O
ex-padre irlandês Cornelius Horan tentou interromper a corrida do maratonista
Vanderlei Cordeiro de Lima, enquanto este liderava a prova na olimpíada de
Atenas, em 2004. Polyvios Kossivas, o grego que assistia a prova, ajudou
Vanderlei a se livrar do agressor e a concluir a maratona.
Doze
anos depois, o símbolo Olímpico chega à Brasília. A Presidenta Dilma Rousseff
acendeu a Tocha no Palácio do Planalto, dando partida a um roteiro de 95 dias
que percorrerá 327 cidades, das cinco regiões do país. A chama Olímpica evoca a
lenda de Prometeu, que teria roubado o fogo de Zeus para o entregar aos
mortais.
Maratona
é uma planície e uma cidade próxima a Atenas. Em 490 a.C., ali se travou uma
batalha contra a Pérsia vencida pelos gregos, onde o que estava em jogo era a
recente democracia grega.
As
corridas denominadas ‘maratona’ vêm de uma possível lenda onde um soldado de
nome Fedípedes, foi destacado para avisar aos espartanos, sobre o desembarque
dos persas em terras gregas. Ele atravessou correndo a distância de 40 KM que
separam Atenas de Esparta, durante dois dias, deu a mensagem e morreu do
coração.
Que
a atmosfera Olímpica, agora que a Tocha viaja por nosso território, contamine a
política e as pessoas, que todos possam competir respeitando as diversidades e
o contraditório.
Que
os ‘Cornelius’ do caminho, caso apareçam, sejam repreendidos pelos ‘Polyvios’,
para que a democracia possa percorrer o longo percurso da maratona sem
percalços, com a resistência de Fedípedes e a determinação de Vanderlei.
Ricardo
Mezavila
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