra, suspendeu as investigações.
Os
deputados aliados ao governo GOLPISTA estão elaborando uma lei, para ser votada
na Câmara, que configurará crime falar mal de políticos na Internet. É o
retrocesso voltando no rabo da censura.
Depois
de Millôr, lembrei de Caetano: “Será que nunca faremos senão confirmar a
incompetência da América católica, que sempre precisará de ridículos tiranos’”.
Ricardo Mezavila
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