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segunda-feira, 9 de maio de 2016

A chama olímpica e a democracia



O ex-padre irlandês Cornelius Horan tentou interromper a corrida do maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, enquanto este liderava a prova na olimpíada de Atenas, em 2004. Polyvios Kossivas, o grego que assistia a prova, ajudou Vanderlei a se livrar do agressor e a concluir a maratona.

Doze anos depois, o símbolo Olímpico chega à Brasília. A Presidenta Dilma Rousseff acendeu a Tocha no Palácio do Planalto, dando partida a um roteiro de 95 dias que percorrerá 327 cidades, das cinco regiões do país. A chama Olímpica evoca a lenda de Prometeu, que teria roubado o fogo de Zeus para o entregar aos mortais.

Maratona é uma planície e uma cidade próxima a Atenas. Em 490 a.C., ali se travou uma batalha contra a Pérsia vencida pelos gregos, onde o que estava em jogo era a recente democracia grega.

As corridas denominadas ‘maratona’ vêm de uma possível lenda onde um soldado de nome Fedípedes, foi destacado para avisar aos espartanos, sobre o desembarque dos persas em terras gregas. Ele atravessou correndo a distância de 40 KM que separam Atenas de Esparta, durante dois dias, deu a mensagem e morreu do coração.

Que a atmosfera Olímpica, agora que a Tocha viaja por nosso território, contamine a política e as pessoas, que todos possam competir respeitando as diversidades e o contraditório.

Que os ‘Cornelius’ do caminho, caso apareçam, sejam repreendidos pelos ‘Polyvios’, para que a democracia possa percorrer o longo percurso da maratona sem percalços, com a resistência de Fedípedes e a determinação de Vanderlei.


Ricardo Mezavila

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