Parcela
da população golpista, inocente, sim, mas golpista, deve ter aplaudido a
performance extravagante, como nas sessões de descarrego, de Janaína; e o
constrangimento incorporado, quase que criando um outro homem, de Miguel Reale.
O
subterrâneo do golpe foi aberto à visitação e pudemos assistir a bruxa
temperando no caldeirão; o feiticeiro misturando as palavras para vencer o jogo
e o rabo do golpe balançando em cima das brasas.
Para
completar o palco das trevas, faltou Michel Temer entrar correndo pelo plenário
e, como o capitão do time do Flamengo, de forma bisonha, cravar a bandeira do
golpe no coração da democracia.
O
presidente da Comissão, o relator e todo o staff estão vendidos, o fato está
consumado. Tudo o que assistimos faz parte do 'rito’, o fim todos sabemos que
já está escrito.
A
melhor cena foi assistir o cara pintada botar o cara pálida para correr. Mesmo
com toda a sua experiência jurídica, Miguel Reale não conseguiu fugir aos
argumentos irrefutáveis do senador Lindbergh, e não sustentou o peso de que não
há crime, portanto é golpe.
Ricardo
Mezavila.
Nenhum comentário:
Postar um comentário